Zerozero
·26 de dezembro de 2025
«Não ganhávamos há quatro jogos; mataram uma cabra no campo e passaram o sangue nas chuteiras dos jogadores»

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·26 de dezembro de 2025

O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos que se uniu ao zerozero. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer também a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.
Depois de Malta e Bulgária, a terceira experiência de Hugo Seco no estrangeiro foi no Cazaquistão, no caso ao serviço do Irtysh. Tendo este país uma cultura muito diferente da de Portugal, o extremo viveu alguns episódios inusitados.
«Vivemos algumas histórias mais caricatas, mas tem a ver com a cultura deles. Logo quando eu cheguei, nós estávamos há três ou quatro jogos sem ganhar. Então há um dia em que chegámos ao treino e os cazaques saíram e só ficaram os estrangeiros no balneário. Entretanto, o Carlos Fonseca [colega português que estava no clube há algum tempo] tinha saído para fazer tratamento e quando voltou perguntou-nos se não queríamos ir lá fora ver», começou por dizer, indo mais longe:
«Nós ficamos confusos e perguntámos 'Ver o quê?', pelo que ele nos explicou que, como não ganhávamos há quatro jogos, eles estavam a fazer uma 'macumba': mataram uma cabra dentro da baliza e molharam as chuteiras dos jogadores com o sangue do animal. Eu cheguei ao túnel cheio de receio, olhei e vi que eles estavam realmente a fazer as rezas debaixo da baliza. Eu perguntei ao Carlos se já tinha acontecido; ele disse que na época passada fizeram o mesmo e que ganharam no jogo a seguir, mas que depois estiveram outros seis jogos sem ganhar.»
Certo é que esta história não teve o desfecho que o plantel certamente desejaria. «Os jogadores cazaques voltaram para dentro e nós tivemos o cuidado de mostrar respeito, tentámos não nos rir de outros assuntos para eles não pensarem que estávamos a gozar com aquilo. Quando fomos treinar, fui à zona da baliza e não havia vestígio de nada. O que é certo é que no jogo a seguir não ganhámos [risos]», rematou Hugo Seco.
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