
Calciopédia
·09 de junho de 2025
Os melhores da Serie A 2024-25

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·09 de junho de 2025
Na temporada passada, a Inter dominou a nossa seleção da Serie A. Em 2024-25, não foi bem assim: num campeonato mais equilibrado, quatro times foram representados na equipe ideal da temporada, escolhida pela Calciopédia. Os nerazzurri, apesar do vice, ainda lideraram em quantidade e emplacaram quatro nomes no time. O Napoli, campeão, teve três. Atletas de Atalanta e Fiorentina completaram o nosso onze.
Além da seleção da temporada, escolhemos os jogadores que obtiveram maior destaque em oito categorias. Para toda a premiação, consideramos elegíveis apenas os atletas que entraram em campo em pelo menos metade das partidas da competição – ou seja, aqueles que somaram no mínimo 19 aparições na Serie A.
Ao longo dos últimos dias, nos dedicamos a uma lista das revelações do campeonato e a uma retrospectiva de duas partes com avaliações das equipes que participaram da competição – leia aqui e aqui. Agora, é hora de premiar os melhores. Vamos conferir quem foram os grandes craques da Serie A, então?
De Gea (Fiorentina); Dumfries (Inter), Rrahmani (Napoli), Bastoni (Inter), Dimarco (Inter); Barella (Inter), Anguissa (Napoli), Reijnders (Milan); McTominay (Napoli); Kean (Fiorentina), Retegui (Atalanta),
Goleiros: Carnesecchi (Atalanta), Milinkovic-Savic (Torino), Sommer (Inter), Skorupski (Bologna), Suzuki (Parma) e Svilar (Roma); Laterais/alas: Angeliño (Roma), Carlos Augusto (Inter), Di Lorenzo (Napoli), Dodô (Fiorentina), Miranda (Bologna), Nuno Tavares (Lazio) e Zappacosta (Atalanta); Zagueiros: Bijol (Udinese), Buongiorno (Napoli), Gaspar (Lecce), Kolasinac (Atalanta), Mancini (Roma), Mina (Cagliari), Ndicka (Roma) e Solet (Udinese); Meias: Adli (Fiorentina), Bernabé (Parma), Çalhanoglu (Inter), De Roon (Atalanta), Éderson (Atalanta), Isaksen (Lazio), Lobotka (Napoli), Mandragora (Fiorentina), Mkhitaryan (Inter), Paz (Como), Pulisic (Milan), Rovella (Lazio), K. Thuram (Juventus) e Zaccagni (Lazio); Atacantes: Castellanos (Lazio), Castro (Bologna), David Neres (Napoli), De Ketelaere (Atalanta), Dybala (Roma), Dovbyk (Roma), Krstovic (Lecce), Lautaro (Inter), Lookman (Atalanta), Lucca (Udinese), Lukaku (Napoli), Ndoye (Bologna), Orsolini (Bologna), Pedro (Lazio), Pinamonti (Genoa), Politano (Napoli), Rafael Leão (Milan). M. Thuram (Inter) e Yildiz (Juventus).
McTominay, do Napoli (Getty)
Prêmios: melhor jogador e melhor meio-campista
Até a reta final da Serie A, Scott McTominay não era o favorito a nenhum dos dois prêmios que faturou. Porém, como um campeonato só acaba quando termina, o escocês galgou posições e emplacou ambas as honrarias por seu poder de decisão. Oito dos 12 gols do meio-campista foram responsáveis por abrirem o placar para o Napoli, incluindo um no empate com a Inter, em Milão. Ele ainda balançou as redes seis vezes nas sete últimas rodadas, sendo o responsável por dar tranquilidade aos partenopei no jogo do título – e em grande estilo, com um voleio que iniciou o triunfo sobre o Cagliari. Sem sombra de dúvidas, o scudetto azzurro teve a determinante firma do vice-artilheiro do time.
Entre os meio-campistas, também mereceram destaque nomes como André-Frank Zambo Anguissa, colega de McTominay no Napoli; Nicolò Barella, da Inter; Tijjani Reijnders e Christian Pulisic, verdadeiros oásis no deserto que foi o Milan; Éderson, da Atalanta; Rolando Mandragora, da Fiorentina; e Nico Paz, do Como. Na briga pelo prêmio de melhor do campeonato, ficaram atrás de McTominay o já citado Anguissa e Mateo Retegui (Atalanta).
De Gea, da Fiorentina (Getty)
Prêmio: melhor goleiro
A aposta da Fiorentina em David De Gea, que estava sem clube havia mais de um ano no momento em que assinou sem contrato, era arriscada. E deu muito certo. O goleiro espanhol voltou a mostrar o nível de seus melhores tempos, teve um 2024-25 muito seguro e, na Serie A, não protagonizou nenhuma atuação insuficiente: extremamente regular, foi um dos destaques da Viola. Além disso, colecionou milagres e chegou até a defender dois pênaltis num mesmo jogo, garantindo uma vitória dos gigliati sobre o Milan. O maior concorrente do hispânico na disputa foi Mile Svilar, da Roma, ao passo que outros arqueiros, como Vanja Milinkovic-Savic (Torino), Yann Sommer (Inter) e Lukasz Skorupski (Bologna), fecharam o top 5.
Bastoni, da Inter (Getty)
Prêmio: melhor zagueiro
Vamos repetir o que escrevemos no ano passado. “O prêmio é de melhor zagueiro, mas Bastoni poderia ter concorrido – com chances de vencer – aos postos de craque da lateral ou da meia cancha da Serie A”. E isso vale para 2024-25 também, visto que o zagueiro liderou a zaga da Inter, segunda melhor do campeonato, e ainda forneceu incríveis cinco assistências. Dessa vez, porém, a concorrência foi maior para o interista, visto que Amir Rrahmani teve um desempenho muito regular e atuou nas 38 partidas da vitoriosa campanha do Napoli, dono da retaguarda menos vazada do certame. Outro incansável foi Evan Ndicka, da Roma, que também jogou todas e sequer foi substituído ao longo da temporada, participando da ascensão dos giallorossi – que sofreram a mesma quantidade de tentos da Beneamata. Vale também destacar que atletas de times menos badalados estiveram sob os holofotes na competição. Nesse grupo, podemos citar Kialonda Gaspar (Lecce), Oumar Solet (Udinese) e o ex-palmeirense Yerry Mina (Cagliari).
Dumfries, da Inter (Getty)
Prêmio: melhor lateral/ala
Nos anos anteriores, Théo Hernandez, do Milan, e Federico Dimarco, da Inter, disputaram o posto de melhor lateral ou ala da Serie A. Em 2024-25, o francês teve desempenho sofrível e o italiano alternou grandes números ofensivos (sete assistências e quatro gols) a um returno pincelado de falhas de marcação, o que levou o sólido Carlos Augusto a ganhar mais espaço no onze inicial de Simone Inzaghi. Coube a outro nerazzurro ocupar a lacuna: Denzel Dumfries balançou as redes sete vezes, sendo o terceiro maior artilheiro da Beneamata na temporada, e foi extremamente influente para o rendimento da equipe que melhor explorou os lados do campo nesta década de certame. Então, ficou fácil escolher. Outros nomes do setor que se destacaram foram Raoul Bellanova e Davide Zappacosta, da Atalanta; Angeliño, da Roma, Nuno Tavares, da Lazio; e Juan Miranda, do Bologna.
Retegui, da Atalanta (Getty)
Prêmio: melhor atacante
Não teve para ninguém. Mateo Retegui chegou à Atalanta para substituir o lesionado Gianluca Scamacca e começou sua trajetória vestindo nerazzurro com uma doppietta sobre o Lecce. Seria o prenúncio de um ano mágico, no qual colocou 25 bolas nas redes e se tornou tanto o artilheiro do campeonato quanto o maior goleador da Dea numa única edição da Serie A, superando Filippo Inzaghi. O ítalo-argentino ainda forneceu oito assistências, chegando a 33 participações em tentos no certame. E, se houvesse um prêmio de Most Improved Player, como na NBA, este seria de Moise Kean, vice-artilheiro, com 19. O centroavante da Fiorentina certamente foi o jogador que mais evoluiu de uma temporada para a outra, já que ficara zerado em 2023-24.
Entre os homens de frente, os habilidosos Ademola Lookman (Atalanta) e Riccardo Orsolini (Bologna) também tiveram bastante destaque em 2024-25 – e dividiram o terceiro lugar na artilharia da Serie A, com 15 gols. Vários outros atacantes fizeram boas temporadas, mas sem a mesma regularidade dos quatro citados. Os maiores exemplos desse segundo pelotão foram Marcus Thuram, que deslanchou na primeira parte do campeonato e só marcou duas vezes no returno; Lautaro Martínez, seu colega de Inter, que teve números inferiores aos quais está acostumado a produzir, embora tenha sido fulcral para os nerazzurri; e, por fim, Romelu Lukaku, que impressionou nas estatísticas, mas nem tanto no nível de suas atuações pelo Napoli.
Éderson, da Atalanta (Getty)
Prêmio: melhor jogador brasileiro
Finalmente a regularidade de Éderson foi premiada – e nós não estamos falando de suas justas convocações para a seleção brasileira. Pilar do meio-campo da Atalanta, o sul-matogrossense foi o jogador mais utilizado pelo técnico Gian Piero Gasperini na campanha de terceiro lugar da Dea e, no ano em que superou a casa de 100 partidas pelos nerazzurri, ocupou um lugar no rol dos grandes meias da Serie A. É verdade, cometeu uma bobagem ao ser expulso numa derrota pesada contra a Inter e, por isso, acabou ficando de fora de sua única partida no campeonato. Entretanto, deu muito mais contribuições positivas. Por exemplo, ao decidir um duelo com o Milan, em San Siro, ou ao anotar outros três gols na competição. Na turma verde e amarela, também se destacaram David Neres, importante reserva na campanha vitoriosa do Napoli, Carlos Augusto (Inter), Dodô (Fiorentina) e Gabriel Strefezza (Como).
Conte, do Napoli (Getty)
Prêmio: melhor técnico
Primeiro técnico a faturar títulos italianos por três times diferentes, Antonio Conte foi o grande comandante de 2024-25. O apuliano ignorou a Coppa Italia, única outra competição disputada pelo Napoli na temporada, concentrou todas as forças do time na Serie A e abdicou do seu esquema favorito na maior parte da campanha que culminaria no scudetto, já que não tinha um elenco próprio para se apoiar no 3-5-2. O treinador foi se adaptando aos adversários e fazendo mudanças jogo a jogo, provando que não é homem de um sistema só. Assim, conduziu uma equipe repleta de lacunas e sem um plantel tão profundo ao tetracampeonato nacional, com direito à retaguarda menos vazada do certame.
Logo atrás de Conte em 2024-25, podemos citar Claudio Ranieri, que fez um dos melhores trabalhos de sua carreira ao deixar de lado a aposentadoria para conduzir a campanha de recuperação de sua amada Roma, que chegou a flertar com o rebaixamento e terminou a temporada com uma vaga na Liga Europa e a segunda melhor defesa da Serie A. Gian Piero Gasperini, pelo futebol mostrado em seu último ano na Atalanta – inclusive, antes de suceder o próprio Ranieri na Cidade Eterna –, também merece menção positiva.