MundoBola Flamengo
·18 de novembro de 2025
Os técnicos que moldaram o DNA do Flamengo em 130 anos

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·18 de novembro de 2025

130 anos de Flamengo: o clube que foi forjado no ataque. Uma torcida que não aceita jogar na retranca, e isso tem um forte apelo histórico. O DNA rubro-negro é ofensivo, e teve técnicos ao longo de sua história para moldar essa característica. Seja na terra, seja no mar. Das águas, até as quadras e aos campo de futebol.
Flávio Costa iniciou a consolidação de uma moldagem ofensiva ao Flamengo. Nos anos 30 e 40, a forma de jogar futebol ganhava forma com o técnico que revolucionou o estilo de jogo do time na época.
Ele implantou treinos modernos para a época, valorizando o toque de bola e dando uma forma de jogar que combinava intensidade e técnica.
O Flamengo conquistou títulos com Flávio Costa, mas mais do que isso, iniciou um processo de criação de identidade ofensiva muito popular, refletindo a alma do torcedor rubro-negro.
Flávio Costa deu ao Flamengo um jeito próprio de vencer, com ofensividade que perdura até hoje e ajudou a moldar o pensamento de ataque dos que viriam a seguir.
O grande nome do Remo foi Guilherme Augusto do Eirado Silva, conhecido como Buck. O técnico dos anos 60 transformou o esporte fundador do Flamengo, consolidando o espírito rubro-negro, também, no mar.
Ele marcou época, somando histórias de superação, valor agregado diretamente ao DNA rubro-negro. O Flamengo não vencia no Remo desde 1942, e passou a empilhar taças com Buck. Foram incríveis 31 Cariocas vencidos, de 35 disputados.
Nove Troféus Brasil também foram levados por Buck até a galeria de conquistas rubro-negras. O espírito rubro-negro era grande, com recorde na Lagoa Rodrigo de Freitas.
O bom desempenho rendeu ofertas de outros clubes, mas em uma história totalmente vermelha e preta, é claro que Buck rejeito para passar anos vestindo o Manto Sagrado nas águas do Rio de Janeiro. Toda essa história resultou na costrução de sua estátua na sede náutica do Mengão.

Anos mais tarde, um famoso nome surgiu para consolidar o futebol ofensivo do Flamengo. Cláudio Coutinho viveu um período de transição para a Era moderna, com o futebol como conhecemos hoje.
Ele trouxe conceitos táticos avançados, além de uma cultura profissional que foi base para a geração de Zico, que viria em seguida.
Coutinho acreditava que o Flamengo poderia unir o improviso característico dos atacantes brasileiros, com liberdade e disciplina.
Ele ajudou a desenhar o Flamengo que seria campeão do mundo nas mãos de Carpegiani. Com um estilo único de pressão alta, a intenção era recuperar a bola o mais rápido possível, assim como outros nomes fariam mais tarde, seguindo seu exemplo no Flamengo.
O auge do clube se deu com Paulo César Carpegiani, campeão do mundo em 1981. Ele foi o maestro de um dos grandes espetáculos do futebol brasileiro: o Flamengo multicampeão da geração de ouro de Zico, Júnior, Andrade, Adílio, etc.
Carpegiani entendeu o que era "jogar à Flamengo", sacramentando a ofensividade no DNA flamenguista, o que se traduziu em títulos e confirmou que a história do Flamengo seria, sempre, jogar para frente, pensando no ataque, eternizando um ideal na alma flamenguista: não basta vencer, é preciso dar show e encantar dentro de campo.
O DNA ofensivo se estende a todas as modalidades do clube, e o FlaBasquete sempre foi forte. Mas foi com Paulo Chupeta que o clube construiu hegemonia na modalidade.
Formador de gerações, Chupeta consolidou a base do basquete vencedor, sendo bicampeão nacional, em 2008 e 2009, ajudando a resgatar o Orgulho da Nação.
Ele preparou terreno para a Era de ouro no FlaBasquete que se iniciaria em seguida, mostrando que raça, amor e paixão não estão apenas dentro dos gramados.
Outro nome importantíssimo que mostrou que o DNA do Flamengo é universal, em campo, na quadra, ou nas águas, foi José Neto.
Entre 2012 e 2018, o clube viveu seu período mais vitorioso na história, e José Neto foi o grande motivo.
Ele foi o treinador que levou o Flamengo até o título mundial em 2014. Suas equipes foram intensas, coletivas e determinadas, refletindo a essência do Flamengo, com mentalidade campeã.
Finalmente, o técnico que mudou paradigmas recentes no Flamengo. O ataque está no DNA do clube desde os primórdios, mas pode ter ficado de lado por vezes.
Jorge Jesus resgatou a alma rubro-negra e foi multicampeão em 2019 com recordes, fazendo história e o melhor: quase sem saber o que é perder, com mais títulos do que as quatro derrotas que ele teve.
Foi o homem que redefiniu o Flamengo moderno e causou pressão nos seus sucessores, que até hoje, sofrem quando seus times fazem partidas inferiores ao esperado pelos torcedores.
Com identidade de pressão alta e intensidade, JJ transformou o elenco e uma máquina de vitórias, encantando o continente e conquistando o Brasil com atuações históricas.
Jorge Jesus deu continuidade ao legado e reativou o DNA ofensivo do Flamengo, algo que até hoje é cobrado pelos torcedores a todos os técnicos que passam pelo clube.
Em novembro, o Flamengo completa 130 de história, que é repleta de nomes incríveis em diferentes modalidades.
O clube foi moldado por vários comandantes, de Buck a Jorge jesus, que de suas diversas maneiras diferentes, deixaram mais do que títulos: ideias.
E o legado rubro-negro que será sempre marcado pela luta, superação e o estilo ofensivo. Raça, amor e paixão, de um Flamengo envelhecido, mas experiente, e que sabe os caminhos para vencer, vencer e vencer.









































