Não precisa ser fácil, bonito ou tranquilo, desde que seja | OneFootball

Não precisa ser fácil, bonito ou tranquilo, desde que seja | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: MundoBola Flamengo

MundoBola Flamengo

·10 de novembro de 2025

Não precisa ser fácil, bonito ou tranquilo, desde que seja

Imagem do artigo:Não precisa ser fácil, bonito ou tranquilo, desde que seja
Imagem do artigo:Não precisa ser fácil, bonito ou tranquilo, desde que seja

Neste domingo, diante do Santos, o Flamengo fez as duas coisas que mais sabe fazer e nas quais mais demonstrou ser especialista nessa temporada.

A primeira é dominar partidas e fazer valer sua superioridade tática e técnica. Diante do Santos de um cambaleante Neymar, a equipe rubro-negra se impôs não só na qualidade mas também na intensidade. O gol de Léo Pereira abriu o placar no primeiro tempo, o passe genial de Arrascaeta permitiu que Carrascal ampliasse e o oportunismo de Bruno Henrique garantiu o 3x0. Uma atuação forte e dominante da equipe que é vista por muitos como a mais forte das Américas.


Vídeos OneFootball


O problema é que a segunda coisa que o Flamengo mais sabe fazer, e que tem feito com frequência nessa temporada, é se desconcentrar e complicar jogos fáceis. E ele fez isso também, é claro. Seja com o pênalti perdido por Arrascaeta, seja com a pane defensiva de três minutos que rendeu dois gols para a equipe santista e desfibrilou uma partida que já parecia morta e enterrada.

Então é claro que existem reclamações a fazer. Inaceitável tomar dois gols em três minutos, ainda mais de uma equipe que luta pra não cair, as substituições não podem baquear a equipe dessa forma, se Ayrton Lucas vem fazendo exatamente o que Filipe Luís pede, como o treinador afirma nas entrevistas, é preciso entender porque então Filipe Luís parece estar pedindo pra que Ayrton Lucas erre cruzamentos, atrase jogadas, se posicione de maneira esquisita em campo.

Mas não se pode negar a realidade de que o Flamengo dessa vez fez sim seu dever de casa. Vencemos o adversário fácil, somamos os pontos obrigatórios e pudemos ver de camarote uma derrota do Palmeiras para o Mirassol, que nos coloca de novo empatados em pontos com nosso adversário na luta pelo título, ainda que estejamos atrás em número de vitórias.

Ou seja, poderia ter sido mais tranquilo, poderia ter dado menos trabalho, menos unhas poderiam ter sido roídas, mas a realidade é que o Flamengo está agora mais perto do título do que ele estava na rodada passada, com mais chances de levantar sua nona taça de campeão brasileiro do que parecia possível quando ainda estávamos nos perguntando o que o Plata anda consumindo na balada pra fazer as coisas que ele faz.

Porque ao contrário do que dizem, no futebol nunca é sobre a jornada, mas sim sobre o destino. Se o destino for um lamentável vice-campeonato brasileiro, aí sim, cabe a tarefa de procurar culpados, é hora de punir os responsáveis, todo mundo na rua com sua tocha e seu ancinho cercando o castelo de Dr. Luís Filipenstein. Pontos foram jogados fora, chances foram dadas pra quem não merecia, bora empurrar carro na porta do CT.

Porém, se o Flamengo for campeão, sabemos que a realidade é outra. Com o troféu na mão, no alto do trio elétrico, com Michael de cueca dançando cara-caramba-cara-caraô, tudo será esquecido, todo sofrimento vai ser reparado, os dois gols sofridos hoje foram uma tacada de mestre de Filipe Luís para aumentar a confiança do Santos antes do clássico contra o Palmeiras, uma goleada nossa teria deixado os caras desmotivados.

Tudo que nós queremos, na facilidade e na dificuldade, nos bons momentos e nos ruins, é amar e comemorar com o Flamengo. E se eles nos permitir isso, seja do jeito mais tranquilo, seja do jeito mais exaustivo, seja com alegria, seja com sofrimento, nada mais importa. Porque esse nono título brasileiro, pode sim vir do jeito que vier. O importante é que ele venha.

Saiba mais sobre o veículo