AVANTE MEU TRICOLOR
·22 de novembro de 2025
Playboy investidor quer usar jogo com ídolos para tornar público seu plano de R$ 1 bilhão para o São Paulo

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·22 de novembro de 2025

A noite do último domingo (16) foi de grande furor para a torcida do São Paulo após Diego Fernandes, empresário que promete juntar investimentos de R$ 1 bilhão para pagamento de dívidas do São Paulo e reestruturação do seu departamento de futebol profissional, usar o ex-atacante Muller para revelar na TV que a torcida “terá uma grande surpresa no dia 16 de dezembro”.
Pois bem, muita coisa foi especulada desde então, com mais entusiasmados falando até em contratação de reforço de peso. Mas a verdade é que Fernandes decidiu jogar de vez para a galera. Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, o plano é tornar público o seu projeto para o clube, angariando ainda mais apoio do que tem recebido nas redes sociais. Só que para isso, o evento deve ser em grande estilo.
Em nosso vídeo (assista no link acima), falamos que ainda era desconhecida a forma que o empresário utilizaria para escancarar o seu projeto. Mas a tática foi tornada pública: Fernandes quer promover um amistoso entre ídolos do Tricolor no Morumbi.
Isso explicaria o teor de sua conversa com o presidente Julio Casares, que deve ocorrer até o final deste mês. O empresário quer saber quanto custaria o aluguel do estádio são-paulino para a realização do evento. Se o local não estiver disponível, o Pacaembu é analisado como alternativa.
Ademais, o evento marcaria mais uma leva de apoios ao empresário, desta vez vindo justamente da extensa lista de ídolos, o que convenhamos geraria ainda mais simpatia dos tricolores em geral.
Conforme o AMT revelou, Fernandes não teve boa recepção dos conselheiros do clube em encontros privados com algumas lideranças, principalmente os cardeais, e em um almoço promovido no Paulistano onde fez discurso emotivo e apresentou o seu projeto de investimento.
Na prática, não há nada de inovador. Trata-se de separar o futebol masculino (incluindo base) do clube social, dando-lhe maior autonomia. A reportagem apurou que é uma versão atualizada do plano original, que sim, nada mais era que uma SAF.
Acontece que Fernandes foi alertado por conselheiros e sócios influentes da necessidade, hoje, de alterações no estatuto social do São Paulo para que um projeto de SAF fosse apresentado.
O milionário mudou os planos, mas o estrago já estava feito. Nas rodas privadas de conversas, Fernandes ficou com o rótulo de aventureiro, ao mostrar não ter o menor conhecimento dos ritos internos do clube e de suas regras e normas.
Chegou-se ao ponto de Casares e seus principais aliados serem tranquilizados por pessoas que estiveram nos encontros com o empresário. O presidente tinha um medo sincero de que Fernandes, mesmo sendo um ‘outsider’, declarasse apoio à oposição e que esta ganhasse relativo sucesso nas eleições para sua sucessão, marcada para acontecer no final do ano que vem.
O diagnóstico é de que até opositores e desafetos não se animaram com as ideias de Fernandes, que mostrou, nas palavras de uma das fontes ouvidas pela reportagem, “ter absoluto desconhecimento das coisas internas do clube”.
Um ex-presidente, por exemplo, não foi reconhecido por Fernandes, que também fez críticas a Casares falando justamente com o líder de um dos grupos políticos que sustentam a sua gestão. Pontos considerados gafes .
O AMT já revelou que, sentindo não ter conseguido grande apoio no Conselho Deliberativo, Fernandes decidiu jogar para a galera. O seu trabalho de marketing pessoal, incluindo a distribuição de camisas do São Paulo a pilotos de Fórmula 1, o fez virar uma celebridade messiânica entre a torcida. E tornando público aquilo que falou aos conselheiros, acredita que ao menos chegará às eleições com condições plausíveis de ao menos ser eleito para o órgão. E aí, quem sabe, o futuro a Deus pertence.
Não, Fernandes não é um empresário de jogadores. Seu papel é mais burocrático, digamos assim. É ele quem auxilia a transferência de recebíveis do Brasil para o exterior e vice-versa. Dada o grande número de europeus vindo trabalhar no futebol local, sua cartela de clientes (e fama) cresceram consideravelmente. Suas redes sociais expõem o tamanho da fama, com fotos e fotos com estrelas do esporte.
Mas, sempre muita calma. De um lado, a óbvia ausência de conversas com o presidente Julio Casares. Do outro, a necessidade do São Paulo se tornar uma SAF para que o projeto seja todo contemplado.
No primeiro item, aliados de Casares escancaram que para algo desse tamanho o mandatário tem preferência pela Galápagos, que já administra o seu FIDC e também está por trás do fundo de investimentos e participações de Cotia.
Aliás, o FIP, que Casares não consegue apoio para aprovar no Conselho Deliberativo, é realmente o objetivo prioritário do dirigente até o fim de sua gestão, no final do ano que vem.
Agora, o último item. Sim, por trás do plano de Fernandes, está, na verdade, a ideia de comprar a SAF tricolor. Assunto que gera calafrios até nas mais geladas almas da política. Dada à necessidade, Casares faz malabarismos: luta pelo FIP, fala em separar clubes social do futebol profissional e aí sim transformar o Tricolor em sociedade anônima. Mas com a instituição tendo o controle majoritário.
Confuso, mas necessário em um clube com quase R$ 1 bilhão em dívidas e sem sinais de recuperação a curto prazo. Mas que esbarra nas próprias amarras de seu sistema político e de governança.
Politicamente, aliás, é importante situar Fernandes. Desde a gestão do antecessor Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, que ele circula no comando tricolor. Essa proximidade, aliás, é o que faz com que ‘casaristas’ mais fieis, digamos assim, o olhem com desconfiança.
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