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·25 de outubro de 2025
Globo defende venda do Maracanã e reforça protagonismo do Flamengo no debate

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·25 de outubro de 2025

O debate sobre a venda do Maracanã ganhou força nesta sexta-feira (24) após um editorial publicado por O Globo defender a privatização do estádio. O texto afirma que a medida beneficiaria “o governo, as torcidas e o futebol”, desde que o comprador preserve o valor histórico e mantenha o local como palco dos clássicos cariocas.
A publicação surge poucos dias depois da reunião entre o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, e deputados, entre eles Rodrigo Bacellar e Alexandre Knoploch, relator do projeto que autoriza o Governo do Rio de Janeiro a vender o estádio. A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Alerj e ainda passará por votação em plenário.
O editorial do 'O Globo' classifica como “oportuna” a inclusão do Maracanã, do Maracanãzinho, do Parque Aquático Júlio Delamare e do antigo Estádio Célio de Barros na lista. O argumento é de que “não faz sentido o governo possuir ou administrar um estádio de futebol”, diante do custo de manutenção e do rombo de quase R$ 19 bilhões previsto para 2026.
Parlamentares que defendem a venda mencionam o Flamengo como possível comprador. O deputado Knoploch, aliás, já havia declarado que o Flamengo “é o único com capital financeiro e torcida suficientes para manter o estádio de pé”.
A publicação do jornal reforça esse discurso político. O texto cita que o Complexo Marcanã poderia render cerca de R$ 2 bilhões ao Estado, valor que ajudaria a abater parte da dívida pública.
"Estima-se que o conjunto formado por Estádio Mário Filho, Maracanãzinho, Parque Aquático Júlio Delamare e pelo antigo Estádio Célio de Barros, de atletismo, possa ser vendido por R$ 2 bilhões."
"Na ponta do lápis, é menos que o custo de um estádio novo, como o que o Flamengo projeta erguer na região do Gasômetro. Com a vantagem de já haver experiência de clubes na gestão", diz trecho do editorial do O Globo.
O projeto, no entanto, levanta uma série de dúvidas jurídicas e patrimoniais. O estádio é tombado pelo Iphan desde 2000, o que impõe restrições a mudanças estruturais e de uso.
Além disso, a atual concessão garante a gestão de Flamengo e Fluminense até 2044, com previsão de investimento de R$ 186 milhões e pagamento anual de R$ 20 milhões ao Estado.
O MundoBola Flamengo entrou em contato com o Iphan para esclarecer se o tombamento impede a venda, se o órgão foi consultado pelo governo e quais seriam as obrigações de preservação em caso de alienação. O instituto informou que esses pontos precisam de apuração interna e deve se manifestar em breve.
Também foram enviados questionamentos ao deputado Rodrigo Amorim, presidente da CCJ, sobre a manutenção do uso esportivo, o direito dos clubes de seguir atuando no local e as prerrogativas do Estado após uma possível venda. Em caso de resposta, a matéria será devidamente atualizada.
O Maracanã está sob concessão compartilhada de Flamengo e Fluminense desde 2024, quando modelo se tornou definitivo, com validade de 20 anos. Procurada, a administração do estádio afirmou que “descobriu o assunto pela imprensa” e que, por enquanto, “não há motivo para preocupação”.
Apesar da postura cautelosa, o clube segue no centro da discussão. A publicação do editorial reforça o discurso político que associa o Flamengo à possível compra do estádio e amplia o debate sobre o futuro do complexo.
Caso o projeto avance, o governo do Estado precisará lidar com o contrato vigente, o tombamento e o papel social do Maracanã como patrimônio esportivo do Rio de Janeiro. Ainda sem data para ser votada, a proposta que autoriza a venda do estádio movimenta o cenário político e esportivo.
A convergência entre o discurso de deputados e o posicionamento editorial cria um novo capítulo na disputa em torno do Maracanã, agora discutido não apenas como concessão, mas como bem público que pode ser definitivamente transferido à iniciativa privada. O tema deve seguir em pauta em 2026, ano de eleições.
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