Gum relembra vitória histórica sobre o Cerro Porteño e espera vitória do Fluminense na Libertadores | OneFootball

– Ficaria feliz também se o jogo de 2009 inspirasse a equipe e se outros zagueiros pudessem contribuir com um gol durante o jogo ou até com o gol da classificação. Pode ser o Luccas Claro… Nino não vai jogar (foi para as Olimpíadas), então, pode entrar o Manoel, o David Brás ou o Matheus Ferraz. Quem o Roger escolher para jogar ali acredito que vai entrar bem. Todos vão ser muito importantes. Os jogadores estão unidos, se doando e estou aqui na torcida para que o grupo possa buscar essa classificação contra o Cerro. Vão ser jogos muito difíceis, pode ter certeza disso.

– Por respeito, amizade e admiração, por ser um companheiro de seis anos no Fluminense, eu passo a armadura para o Fred, para ele liderar esse time. E nosso guerreiro estava em campo também em 2009. Infelizmente, ele se machucou e não vai jogar na próxima terça, mas tenho certeza que o Fred tem esse espírito dentro do grupo. Em campo, acredito que o Nenê, até pela experiência, vai ser muito importante para os mais jovens, e outros podem surpreender.

– Aquele jogo foi muito duro, muito difícil, e importante para o clube. Valeu uma classificação para a grande final da Sul-Americana. Lá no Paraguai, ganhamos de 1 a 0, jogando bem. Então, criou-se uma expectativa de que nós iríamos pra decisão, já que ganhamos fora de casa, gol do Fred. Quando veio o jogo no Maracanã, logo no começo, a gente tomou o gol do Cerro (marcado por Cáceres, aos seis minutos), e a partida começou a ficar muito complicada. O goleiro deles tava muito inspirado naquela noite. Pegou algumas bolas muito, muito difíceis, quase indefensáveis. Teve um lance do Mariano, outro do Fred… Nossa.

– Conforme os minutos iam passando, a gente ia ficando mais tenso. Nos pênaltis, sabemos que é muita emoção, é muita adrenalina pra todos nós e pra todos os torcedores, né? A gente sabia que ficaria aberto. O jogo continuava muito duro, o goleiro deles estava pegando as finalizações do Fred… Nosso ataque chegando, tentando de todas as maneiras fazer o gol pra empatar o jogo e ter a classificação, mas a bola não entrava.

– Já no final do jogo, numa bola parada em que todos já estavam se preparando para os pênaltis, o Cuca me mandou pro ataque. Fiquei por lá. Conca lançou, a defesa rebateu e eu tive a oportunidade numa bola de muita raça mesmo, ali na área, dividindo com os zagueiros, lutando pelo espaço, lutando pelo gol. Não só eu, mas meus companheiros também. A bola sobrou pra mim e consegui ser muito abençoado depois de ganhar um lance disputado com outro zagueiro do Cerro. Fiz o gol aos quarenta e sete minutos do segundo tempo e foi uma explosão de alegria. Depois da gente furar aquela barreira toda deles no final, o Alan ainda virou o jogo no Maracanã, fez o segundo gol aos quarenta e nove. Foi algo que ficou muito marcado pra nós e para os torcedores também, uma emoção muito grande.

– Até hoje, quase 12 anos depois, esse jogo contra o Cerro é lembrado pelos torcedores. Eles me mandam mensagem de carinho, falando de todos aqueles momentos. Não só desse jogo, mas de toda a minha trajetória nas Laranjeiras. Sou muito grato a Deus, ao futebol e aos torcedores e fico feliz de ser lembrado sempre que são marcadas essas partidas importantes do Fluminense. É muito bom ter histórias para contar aos nossos filhos.

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