Idealizador da SAFIEL explica possibilidade de credores do Corinthians trocarem dívidas por ações da SAF

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Central do Timão

·23 de novembro de 2025

Idealizador da SAFIEL explica possibilidade de credores do Corinthians trocarem dívidas por ações da SAF

Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

Na manhã deste domingo (23) o podcast Deu Zebra Cast ouviu o empresário Carlos Teixeira, um dos idealizadores da SAFIEL, projeto que prevê a separação do futebol do clube social do Corinthians e sua profissionalização a partir da constituição de uma SAF, por meio de aporte financeiro de até R$ 2,75 bilhões junto a torcedores e empresas.

A conversa, que durou quase duas horas, explicou a proposta desde sua origem e abordou diversos pontos da estrutura do projeto. Um dos aspectos debatidos foi a possibilidade de que credores do Corinthians, cuja dívida atualmente é superior a R$ 2,7 bilhões, possam se tornar acionistas da SAF, por meio da conversão de seus débitos em ações preferenciais (que não possuem direito a voto).

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Foto: Reprodução/YouTube

Teixeira assentiu com a possibilidade. Segundo ele, a ideia está “na mesa”, mas em um eventual avanço da proposta junto ao clube, o mecanismo seria utilizado pela SAFIEL “com cuidado”. A Caixa foi citada como exemplo de credor cujo perfil seria “adequado para entrar nesta categoria” – por outro lado, os agentes e empresários com os quais o Alvinegro mantém dívidas não estariam entre os possíveis beneficiados.

Vale lembrar que a lei das SAF (14193/2021) prevê expressamente este mecanismo como uma das maneiras de a empresa quitar as dívidas assumidas da associação. Em seu artigo 20, o texto da lei afirma: “Ao credor, titular do crédito, é facultada a conversão, no todo ou em parte, da dívida do clube ou pessoa jurídica original em ações da Sociedade Anônima do Futebol ou em títulos por ela emitidos, desde que previsto em seu estatuto.”

Outra estratégia levantada por Teixeira para atacar a dívida do Corinthians foi a recuperação extrajudicial (REJ). Trata-se de um mecanismo legal que permite a uma empresa negociar sua dívida diretamente com os credores, fora do âmbito judicial – este apenas homologaria o acordo, posteriormente. É conhecida por ser uma alternativa mais rápida, flexível e menos burocrática que a recuperação judicial (RJ).

Confira abaixo a entrevista completa de Carlos Teixeira ao Deu Zebra Cast:

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