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·05 de novembro de 2025

O 'all-in' de 2025: como o Flamengo gastou meio bilhão para financiar o sucesso

Imagem do artigo:O 'all-in' de 2025: como o Flamengo gastou meio bilhão para financiar o sucesso

A temporada de 2025 será lembrada como o ano em que o Flamengo decidiu que a sua saúde financeira, por si só, não ganhava títulos. Confrontado com a ascensão econômica das SAFs e a pressão de um calendário que incluía um Mundial de Clubes, o clube foi ao mercado com um nível de agressividade inédito.

O balanço financeiro do ano revela um investimento recorde em atletas, uma estratégia de "all-in" financiada por receitas igualmente recordes.


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2025 é o ano mais caro da história

Os números agregados são significativos. O balanço do terceiro trimestre revelou um investimento total de R$457,2 milhões na aquisição de sete jogadores específicos.

Relatórios mais abrangentes, que incluem luvas de renovação (como as de Pulgar e Varela) e custos do início do ano, colocam o investimento total em atletas em R$599,3 milhões até setembro.

A maior parte deste valor foi desembolsada na janela do meio do ano, num investimento de 43 milhões de euros (R$275 milhões) para trazer Emerson Royal, Jorge Carrascal, Samuel Lino e Saúl Ñíguez.

Este gasto foi possibilitado por receitas operacionais brutas que atingiram R$1,56 bilhão até setembro e receitas de transferências de atletas que bateram um recorde de R$510,9 milhões.

No entanto, a prova do "all-in" está no saldo líquido. Apesar da receita recorde de vendas, o saldo líquido total de movimentação de elenco (que inclui luvas e comissões) foi negativo em R$599,3 milhões.

Isto significa que o Flamengo gastou mais em compras do que ganhou em vendas, usando o dinheiro da premiação do Mundial de Clubes e outras receitas operacionais para financiar o déficit. Foi um "all-in" deliberado.

Quem são os reforços de 2025?

Os balanços financeiros e relatórios de investimento detalham para onde foi o dinheiro:

  • Samuel Lino: O investimento mais pesado, R$195,1 milhões.
  • Jorge Carrascal: O segundo maior aporte, R$107 milhões.
  • Emerson Royal: Um lateral, R$78,6 milhões.
  • Juninho: Aposta do início do ano, R$35,8 milhões (ou R$37,2M).
  • Jorginho (Luvas/Comissões): Veio sem custo de transferência, mas custou R$23,8 milhões em taxas.
  • Danilo (Luvas/Comissões): Semelhante, R$16,8 milhões em taxas.
  • Saúl Ñíguez: Valor não detalhado, mas parte do "pacote".
  • Renovações: O clube também gastou R$19,2M em luvas para renovar com Pulgar e R$13M com Varela.

Disciplina do 'não': o veto a Roberto Firmino

Este orçamento, no entanto, não era um cheque em branco. A prova da gestão do Flamengo veio na forma de uma contratação que não aconteceu.

Durante o ano, o nome de Roberto Firmino, 33 anos, de saída da Arábia Saudita, circulou na Gávea.

O Flamengo descartou a contratação. A decisão foi um veto duplo:

  1. Veto Financeiro: O salário de Firmino, superior a R$10 milhões por mês, foi considerado impagável e fora da realidade orçamental do clube.
  2. Veto Técnico: Mais importante, a comissão técnica de Filipe Luís e a direção de futebol avaliaram que Firmino não tinha o perfil técnico que procuravam. O clube queria um ponta construtor ou um médio-ofensivo, não um avançado veterano.

O "Não" a Firmino é o símbolo da estratégia de 2025. Em anos anteriores, o "marketing" de contratar um nome daquele peso poderia ter vencido. Em 2025, a estratégia venceu o marketing.

O clube provou que o seu gasto era disciplinado. Preferiu gastar R$195 milhões em Samuel Lino (o perfil certo) do que R$10 milhões por mês em Firmino (o nome certo).

O Flamengo de 2025 apostou, usando as receitas da sua base para construir um elenco capaz de lutar por tudo.

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