Ídolo argentino compara Flamengo ao Real Madrid: 'Símbolo da América' | OneFootball

Ídolo no futebol argentino, com passagem pelo Flamengo, o ex-meia, Claudio Borghi, comparou o Mais Querido com o Real Madrid. Campeão mundial com a Argentina em 1986, o ex-jogador teve uma curta passagem pelo Flamengo em 89. Sabendo como é o Mengão e o ambiente do futebol, comentou sobre a diferença entre o Rubro-Negro e os demais clubes do continente.

Borghi afirma que, dentro do contexto sul-americano, o Flamengo ocupa um nível comparável ao que o Real Madrid representa na Europa. Segundo ele, isso se dá principalmente na maneira como o time é respeitado e identificado lá fora. Ou seja, independente do escudo, ao verem uma combinação rubro-negra, sabem que pertencem ao Fla.

"Se sairmos do Brasil, e eu não quero desrespeitar o São Paulo, Palmeiras e Santos, que são grandes clubes... Mas isso tem muito a ver com a camisa do Flamengo, com as cores, com o escudo. Qualquer estrangeiro reconhece imediatamente, seja no Brasil ou quando alguém passa com a camisa do Flamengo por qualquer canto da América do Sul. É incrível, as pessoas veem as camisas de outros clubes e têm que ver o escudo para saber que time é. E quando veem o rubro-negro, imediatamente sabem que é o Flamengo.", contou Borghi em entrevista à 'ESPN'.

Além do fator reconhecimento, cita o tamanho da Nação, os títulos e a maneira de jogar, como pontos cruciais para a construção dessa imagem flamenguista. Que, dessa forma, se aproxima de um Real Madrid no continente. Ou seja, dominante em todos os sentidos.

"Hoje, não sei como estão as diferentes torcidas brasileiras em relação à quantidade de torcedores, mas por títulos, forma de jogar, nome, história e por essa famosa camisa, acho que poderia ser como o Real Madrid. Só não sei se economicamente. É um dos times mais populares do mundo", declarou.

Claudio Borghi relembra passagem pelo Flamengo

Claudio Borghi chegou ao Flamengo em 1989, a pedido do técnico Telê Santana. Antes disso, fez história no Argentino Juniors, conquistando a primeira e única Libertadores do time. O ex-meia também já vestiu a camisa de Milan, Como e River Plate.

Ainda em entrevista a ESPN, Borghi comentou sobre sua rápida passagem no Flamengo. O ex-jogador celebrou como atuou ao nado de nomes gigantes na história. E o motivo de ter deixado o Flamengo em tão pouco tempo teria sido a saída de Telê Santana, que pediu sua chegada, mas não ficou muito depois no comando rubro-negro.

"Tive bons e grandes companheiros com Zico, Júnior, Leandro, Leonardo, Renato Gaúcho e outros. Não tive a oportunidade de jogar muito, o Telê Santana foi embora e decidi voltar (para a Argentina) porque vi que as condições para que eu pudesse jogar não eram as adequadas. Mas foi uma situação muito linda para eu estar no Flamengo", disse Borghi.

Entre os atletas que atuou do lado no Flamengo, o argentino destaca dois. Borghi chama atenção para Zico e Junior, dos maiores da geração. Além disso, revelou que além da admiração, havia a proximidade, pois os três falavam italiano.

"Eu tive dois grandes companheiros no Flamengo: Zico e Júnior. Eu conseguia me comunicar com eles por que falavam italiano, então era muito mais fácil. No esportivo, não tenho o que falar por que são duas lendas e na parte humana são ainda melhores. Eles me trataram muito bem, cuidaram de mim e me fizeram sentir cômodo. Estar com eles foi uma das maiores experiências da minha vida. A qualidade que o Júnior tinha como pessoa e o Zico, que foi um dos grandes artilheiros do futebol brasileiro e campeão da Libertadores, uma lenda muito importante", desabafou Borghi.

Claudio Borghi atuou ao todo dois meses no Flamengo. Nesse meio tempo, disputou seis partidas, onde não marcou gol e não deu assistências. Após uma passagem relâmpago, deixou o Rubro-Negro rumo ao Independiente.