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·08 de julho de 2025
O reencontro que pode consagrar Hakimi

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Achraf Hakimi desenhou uma trajetória singular até se firmar como um dos destaques do Paris Saint Germain. Segundo o Globo, a jornada do lateral-direito começou em Madri, onde nasceu em 1998, filho de pais marroquinos que buscaram uma vida melhor na Espanha. Aos sete anos, após chamar atenção jogando em Getafe, chegou à base do Real Madrid, a La Fábrica, originalmente como atacante. Com o tempo, foi recuando de posição—primeiro ponta, depois lateral—a pedido dos treinadores, interessados em aproveitar sua potência ofensiva partindo de trás.
Na base do Real, Hakimi dividiu vestiário com Luca Zidane, filho de Zinedine Zidane, que mais tarde teria influência decisiva na carreira do marroquino. Em 2017, diante da falta de espaço no time principal, quase foi emprestado ao Alavés, mas recebeu uma chance após a saída de Danilo para o Manchester City. Estreou pela equipe principal aos 18 anos, em outubro de 2017, aproveitando ausência de Carvajal. Disputou 16 partidas, marcou dois gols e deu uma assistência, conquistando quatro títulos, incluindo a Champions League. Apesar disso, a concorrência na posição e a chegada de Odriozola limitaram suas chances.
Ao fim da temporada, o ciclo na Espanha se encerraria, e Hakimi seguiu para o Borussia Dortmund, onde acumulou 12 gols e 17 assistências em 72 jogos, além de uma Supercopa da Alemanha. Com o interesse de Manchester United e Bayern de Munique na mesa, a Inter de Milão levou a melhor, investindo até 45 milhões de euros em 2020. Mais uma vez o encaixe tático foi decisivo: sob Antonio Conte, brilhou com sete gols e nove assistências em 45 partidas, ajudando o clube a conquistar o Scudetto após 11 anos de jejum. No entanto, problemas financeiros forçaram sua venda.
O Paris Saint Germain pagou cerca de 70 milhões de euros por Hakimi, em uma janela que trouxe também Wijnaldum, Donnarumma, Sergio Ramos e Messi. A adaptação foi imediata: mesmo sem domínio do francês no início, tornou-se um dos pilares do novo PSG, titular em quase 90% dos jogos. Em quatro anos, foram 10 títulos, 25 gols e 30 assistências vestindo a camisa parisiense—marca que poucos laterais atingiram no contexto europeu recente.
Sob comando de Luis Enrique, a temporada mais recente tem sido a melhor: 11 gols e 12 assistências em 53 partidas, títulos em todos os torneios disputados até aqui, e destaque na campanha da Champions League 2024/25. "O Luis Enrique me dá muita liberdade, o que casa comigo. Graças a ele, melhorei muito. Ele me ajudou a alcançar um nível que eu não imaginava, fez uma diferença enorme", afirmou Hakimi ao site da FIFA.
O próximo reencontro com o Real Madrid, agora na semifinal do Mundial de Clubes, mobiliza a história de quem buscou espaço longe de casa e, em Paris, se consolidou como um dos melhores do mundo em sua posição.
Fonte: Globo
Photo by Megan Briggs/Getty Images
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