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·26 de maio de 2025
Fortaleza aposta em experiência, mas reforços ainda buscam impacto real

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·26 de maio de 2025
A janela de transferências de 2025 trouxe mudanças pontuais para o elenco do Fortaleza EC. O clube optou por reforçar setores específicos, apostando principalmente em jogadores experientes e oportunidades de mercado envolvendo empréstimos e transferências sem custos. A estratégia foi clara: fortalecer a defesa e o meio-campo, sem alterar drasticamente a base já formada na temporada anterior. Vamos detalhar como os novos nomes têm se encaixado até agora.
Diogo Barbosa chegou ao Fortaleza após passagem pelo Fluminense, onde era mais utilizado na rotação do elenco. Aqui, o lateral-esquerdo rapidamente assumiu condição de titular. Em quatro jogos pelo Brasileirão, sendo titular em três, já balançou as redes uma vez, um dado relevante para sua posição, e apresenta média de atuação sólida (7.0). Utilizado como lateral ofensivo, Barbosa entregou aquilo que o clube precisava: amplitude pelos lados e participação tanto no ataque quanto na recomposição defensiva. A resposta de comissão técnica e torcida ao desempenho do atleta até agora foi positiva, já que a lacuna na lateral esquerda vinha sendo tema recorrente.
Entre as contratações mais comentadas, David Luiz veio do Flamengo sem custos e dividiu opiniões desde o início. Em seis jogos, três como titular, mantém nota média próxima a 7 (6.97). Apesar do histórico de liderança, a presença do zagueiro não se traduziu em melhora efetiva para a defesa coletiva: o Fortaleza venceu apenas um terço dos jogos em que ele esteve em campo. Se por um lado a experiência e a voz de comando são reconhecidas internamente, persistem questionamentos sobre sua capacidade de impactar o sistema defensivo em campo neste momento da carreira.
O zagueiro argentino chegou por empréstimo do Ajax, tendo atuado como titular nas duas oportunidades que recebeu. Com média de 7.1, Ávila mostrou solidez defensiva e qualidade na saída de bola, características que contribuem para uma defesa mais móvel e para uma transição mais rápida no início das jogadas. Sua utilização ainda foi limitada, mas o desempenho inicial gera expectativa para participação mais frequente.
Pol Fernández, contratado após fim de contrato com o Boca Juniors, vem alternando entre o time titular e o banco. Em seis partidas, duas como titular, já colaborou com duas assistências, mostrando potencial criativo para municiar o ataque. Com nota média de 6.67, ainda busca uma sequência maior para consolidar protagonismo no meio-campo, função na qual se destacava na Argentina.
Brenno, goleiro ex-Grêmio, ainda não teve sequência suficiente para avaliação detalhada. O mesmo se aplica a Richard, volante que veio do Ituano por empréstimo, e a nomes como Dylan Borrero, que até agora figurou apenas no banco de reservas. Igor Torres e César Augusto Braga Rodrigues também aguardam oportunidades para mostrar serviço.
A venda de Hércules ao Fluminense e de Brayan Ceballos ao New England Revolution trouxe receitas relevantes, permitindo equilíbrio financeiro e espaço para as chegadas. Operações de empréstimo, como a de Imanol Machuca, foram usadas para ajuste e rodagem do elenco.
No geral, a integração dos reforços mais experientes foi rápida, em especial para Barbosa e Fernández, que já entregaram números e participação ofensiva. Ávila mostrou qualidades técnicas e físicas, mas precisa de sequência. O caso de David Luiz chama atenção: embora individualmente mantenha padrão consistente, a presença do zagueiro ainda não foi suficiente para transformar o desempenho coletivo, especialmente no quesito resultados. O Fortaleza passou por um período de um mês sem vitórias, e as oscilações recentes mostram que a adaptação plena do elenco ainda está em andamento.
A estratégia do clube de usar oportunidades de mercado, combinando experiência e baixo risco financeiro, trouxe nomes conhecidos, mas o impacto nos resultados ainda é tema de discussão dentro e fora de campo.
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