MundoBola Flamengo
·24 de novembro de 2025
Júnior revela maior orgulho pelo Flamengo e elege ‘novo Maestro’

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Maior jogador em número de partidas pelo Flamengo, Junior revelou qual é seu maior orgulho no clube e apontou Arrascaeta como o “novo Maestro” da geração atual. O ex-lateral exaltou o protagonismo recente do uruguaio e afirmou que ele “incorpora a alma rubro-negra”.
Junior afirma que o recorde de 876 jogos é um capítulo absoluto da própria trajetória. Para ele, vestir o Manto por quase três décadas e atravessar gerações tornou o feito praticamente imbatível. O ex-jogador também destaca a importância do título brasileiro de 1992, quando já era o único remanescente da era de ouro.
Segundo o ídolo, estar presente tanto no início quanto no fim daquele ciclo histórico é motivo de satisfação. Ele cita o Carioca de 1974, quando surgiu no time principal, e o Brasileirão de 1992 como os momentos mais marcantes da carreira no Flamengo.
“Orgulho de ter feito parte da história de um clube de 130 anos, né? Acho que tenho um capítulozinho ali. Sobretudo no final de carreira, ser campeão brasileiro com essa garotada me deu muito prazer e satisfação”, disse o ídolo.
“Eu digo que todos os outros títulos foram importantes, mas (no Brasileiro de) 1992 eu era o último remanescente daquela era de ouro, e isso encheu meu coração de orgulho. Ter o número de 876 jogos pelo clube também é um feito praticamente imbatível”, completou Junior.
Ao ser questionado sobre quem representa o papel de maestro na equipe atual, Junior não hesitou em escolher Arrascaeta. O Camisa 10 já é o maior campeão pelo clube, estrangeiro com mais gols e ainda é o melhor jogador do Brasil na temporada. Ele soma 23 gols e 17 assistências, liderando o Fla no Brasileirão e na Libertadores.
“Acho que o Arrasca. Eu sou muito mais extrovertido que ele. O Arrasca é muito na dele. É da personalidade dele, né? Mas vejo que ele é um cara extremamente participativo. Um cara que deu uma contribuição muito grande nesses últimos anos, que encara o espírito. Eu vi que o Arrascaeta que chegou, que vibrava pouco, é completamente diferente desse de hoje. Hoje ele incorpora a alma rubro-negra.”
O Maestro também comentou a relação da torcida com o Flamengo. Junior lembrou que a força popular do clube nasceu muito antes da geração vitoriosa dos anos 80. Ele reconhece que a modernização do estádio e o surgimento da chamada “Fla selfie” transformaram o ambiente, mas destaca que o sentimento segue intacto.
“É diferente. Hoje muita gente vai mais pelo glamour. Naquela época iam pelo coração. Mas o sentimento continua sendo o mesmo. Haja visto o Maracanã. Você vê 70 mil pessoas como um público mais do que normal para a torcida do Flamengo. Porque ela vai na boa e na ruim. Só que na ruim ela cobra muito mais. Porque quer retorno, que é vitória e conquista.”
“Falam da Fla selfie. Na nossa época não tinha isso. Hoje é a modernização. Toda essa garotada que vai por isso e que não tem o mesmo sentimento que tinham os mais antigos. São Flamengo, são apaixonados, mas não têm aquela mesma visão que tinha aquele torcedor de antigamente.”
Junior ainda recordou momentos desafiadores nos bastidores. Ele citou a curta experiência como diretor em 2004, marcada pela falta de autonomia, e lembrou a fase delicada vivida pelo clube entre o fim dos anos 1990 e meados dos anos 2000.
“Minha ideia, na verdade, era ser diretor técnico. Mas é aquilo: Flamengo não é convite, é convocação. Em 2004, foi quando o Márcio Braga fez a história do Fla Futebol. O quê que era? Nada mais do que fazer um departamento todo de profissionais. Aí eu falei para o Márcio: ‘Eu vou. Mas a gente precisa ter um pouco de autonomia'".
“Ele prometeu, mas não tive autonomia nenhuma. Nós éramos profissionais. O João Henrique Areas, um pioneiro do marketing esportivo; o José Maria Sobrinho, um cara com ampla visão de planejamento; e eu na parte técnica. A gente escolhe um treinador, com esse treinador a gente vai escolher o elenco. Eu achava que conhecia o clube, mas não conhecia nada.”









































