Marrocos conquista o topo, mas Mundial Sub-20 destaca futuras estrelas | OneFootball

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Marrocos fez história ao vencer a Argentina por 2 a 0 e conquistar a Copa do Mundo sub-20, no último domingo (19). A conquista é uma recompensa ao bom projeto que o país do norte da África tem feito nos últimos anos.

Em campo, uma seleção formada predominantemente por jogadores que atuam no futebol europeu deu resultado e os marroquinos conquistaram o mundial da categoria pela primeira vez. Os Leões do Atlas saíram do grupo da Morte, eliminando o Brasil, enquanto deixaram para trás os Estados Unidos nas quartas antes de eliminar a França na semifinal.

A seleção marroquina contou com equipe que atua majoritariamente na Europa e também com sua diáspora, jogadores que nasceram fora do país. A conquista dos comandados de Mohamed Ouahbi passou pela dupla: Yassir Zabiri e Gessime Yassine.

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Zabiri comemorando um dos gols na decisão (Foto: Divulgação/Federação Marroquina)

O atacante Zabiri, de 20 anos, atua desde janeiro no Famalicão, mas tem sido reserva e marcou apenas um gol pela equipe desde que chegou. O centroavante foi um dos destaques da conquista, tendo sido um dos artilheiros da competição com cinco gols e marcou os dois gols da decisão.

Outro destaque da conquista, Gessime Yassine nasceu na França, mas optou por jogar pelo Marrocos. O meia tem mais rodagem no futebol profissional, fazendo parte do ambicioso projeto do Dunkerque da segunda divisão francesa e já vinha se destacando antes do Mundial. O meio-campista de 19 anos deu três assistências durante a campanha, marcou dois gols e foi peça-chave durante a conquista.

Mesmo com o vice, Argentina tem boas peças para o futuro

Apesar de ter ficado com o vice, sem poder contar com Mastantuono, melhor jogador desta geração, a Albiceleste mostrou ter boas peças para uma renovação na seleção principal. Maher Carrizo mostrou o motivo de ser um dos principais jogadores do Vélez, enquanto Sarco mostrou que está pronto para ganhar mais oportunidades no Bayer Leverkusen, sendo o artilheiro da seleção na competição com quatro gols.

Vale também destacar Prestianni, do Benfica, que teve boas atuações entrando no segundo tempo nas partidas pelos lados e deu assistências. Quem também aproveitou a oportunidade foi o polivalente capitão Julio Soler, do Bournemouth, que mostrou polivalência atuando como zagueiro e ala, mostrando que pode ser uma boa opção nos próximos anos.

Maher Carrizo e Prestianni comemorando um dos gols da Argentina (Foto: Buda Mendes – FIFA/FIFA via Getty Images)

Dupla brasileira se destaca

O mundial sub-20 foi uma grande notícia para a Colômbia, que ficou com o terceiro lugar, e muitos jogadores mostraram que podem atuar pela seleção principal nos próximos anos. O grande responsável por isso foi o técnico César Torres.

Curiosamente foi a dupla brasileira que se destacou na boa campanha de Los Cafeteros: Jordan Barrera e Néiser Villarreal. O meia-atacante do Botafogo não marcou, mas se destacou atuando centralizado pelo meio, dando duas assistências importantes e criando três grandes chances. Quem também se destacou foi o atacante Néiser Villarreal, que assinou com o Cruzeiro e foi um dos artilheiros da competição com cinco gols.

Neyser Villareal comemorando um gol pela Colômbia (Foto: Ricardo Moreira – FIFA/FIFA via Getty Images)

Vale destacar também as atuações de Òscar Pereira, que pertence ao Strasbourg e está emprestado ao AVS, de Portugal.  O rápido atacante mostrou que pode ser uma boa opção com sua velocidade, criatividade e faro de gols.

Filho de ídolo rouba a cena

Liderada por um campeão do mundo em 98, o ex-meia Bernard Diomède, a França foi longe com uma equipe bastante e que foi desfalcada no fim da competição com a saída de Bouabre, que voltou ao Neom, mas acabou ficando com o quarto lugar e fora do pódio. Mesmo assim, a equipe mostrou ter tido bons frutos para os próximos anos.

O atacante Lucas Michal, que ainda não fez sua estreia pelo time principal do Mônaco, foi um dos artilheiros da competição com cinco gols.  Quem também se destacou foi o meia Le Borgne, que marcou três gols e deu uma assistência. Ele mostrou um dos motivos de ser uma das maiores joias do ambicioso projeto do Como.

Seleção Francesa comemorando a vitória sobre a Noruega (Foto: Hector Vivas – FIFA/FIFA via Getty Images)

No entanto, Gabin Bernardeau, que atualmente defende o Nice e acumulou experiência pelo Le Mans na última temporada, foi um dos nomes mais experientes dos Les Bleus, também se destacou, tendo boas atuações e marcando um gol. Quem também se destacou foi o zagueiro Elyaz Zidane, filho de Zizou, e que foi um dos pilares da defesa dos Azuis com boas atuações.

Estados Unidos e México mostram talento

Apesar de ter ficado nas quartas de final, o México mostrou que pode contar com uma geração muito talentosa no futuro. Ela é liderada pelo atacante Gilberto Mora, que acabou de completar 17 anos e pertence ao Tijuana. Mora já soma mais 30 partidas como profissional e mostrou todo seu talento ao marcar três gols importantes na fase de grupos e dar uma assistência.

Mora comemorando um gols contra a Espanha (Foto: Buda Mendes – FIFA/FIFA via Getty Images)

Além dele, El Tri também conta com outros jogadores talentosos, caso do meia Elías Montiel, que já é peça-chave no Pachuca e já conta com interesse de clubes europeus. Na competição, ele foi um dos pilares do meio-campo e deu duas assistências. O mesmo é válido para Obed Vargas, um dos pilares da equipe no meio.

Os Estados Unidos, maior rival dos mexicanos na Concacaf, também poderão tirar bons frutos da competição. Liderados pelo meia Benjamin Cremaschi, do Parma e ex-Inter Miami, os americanos lideram o Grupo E, vencendo a França e eliminando a Itália no mata-mata.

Benjamin Cremaschi foi um dos artilheiros (Foto: Marcelo Hernandez – FIFA/FIFA via Getty Images)

Cremaschi foi o principal jogador dos americanos, marcando cinco gols, sendo um dos artilheiros da competição e dando duas assistências. Vale destacar também o seguro lateral Frankie Westfield, do Philadelphia Union.