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·10 de dezembro de 2025

Pedro Daniel é apresentado como novo CEO do Atlético e projeta futuro com eficiência e integração da base

Imagem do artigo:Pedro Daniel é apresentado como novo CEO do Atlético e projeta futuro com eficiência e integração da base

O Atlético apresentou, na manhã desta quarta-feira, 10 de dezembro, na Sala de Imprensa da Arena MRV, seu novo CEO: Pedro Daniel. Com quase 20 anos de atuação na indústria do futebol — grande parte deles na área de consultoria — o executivo participou diretamente de projetos de reestruturação financeira e planejamento estratégico de clubes da Série A.

A cerimônia contou com a presença do acionista Rafael Menin, responsável por oficializar a despedida e agradecer pelos serviços prestados por Bruno Muzzi, CEO do clube entre 2022 e 2025, e também por Victor Bagy, ex-diretor de futebol.


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A chegada de Pedro acontece em um dos momentos mais delicados financeiramente para o clube. Diante disso, ele foi questionado sobre semelhanças e diferenças entre o cenário do Atlético e os processos que acompanhou de perto em Flamengo e Palmeiras. Em suas respostas, o novo CEO fez questão de contextualizar cada caso e projetar caminhos possíveis para o Galo.

Pedro Daniel explica diferenças entre os modelos de Flamengo, Palmeiras e Atlético

O dirigente, que trabalhou no Flamengo, na gestão do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, iniciou explicando que o ambiente do futebol em 2025 é completamente distinto daquele vivido há uma década, quando o clube carioca iniciou seu processo de reestruturação profunda.

Escutei muito isso quando estava para chegar aqui: “está vindo para fazer o que fez no Flamengo”. A grande verdade é que o momento de mercado era outro. O contexto era outro e o Galo é diferente do Flamengo. Naquele momento não existia alternativas de capital. Não existia a Lei da SAF, não tinha o ambiente que temos hoje.

Pedro reforçou que, se o Flamengo tivesse que iniciar hoje uma reestruturação semelhante à de 2013, o caminho seria muito diferente:

Se eu fosse contratado para ir pro Flamengo hoje, certamente o remédio seria diferente daquele que foi feito a partir de 2013. Ali foi feito uma reestruturação no sentido orgânico, sem aporte de fora, sem dinheiro de fora. Foi corte de gastos muito forte no primeiro momento, ‘fechar as torneiras’, para que em um médio prazo, ele pudesse com as receitas, voltar a ser competitivo. Estamos falando de um projeto que começou em 2013 e que começou a buscar títulos em 2019.

Competitividade imediata e novo cenário financeiro

O novo CEO destacou que o futebol atual é movido por cifras muito mais altas, o que torna inviável aplicar ao Atlético um processo de reconstrução baseado apenas em austeridade, como ocorreu no Flamengo há 10 anos.

Hoje o momento de mercado é outro. Quando pensamos em reestruturação orgânica, perderíamos muito em competitividade. O volume financeiro do futebol hoje é muito diferente do que era há 10 anos. Então não temos essa margem de erro, esse espaço. E nem é o que a gente quer, perder muita competitividade, que vamos começar a correr riscos, já que hoje existem muitos competidores. Como exemplo, temos multinacionais hoje competindo, como o Grupo City, Red Bull. Não podemos perder terreno, se não piora a situação.

Palmeiras como referência de integração entre base e profissional

Pedro Daniel também citou o caso do Palmeiras, cuja estratégia ajudou a conduzir durante seu período na EY.

É curioso que na EY, eu liderei o planejamento estratégico do Palmeiras, e a ‘receita do bolo’ foi completamente diferente. Em relação ao que é o Palmeiras, a gente vê pelo nível de competitividade que ele tem, o volume financeiro, é muito mais pela reestruturação da base e integração com o futebol. O valor que arrecada com as vendas de atletas, permite com que ele consiga competir com o Flamengo hoje. Não são apenas receitas recorrentes.

Ao projetar caminhos para o Atlético, Pedro demonstrou clara inclinação para esse modelo:

Acho que vislumbramos mais isso para o Atlético, do que o aquilo que ocorreu no Flamengo lá em 2013. Aqui nosso Departamento de Futebol precisa ser integrado com a base, entender onde a gente quer chegar. Mas é um processo.

As primeiras modificações dentro da gestão do novo CEO do clube começaram a aparecer. Nos últimos dias, 5 profissionais que trabalhavam no futebol do Atlético acabaram saindo do clube. São eles; Victor Bagy (Diretor de Futebol), Carlos Alberto Isidoro (Supervisor de Futebol), Daniel Cerqueira (Auxiliar Técnico), Éder Aleixo (Auxiliar Técnico) e Gustavo Nicoline (Coordenador de Análise de Desempenho).

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