AVANTE MEU TRICOLOR
·14 de outubro de 2025
Oscar pode voltar a jogar só em 2026. E já tem gente no São Paulo que defende a rescisão do contrato

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·14 de outubro de 2025
O clima interno no São Paulo é de pessimismo com o aproveitamento do meia-atacante Oscar na equipe nesta reta final de Campeonato Brasileiro, em que a equipe luta para conseguir uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores.
O jogador volta a ser desfalque no clube após o treino desta segunda-feira (13)
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou com fontes da cúpula do futebol são-paulino, o prognóstico mais otimista para o retorno do camisa 8 aos gramados (para treinos, importante ressaltar) é de seis semanas.
Trocando em miúdos, a tendência é que Oscar só esteja 100% recuperado, inclusive fisicamente, quando o Brasileirão tiver acabado (o último jogo do Tricolor é em 7 de dezembro, contra o Vitória, fora de casa).
Já existia antes da nova contusão uma cautela interna do clube do Morumbi com o seu jogador. Oscar não entra em campo pelo Tricolor desde o empate em 2 a 2 com o Bragantino, fora de casa, em 16 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o meia sofreu uma fratura de três vértebras lombares e ficou ausente de 16 partidas se recuperando da contusão.
Nos dois últimos jogos, o camisa 8 esteve relacionado pelo técnico Hernán Crespo, mas acabou não entrando em campo, ainda sentindo a falta de uma melhor condição física.
É mais um capítulo no histórico de decepções do meia-atacante nesta sua volta ao São Paulo após 15 anos.
Em números práticos e absolutos, Oscar sofreu sua quinta contusão desde o início do ano. Iguala, assim, o total de lesões que lhe acometeu nos 12 anos que passou fora do Brasil, entre 2012 e 2024, por Chelsea, da Inglaterra, e Shanghai Port, da China.
Somada as quatro contusões antes dessa, o camisa 8 passou 175 dias se recuperando, disponível em 30 das 57 partidas realizadas pelo clube na atual temporada. Foram 23 atuações, sendo dezenove como titular e apenas nove durante os noventa minutos. Somados, são 1.591 minutos em campo, o equivalente a 31% do total jogado pela equipe.
É um índice tão baixo, que qualquer debate sobre o valor exato de seu salário se torna irrelevante: não importa se está mais perto de um milhão de reais ou de três milhões, o custo-benefício é ruim em qualquer cenário, a não ser, talvez, se o contrato fosse de um atleta recém-promovido da base.
E que acende debates internos no Morumbi. Conforme o AMT apurou, não são poucas as pessoas próximas do presidente Julio Casares que defendem a tentativa de rescisão amigável com o jogador para o ano que vem, aliviando a folha salarial. O assunto, no entanto, é evitado por ora na diretoria de futebol.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (14), Casares crê que a contratação de Oscar, nos termos em que foi fechada, foi realizada de maneira responsável. O São Paulo divide a responsabilidade de pagar os salários do jogador com a Superbet, patrocinadora máster do clube.
“Acredito que o Oscar, assim como outros jogadores, foram contratações são responsáveis. O Oscar, quando optou pelo São Paulo, estava sendo pretendido por outros dois grandes clubes do Brasil. O fato dele se contundir está dentro de um panorama esportivo, de que outros jogadores também tem essa intercorrência. Nós esperamos que ele esteja no nosso elenco se recuperando e possa trazer as alegrias com o objetivo que foi contratado”, afirmou.
“Ele foi contratado com uma parceria de pouco menos da metade aportado pelo patrocinador. Isso tudo nos traz uma certeza de que a renovação com a Superbet teve também a colaboração para chegada do Oscar. Creio que a chegada do Oscar foi altamente responsável, como têm sido responsáveis por todas as contratações. É evidente que algumas não acontecem no momento. Aquelas menos evidentes acontecem no decorrer do prazo, como o caso do Marcos Antonio. Contratações tem uma subjetividade. A dinâmica depois do tempo responde à questão dos acertos e dos erros, que dependem às vezes de outros fatores”, prosseguiu o presidente.
Oscar se tornou o retrato daquilo que o São Paulo jurava evitar: investimento alto e retorno baixo de nomes que simbolizam o passado. O histórico recente de jogadores que voltaram da China já indicava o risco: Alexandre Pato, Éder Citadini, Hernanes e Miranda tiveram passagens com rendimento bem abaixo do esperado — e, desses, apenas Pato escapou das frequentes lesões.
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