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·01 de dezembro de 2024

Madrugada festiva e turismo campeão: 24 horas após a Libertadores do Botafogo

Imagem do artigo:Madrugada festiva e turismo campeão: 24 horas após a Libertadores do Botafogo

As últimas 24 horas foram as melhores em 120 anos do Botafogo. Do Monumental de Núñez às ruas de Buenos Aires, os alvinegros festejaram como nunca, se abraçaram, choraram, pularam, gritaram e cantaram depois do triunfo sobre o Atlético-MG por 3 a 1, no sábado (30). Uma comunhão inigualável ao longo da história. Pouco depois de o capitão Marlon Freitas levantar a taça da Copa Libertadores, boa parte da torcida se concentrou, então, em Puerto Madero ou Palermo, bairros nobres da capital argentina. Por lá, os campeões da América cortaram as amarras com o passado e reafirmaram, claro, que é “tempo de Botafogo”.

A equipe de reportagem do Jogada10 esteve na festa, em Puerto Madero, já neste domingo (1). A euforia ganhou a madrugada e só acabou no nascer do dia. Concentrados em um bar e ensandecidos pelo título continental, os torcedores subiram em bancos e mesas para puxar as canções de exaltação ao Mais Tradicional enquanto o telão do local mostrava a campanha da equipe nesta edição da Libertadores.


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Puerto Madero ficou preto e branco nos últimos dias – Foto: Leonardo Pereira/Jogada10

A loucura só terminou por volta de 4h, quando policiais forçaram a dispersão dos botafoguenses. Nada, no entanto, que comprometesse a euforia da galera. Os famosos “inimigos do fim” arrumaram um quiosque para ampliar a comemoração e fechar a noite da melhor forma possível.

“Chegou o nosso dia. Sonhamos a vida inteira com este momento e nos acostumamos a ver os outros festejando. Minha ficha ainda não caiu. O Botafogo foi mesmo campeão da América? Enfim, somos felizes. Nossa história será eterna”, disse o botafoguense Rafael Morais, um dos sobreviventes a tantas loucuras.

San Telmo vibra com o Botafogo

O dia seguinte foi ideal para sair com o manto alvinegro e exibi-lo, orgulhosamente, aos argentinos. Aliás, os hermanos, agora, conhecem muito melhor o clube mais tradicional. E, do nada, algum brasileiro puxava uma canção para ensiná-los um pouco mais.

Em San Telmo, bairro vizinho a Bombonera, havia mais camisas do Botafogo do que as do Boca Juniors. E detalhe: em dia de jogo do clube mais popular da Argentina. Assim, os mais de 40 mil escolhidos que invadiram Buenos Aires impressionaram os portenhos.

“Nunca houve um movimento como este. Nenhuma outra torcida estrangeira colocou tanta gente. A hinchada do Botafogo é vibrante e faz um barulho ensurdecedor.  E o time jogou muita bola mesmo. O melhor! Muito à frente dos demais. Nenhuma surpresa”, disse um torcedor do River Plate.

Ainda por San Telmo, em uma região que é a mescla entre Lapa e Santa Teresa, a botafoguense Bia Lopes pediu o “Olé” para saber como a mídia Argentina tratou a vitória do Botafogo sobre o Atlético por 3 a 1, em Núñez, na grande decisão. Ela queria saber também a justificativa do volante Gregore, do Glorioso, para ser expulso com menos de um minuto de bola rolando, contra o Galo, no último sábado (30).

Por fim, alguns botafoguenses já deixaram a capital portenha. Os voos foram os mais animados possíveis. Afinal, a missão está cumprida. Os escolhidos ajudaram o Glorioso a ser o dono da América.

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