Presidente do Flamengo abre o jogo sobre relação com Leila após título da Libertadores | OneFootball

Depois da vitória de 1 a 0 do Flamengo sobre o Palmeiras, neste sábado, na final da Libertadores, o presidente Luiz Eduardo Baptista abriu o jogo sobre sua relação com Leila Pereira, mandatária do Verdão.

O rubro-negro afirmou que não tem nenhum problema com a palmeirense e destacou que a rivalidade entre os clubes faz em ao futebol brasileiro.

“Nunca tive uma relação ruim com a Leila. Eu amo meus filhos de paixão e nem por isso nós concordamos em tudo. Claro que vamos brigar no futebol. Às vezes você concorda em 28 coisas e não em duas. Aí o foco vira essas duas. O Palmeiras é uma instituição forte e respeitável”, disse à Espn.

“Foi excepcional ter uma final dessa magnitude. É a sétima Libertadores seguida que um brasileiro ganha. A Leila e o Galiotte celebraram quando ganharam de nós. Isso alimenta a alma de nós,faz com que a gente queira crescer”, completou.

Os atritos de Bap e Leila

Não assinatura contra o racismo

A tensão entre as diretorias começou em março deste ano. Os clubes da Libra enviaram um manifesto, conduzido pelo Palmeiras, à Conmebol repudiando os casos de racismo nas competições sul-americanas. Dos integrantes do grupo, apenas o Flamengo não assinou a nota.

Na época, o clube afirmou que as relações institucionais com a Conmebol deveriam ser conduzidas pela CBF e não pelos clubes e que, por isso, não assinou o manifesto. O Rubro-Negro reafirmou seu compromisso no combate ao racismo.

Direitos de TV

Um novo capítulo envolvendo Flamengo e Libra ocorreu no final de setembro. A diretoria carioca obteve uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que travou o repasse de R$ 77 milhões de uma parcela dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

O montante de R$ 77 milhões bloqueado pelo Flamengo seria distribuído entre os demais clubes da Libra, formada por outros 12 times além do Palmeiras: ABC, Atlético-MG, Bahia, Bragantino, Grêmio, Guarani, Paysandu, Remo, Vitória, Sampaio Corrêa, Santos e São Paulo.

O Palmeiras rapidamente se manifestou contra a decisão da cúpula flamenguista. O clube definiu a postura da gestão rubro-negra como “prepotente e dolosa” e relembrou a decisão do Flamengo de não assinar o manifesto contra o racismo.

“Flamengo tem que jogar sozinho”

Três dias após o comunicado do Palmeiras repudiando a ação do Flamengo, Leila Pereira fez duras críticas à diretoria rival e sugeriu a criação de uma liga sem o time da Gávea.

“Minha sugestão seria criarmos outra liga excluindo o Flamengo. Acho que o Flamengo tem que jogar sozinho. Nenhum clube é maior que o futebol brasileiro. O Palmeiras não joga sozinho, o Flamengo não joga sozinho. Só se ele [Flamengo] quiser jogar ele contra o sub-20 dele, entendeu?”, disparou.

“Então, eu acho que seria bonito nós formarmos uma nova liga excluindo o Flamengo, e o Flamengo joga com ele mesmo. Quero ver a audiência que ele vai ter. Acho muito difícil gestores com essa mentalidade. Isso não engrandece o futebol brasileiro em absolutamente nada”, completou Leila Pereira.

Posteriormente, a diretoria palmeirense acionou o rival na Justiça por conta da liminar.

Bap provoca Leila

Em outubro, o Flamengo apresentou sua versão da briga com Libra, e Bap aproveitou a ocasião para provocar Leila Pereira e questionar o empréstimo da Crefisa para o Vasco.

“Não tenho dúvida nenhuma de que existe uma agenda muito clara. A gente está falando desse problema da Libra e a empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco. Quem aqui já pegou dinheiro com instituição financeira na vida? Algum banco pede como garantia as ações do negócio que não vai bem ou garantia de bens reais? Sua casa, seu barco, seu apartamento. Quem pede ações da SAF se não puder ser pago?”, disse o presidente.

Leila rebateu a declaração de Bap e negou que estaria comprando o Vasco. A mandatária alviverde ainda relembrou uma fala do flamenguista em 2014, quando ainda presidia a empresa Sky. Na época, ele afirmou que poderia comprar a Netflix, plataforma de streaming norte-americana.

“Quanto à insinuação do presidente Bap sobre o boato de que eu estou comprando o Vasco, ele pode ficar tranquilo. Eu não estou comprando o Vasco. Aliás, eu não estou comprando nem o Vasco nem a Netflix“, ironizou Leila Pereira.