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·31 de outubro de 2024
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Nuri Sahin, técnico do Borussia Dortmund (Christof Koepsel/Getty Images)
O verão europeu naturalmente é um período que impõe mudanças nos clubes europeus, nos três grandes da região do Vale do Ruhr isso não foi diferente. Lars Ricken, Sven Mislintat fora do campo chegaram como nomes fortes do futebol do Borussia Dortmund. Patrick Fabian se licenciou do Bochum e passou de forma oficial o bastão de responsabilidades de gestão do futebol para Marc Lettau, que já foi demitido após a saída de Peter Zeidler. Depois de um ano ruim na segunda divisão, o Schalke optou por Ben Manga em uma liderança dupla com Marc Wilmots, ídolo do clube e jogador da geração famosa de 1997, conhecida como Eurofighters, mas questões internas abreviaram a passagem do belga nos mineiros. Um ponto em comum entre as equipes é a opção por alternativas arriscadas nas escolhas de treinadores.
Jogadores do VfL Bochum desolados (Christof Koepsel/Getty Images)
No VfL tem as estatísticas falando algo por si só. O clube do Ruhr tem o segundo pior ataque (sete gols marcados) e a segunda pior defesa (dezessete gols sofridos) da Bundesliga e sem vitórias em jogos oficiais na temporada até o momento. A escolha dos gestores dos camundongos por Peter Zeidler se mostrou um erro. Segundo o portal Tief in Westen, especializado em notícias do VfL, o alemão de 60 anos colecionou insucessos nas partidas e desagradou internamente os atletas e funcionários. A autoconfiança a ponto de quase se tornar uma arrogância de Zeidler em insistir com seu plano de jogo (organizar o time em um diamante, em 4-3-1-2, com a intenção de uma equipe alta defensivamente e apostando na velocidade de seus jogadores pelo lado de campo assim que recuperar a posse) foi desgastando sua estadia no clube. Além das discordâncias internas em questões táticas, uma proibição de cerveja no vestiário foi outro aspecto que custou o emprego do agora ex-treinador do Bochum. Fora do campo, Marc Lettau foi demitido junto a Zeidler devido às dificuldades de montar um plantel competitivo com os poucos recursos que os camundongos tinham à disposição.
A situação que se apresenta para o Bochum na sequência da temporada é difícil. O VfL enfrenta Frankfurt, Stuttgart e Leverkusen nas próximas três rodadas e provisoriamente vai ser comandado pela liderança dupla de Markus Feldhoff e Murat Ural, auxiliares permanentes do clube.
Nuri Sahin, técnico do Borussia Dortmund (Christof Koepsel/Getty Images).
Nuri Sahin, jogador que marcou época no clube, foi uma escolha consensual dos gestores do BVB para comandar a equipe no lugar de Edin Terzic que se demitiu ao final da última temporada. A aposta com o ex-jogador do BVB tem se pago alta até aqui. O Dortmund não apresenta por enquanto nada de tão interessante do que vimos em anos anteriores com Marco Rose ou Terzic. Os problemas estruturais que o time já enfrentava seguem e a dificuldade de estabelecer jogos competitivos em situações de organização ofensiva estão cada dia mais alarmantes. O protagonismo da equipe é centrado em jogadores conforme a partida. Foi assim com Bynoe-Gittens contra Frankfurt, Bruges e Real Madrid, Adeyemi contra Celtic e Heidenheim e Guirassy contra Bochum e St. Pauli. Defensivamente, os aurinegros estão suscetíveis às transições ofensivas dos adversários e têm um comportamento defensivo ruim nos momentos de perda da posse.
Time de Schalke 04 reunido no centro do gramado (Lars Baron/Getty Images)
Diferente dos rivais, o Schalke apostou na permanência de seu treinador. Karol Geraerts e tentou dar-lhe um voto de confiança. Contudo, o belga não resistiu ao início ruim de temporada, com 4 pontos nos primeiros seis jogos. A equipe de Gelsenkirchen tenta se remontar com o técnico Kees van Wonderen, que vem do Heerenveen, da Holanda. O ex-zagueiro terá em especial desafios com o setor que o consagrou no futebol, o defensivo. Os azuis reais contam com a segunda pior defesa da liga (24 gols sofridos), perdendo apenas para com Jahn Regensburg (30 gols sofridos), os resultados iniciais também não agradam. Em três jogos foram três derrotas e a partida contra o SSV Ulm, no fim de semana já visto como possível ponto final de trabalho para o holandês de 55 anos.
Fora do campo, a dupla Ben Manga e Marc Wilmots foi desfeita com a saída de Geraerts. Segundo relatórios da mídia alemã, o ex-meio campista era visto internamente como um defensor do compatriota e Manga, responsável pela reformulação da equipe, nem tanto. A baixa utilização de alguns atletas (no caso, Martin Wasinski e Felipe Sanchez) irritavam o planejador do elenco desta temporada. A situação crítica na tabela indicou para o presidente do conselho do clube, Matthias Tillmann a demitir Wilmots. O Schalke não tem pressa para escolher um substituto.