Jogada10
·30 de maio de 2024
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As ligas de futebol pelo mundo costumam promover campanhas de combate aos mais diversos tipos de preconceito. No entanto, o movimento de aderir as mesmas não é uma ação unânime entre os jogadores. O campeonato da França é um dos torneios com estes casos.
Na situação mais recente, o meio-campista Mohamed Camara, do Monaco, atuou na goleada sobre o Nantes, no último domingo (19), com a logo antihomofóbica em sua camisa coberta com fitas. Assim, o Comitê Disciplinar da Liga Francesa vai julgar a atitude e pode aplicar uma punição de dez jogos de suspensão, segundo informações do jornal “L’Equipe”.
Além disso, no mesmo duelo pela 34ª e última rodada do Campeonato Francês, Camara não posou para a foto conjunta entre as duas equipes ao lado do símbolo de combate a homofobia em um cartaz antes da partida. Ele permaneceu na lateral do campo, agachado e rejeitou participar da ação. De acordo com a imprensa local, o atleta malinês apontou motivos religiosos, já que é muçulmano.
Símbolos da campanha do combate a homofobia da Liga da França – Foto: Arte Jogada10/Divulgação/AS Monaco
A ministra dos Esportes da França, Amélie Oudéa-Castera, defende uma sanção tanto a Mohamed como ao próprio Monaco.
“Um comportamento assim deve ser punido com as sanções mais firmes, contra o jogador e contra o clube, que permitiu. É inadmissível. Pude dizer o que penso sobre isso à Liga de Futebol Profissional (LFP)”, disparou a política.
Por sinal, o meio-campista marcou, de pênalti, na goleada por 4 a 0 sobre o Nantes.
A Ligue 1 promove tal ação já há alguns anos na rodada que antecede ou posterior ao dia 17 de maio. Data que marca o dia internacional da luta contra a homofobia. Dessa forma, na campanha desta temporada, árbitros, técnicos e jogadores de todos os clubes usaram na rodada o patch da liga com as cores LGBTQIA+ na manga. Além da presença de um emblema da campanha, no centro do peito, que continha um símbolo contra este tipo de preconceito no futebol.
Campanha desta temporada da Ligue 1 contra este tipo de preconceito – Foto: Divulgação/Ligue1
Há histórico de situações anteriores semelhantes como a de Gana Gueye, que defendia o PSG em 2022. Na oportunidade, ele recusou a entrar em campo pela equipe. Em seguida, já no ano passado, o jornal “L’Equipe”, informou que Abdou Diallo, também do Paris Saint-Germain, Zakaria Aboukhlal, Moussa Diarra e Saïd Hamulic, do Toulouse, também optaram por não participar o dia na campanha do ano passado.
Não há um retrospecto de punições nestes casos. Contudo, no último, o próprio clube multou Mostafa.