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·02 de dezembro de 2025

Goleiro das ”finais”, Vitor Barba revela os bastidores das conquistas da Furia

Imagem do artigo:Goleiro das ”finais”, Vitor Barba revela os bastidores das conquistas da Furia

A Furia conquistou recentemente dois dos títulos mais importantes da Kings League, sendo a Kings Cup Brasil e a Kings Cup América. Contudo, um nome se destacou de forma improvável nas decisões. Reserva em boa parte da temporada, Vitor ”Barba” assumiu a titularidade justamente nas duas finais, viveu noites de protagonista e se consolidou como uma das histórias mais marcantes do ciclo da equipe.

Em entrevista exclusiva ao J10, o goleiro relembra a pressão, a surpresa e o sentimento de responsabilidade ao ser chamado às pressas para defender a meta da Furia nos momentos mais tensos do torneio.


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De reserva a protagonista na Furia

Barba assumiu o gol na final da Kings Cup Brasil após desgaste físico de Victão, titular da posição e teve papel fundamental na decisão. Já no México, pela Kings Cup América, a ausência do companheiro por problemas no visto o colocou novamente sob os holofotes, dessa vez durante todo o jogo na vitória por 4 a 3 sobre o Peluche Calegari.

“Foram momentos inesquecíveis. Até postei na minha rede social que foram momentos realmente inesquecíveis que eu vivi ali, acho que em geral. Como você falou, já não sou tão novo assim. Já estou beirando os 30, então assim, graças a Deus, eu já vivi bastante experiências. Nunca nesse nível, de não ter feito o campeonato inteiro e entrar numa final. Cara, graças a Deus estava pronto. O trabalho do Ciriaco, ele é muito bem feito, com a preparação de goleiros ali, então eu sabia que no momento que precisasse eu estava ali para suprir a ausência do Victão, mas assim. Acho que Deus quis assim, né, cara. No México foi uma situação que ninguém gostaria de entrar, é o que eu falei para todo mundo, acho que o goleiro é uma família totalmente diferente, então você entrar numa situação onde aconteceu uma infelicidade com outro goleiro, a gente não fica feliz, mas não tinha o que fazer, a gente tinha que fazer um ótimo trabalho ali e graças a Deus pude ajudar a equipe.”

Parceria com Victão

A relação entre os dois goleiros, segundo Barba, sempre foi de respeito e companheirismo. Por isso, o episódio do visto mexeu com o ambiente da equipe.

“Nossa parceria no dia a dia ela é muito boa. O Victão dispensa comentários, não só dentro de quadra, como fora de quadra também. A reação de todo mundo foi uma surpresa. Acho que todo mundo foi pego de surpresa, ninguém esperava uma situação dessa. Como a gente tinha falado, podia ter sido com qualquer outra pessoa e infelizmente aconteceu com o Victão, que já teve um problema na outra vez para viajar para o México também. Ele até brincou, fica tranquilo, rapaziada, eu não vou para o México, a gente vai voltar com o título, que foi o que aconteceu da outra vez também. Ele foi depois, mas teve um problema pessoal.”

A confiança em Barba

No México, antes da final, a comissão técnica realizou uma reunião para reorganizar o plano de jogo e reforçar o papel de Barba no time. Para o goleiro, esse foi um momento chave.

“Primeiro todo mundo tomou um baque e depois a confiança, porque eles sabiam que eu tinha feito uma boa final. Quando eu entrei e trabalhava dia a dia e, assim, me entreguei 100% aos treinamentos, então sabia que tinha a capacidade de suprir a ausência dele. E tanto que quando a gente chega no México, a galera da Furia faz uma reunião explicando como seria e tudo mais. E no final da reunião, o próprio Dudu, ele falou, que a reunião eu fiz principalmente por você. A  gente fica triste, mas a gente confia 100% no seu trabalho, a gente vê o quanto você se esforça, a gente sabe o quanto você quer jogar. Eles me passaram uma confiança muito boa. E graças a Deus, eu estou com o título.”

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Titular nas finais da Furia, Vitor Barba detalha os bastidores das conquistas – Foto: Reprodução/Instagram

Virada épica na Kings Cup América

A decisão da Kings Cup América teve roteiro dramático. A Furia saiu perdendo por 3 a 1 para o Peluche Calegari, mas manteve a calma e buscou uma das viradas mais impressionantes da história da competição.

“Sobre o sentimento antes do jogo, cara, a gente tinha treinado um dia anterior, o treino também foi muito bom, claro, a gente sentiu muito a questão da altitude. A gente sentiu bastante nos primeiros dias ali. O dia anterior foi um treino muito bom também, a gente estava muito tranquilo antes do jogo. É um grupo muito experiente. Então, quando o Peluche abre 3 a 1, em momento algum eu vi ninguém se entregar. Em momento algum eu vi alguém abaixar a cabeça ou desacreditar. Claro, eu estava muito concentrado dentro do jogo, mas eu via de relance no banco de reserva todo mundo se incentivando, todo mundo comemorando. Eu acho que a gente não mudou o nosso jeito de jogar”, disse o goleiro, que seguiu.

“Eu acho que esse é o principal da Furia. A gente tem uma característica tática e a gente é muito obediente, taticamente, sabe? Então a gente acredita no trabalho do Dudu, a gente acredita nas situações nas quais ele passa para a gente. Acho que não é à toa que a gente foi para o matchball muito confiante. A gente, pô, dispensa comentário o que a gente fez no matchball. Quando o Jefinho joga o corpo em cima do jogador, acho que eu não lembro quem que era. Ali eu falei, pô, ganhamos, cara. Eu só joguei a bola para o Jefinho e já ajoelhei, levei até a mão para o céu e já agradeci a Deus porque eu sabia que ele não ia ser diferente. Foi um momento muito realizador para mim”.

O diferencial da Furia

Para o goleiro, a combinação entre experiência, elenco qualificado e união interna fez a diferença nas decisões.

“A gente tem que falar que o nível, não desmerecendo os outros atletas que estavam no primeiro split, mas o nível aumentou muito. Com essa situação de seis wildcards, seis draftados, as outras equipes também se qualificaram. Então eu acho que o nível de competitividade aumentou muito. Então a gente sabia disso a gente tinha ciência disso, a gente trabalhou até um pouco mais por conta disso. Acho que a diferença da Furia são os atletas que ali estão, porque o nível de experiência que eles têm é totalmente diferente dos que chegaram. Muita gente que chegou na Kings League, que tinha acabado de jogar, não tinha a experiência que os atletas e a comissão da Furia têm. Então acho que esse foi o nosso diferencial. Além da união que a gente tem ali dentro e, cara, dispensa comentários”.

Adversário complicado na final

Apesar de certa desconfiança do público em relação às equipes mexicanas, Barba destaca que o Peluche Calegari é um dos times mais estruturados da Kings League.

“A gente sabia que era um adversário muito qualificado. Não é à toa que eles meteram 10 na final. Então, acho que, quem dizer de fora, acho que, pô, é o México ou algo do tipo assim, cara, a equipe adversária é muito qualificada, muito, muito qualificada, tem jogadores muito inteligentes, fisicamente eles são muito fortes. Então, assim, não foi qualquer equipe que a gente enfrentou assim. A gente entende o nervosismo do torcedor, a gente entende que tem essa questão de a Furia não estar sendo Furia. Foi até uma situação que o Cris mesmo conversou em alguns momentos. Eu acho que também foi um pouquinho da virada de chave aqui na Kings Cup Brasil, onde ele fala que a gente precisava ser a gente, que às vezes a gente está se cobrando demais e às vezes certas coisas não dão certo. Então acho que a gente estava esquecendo um pouco desse conceito. Que é o principal para fazer a Furia chegar onde chegou”.

Futuro na Furia? Barba responde

Por fim, o goleiro evita cravar permanência, mas deixa clara a vontade de continuar.

“Cara, depender de mim sim, cara, acho que depende muito da Furia, do que a comissão pensa, né, claro, acho que fui bem apresentado aos demais, mas assim, eu deixo, cara, deixo nas mãos do homem lá de cima primeiramente e depois sentar para conversar, sempre respeitando todos os processos. A gente vai aguardar aí para ver como que vai ser após a Nations. A gente sabe que agora não haverá mais draftados, né? Haverá mercado. Então a gente tem poucas informações quanto a isso. Até a própria Furia acho que tem poucas informações quanto a isso. Mas é isso, cara. Vamos aguardar aí para ver o que eles têm para oferece”.

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