Central do Timão
·17 de dezembro de 2025
Goleiro do Corinthians projeta final da Copa do Brasil e revela bastidores de defesa na cobrança de Gabigol

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·17 de dezembro de 2025

Na noite do último domingo (14), o Corinthians venceu o Cruzeiro, na Neo Química Arena, nas penalidades máximas, por 5 x 4, depois de ser superado pelo placar de 2 x 1 no tempo normal, e se classificou para a final da Copa do Brasil de 2025. O Alvinegro enfrenta o Vasco nesta quarta (21), às 18h (de Brasília).
Em entrevista à imprensa na zona mista, logo após o apito final, o goleiro Hugo Souza, que defendeu duas cobranças de pênalti e ajudou a colocar o Alvinegro na decisão, revelou os bastidores da conversa com o elenco quando a disputa foi para os penais. Na roda de conversa com o elenco, o camisa 1 garantiu que pegaria duas cobranças.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O arqueiro do Corinthians ainda fez uma avaliação da partida. Segundo ele, o Alvinegro criou chances para definir a disputa do classificado para a final ao longo dos 90 minutos, o que acabou não sendo possível. Hugo também citou as bolas na trave do goleiro Cássio, sendo uma delas a do lateral-esquerdo Matheus Bidu, quando a partida estava 2 x 1.
“Cara, eu quando acabo o jogo, eu volto a falar, não queria que fosse dessa forma. Fizemos um bom jogo, no segundo tempo principalmente, tínhamos a oportunidade, colocamos bola na trave, então tivemos a oportunidade de vencer o jogo durante os 90 minutos. Mas Deus quis que fosse dessa forma. Eu sou muito apegado à minha fé, sou muito apegado a Deus, sou muito apegado aos fãs dele, e eu acredito que se ele quis dessa forma amém por isso”.
“Quando acaba o jogo, eu chego ali e tive uma conversa com o Lucas (Silvestre, auxiliar), que é o filho do Dorival, e ele fala, cara: ‘Tem um momento que a gente precisa de você, e você é um cara que em momentos que a gente precisa de você, você aparece, mas se for pra pênalti, chama a responsabilidade que isso vai dar confiança pro grupo’. Eu falei pra ele: ‘você pode deixar comigo’. E eu cheguei na roda ali quando acabou o jogo, juntamos todo mundo, eu falei: Rapaziada, vai lá e faz o pênalti antes que eu vou pegar dois. Eu costumo dizer que isso não é soberba, pode ser um pouco de autoconfiança, mas é um profetizei para Deus minha própria vida ali. Então, joguei para Deus e falei: ‘senhor, minha vontade é essa e se for a tua faz isso aí também’. Graças a ele eu fico muito feliz hoje e conseguimos sair classificados”, iniciou.
Contra o Cruzeiro, Hugo Souza chegou a dez pênaltis defendidos com a camisa do Corinthians, se tornando o quarto que mais evitou gols em cobranças deste tipo na história do clube do Parque São Jorge. Dessa forma, o goleiro foi questionado qual deles foi mais especial: RB Bragantino (oitavas Sul-Americana 2024), Palmeiras (final Paulistão 2025).
“Cara, são cenários diferentes, contextos diferentes, e cada um com a sua importância. Eu acho que o da final do Paulista tem uma importância muito grande, mas hoje também nos credencia a sonhar bem grande, nos credencia a chegar em uma final de uma competição que é gigantesca e pode fazer com que o ano, que foi conturbado pra nós, termine de uma forma heroica e é isso que a gente vai buscar. É dar alegria ao nosso torcedor, que merece tanto, voltar a comemorar um título grande como é a Copa do Brasil.”
Uma das duas cobranças que Hugo Souza defendeu contra o Cruzeiro foi do atacante Gabriel Barbosa, com que atuou no Flamengo entre 2019 e 2022, onde conquistaram diversos títulos juntos. Ele revelou que, quando estava estudando os batedores do time mineiro, não quis nem olhar as batidas do camisa 9, pelo fato de já conhecê-lo desde os tempos de Rubro Negro.
“Com certeza. Eu preferi nem olhar os pênaltis do Gabriel. É um cara que eu conheço há muitos anos, treinamos juntos desde 2019. Quando ele chegou no Flamengo, eu já estava e a gente sempre treinou junto. Ele deve saber disso, mas se tem um cara que já defendeu cobranças dele no treino, esse cara fui eu. E, por isso, eu preferi nem olhar os vídeos, fui no meu feeling, fui no que eu acreditava. Vim com uma estratégia para defender o pênalti dele, mudei a estratégia e graças a Deus deu certo. É um grande jogador, amigo que eu tenho no futebol. Então, quero parabenizar pela carreira que ele tem construído. Um cara que eu respeito muito, mas eu estou ali para defender minha camisa, acabei sendo feliz e tô muito feliz de não ter defendido só o dele, mas o segundo (do Wallace), que nos credenciou à classificação.”
O arqueiro foi questionado se conversou com Cássio, considerado um dos maiores ídolos da história do Corinthians e que hoje defende o Cruzeiro, após a partida. O ex-camias 12 corinthiano conquistou nove títulos em 12 temporadas com a camisa corinthiana, além de 712 jogos (segundo que mais atuou com a camisa do clube na história).
“Na verdade eu não tive nenhuma conversa com ele, a gente só se abraçou antes dos pênaltis e no final também. Ele me parabenizou e eu também parabenizei a ele. É um cara que eu tenho um carinho e um respeito enorme, porque o que ele conquistou com a camisa que hoje eu visto. Eu falei isso na entrevista coletiva que eu e o Maycon concedemos: ‘eu estou no lugar que eu acho que eternamente vai ser dele ali, ele conquistou isso. Então eu só quero construir minha história, só quero fazer o que eu tenho que fazer, sem me comparar a ninguém, passo a passo, dia após dia. Mas eu sou um cara que respeito muito a trajetória dele, e eu já fiquei muito feliz de poder sair daqui vencedor, não por esse duelo entre eu e ele, porque não existe isso, mas porque a gente precisava e merecia essa final”, continuou.
Posteriormente, o camisa 1 do Corinthians falou sobre o lema “Jesus no Barco”, presente na Bíblia: “Eu sou um cara que minha formação é toda cristã, né? Minha mãe é pastora, a criada na igreja, a criada no evangelho. Eu entendo, carrego para minha vida que tudo que acontece na minha vida é permissão de Deus. O que acontece na minha vida de bom e de ruim é permissão de Deus. Eu faço questão de mostrar isso todas as vezes que eu posso. ‘Jesus está no barco’, é uma passagem bíblica que eu amo, né? E com ele no barco pode vir a tempestade que vier, que se ele tiver no cargo, uma hora ela acalma e eu posso atravessar. Então, eu sou muito apegado a isso. Se não fosse cristo na minha vida, eu não estaria aqui. Eu sou muito grato pelo ensinamento que eu tive durante toda a minha vida, pela minha mãe e pelo meu pai, e toda essa minha criação, que me formaram essa minha fé, e que ela segue na inabalável, segue irretocável, porque sem Jesus a gente não é nada.”
Por fim, o camisa 1 comentou suas expectativas para a final da Copa do Brasil. Na noite desta quarta (17), às 21h30 (de Brasília), o Alvinegro recebe o Vasco da Gama, pela partida de ida da final da competição. Para chegar à final, o clube do Parque São Jorge despachou o Novorizontino (terceira fase), o Palmeiras (oitavas de final), o Athletico (quartas de final) e o Cruzeiro (semifinal). Ao todo, foram oito jogos, sete vitórias e apenas uma derrota, com 10 gols marcados e dois sofridos.
“Nosso time sabe lidar com isso (virada de chave). Nosso time tem se tornando bastante maduro, por tudo que a gente passou não só esse ano, mas também ano passado. Tudo que a gente tem construído. Um ano de bastante altos e baixos, bastante pancada e a gente se absteve de tudo isso para que a gente pudesse chegar nessa final, vamos buscar nosso sonho, dar essa alegria ao torcedor, estamos mais perto do que antes. Agora é, virar essa chave e a gente que a gente precisa fazer dois jogos muito melhores do que a agora para que possamos buscar esse título.”
“A gente sabe que temos que fazer o nosso melhor, entendendo que o nosso melhor é o que vai nos aproximar de vencer esse título e é isso que a gente vai buscar, respeitando o adversário que vier, são duas equipes qualificadas (Fluminense e Vasco), gigantes”, finalizou.
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Sexta e sábado: 10h15 | 12h | 14h45Domingo: 9h20 | 11h | 13h50









































