Revista Colorada
·13 de dezembro de 2025
Presidente do Inter explica saídas no meio da temporada

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·13 de dezembro de 2025

Durante a entrevista coletiva mais recente, o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, foi direto ao abordar um dos pontos mais debatidos pela torcida em 2025: as saídas de jogadores importantes no meio do Campeonato Brasileiro e o impacto esportivo dessas decisões. Em um tom transparente, o dirigente admitiu que o clube fez escolhas acreditando que o efeito em campo seria menor do que acabou se confirmando.
Segundo Barcellos, a avaliação interna no momento das negociações envolvia o desempenho dos atletas. Enner Valencia e Wesley, dois nomes que deixaram o Beira-Rio durante a competição, não atravessavam um grande momento técnico quando foram negociados. A leitura da direção foi de que o grupo conseguiria absorver as perdas sem um prejuízo relevante ao rendimento coletivo.
“Saíram Enner e Wesley, que não estavam vivendo um grande momento. Não acreditamos que teríamos um impacto significativo”, afirmou o presidente, reforçando que a decisão não foi tomada de forma leviana, mas baseada em análise esportiva e financeira.
O contexto, porém, era ainda mais delicado. Além das saídas, o Inter sofreu com a lesão de Fernando, peça considerada fundamental no equilíbrio do meio-campo. Mesmo assim, o planejamento da diretoria para a chamada parada da Copa previa apenas reforços pontuais. A ideia era buscar um meia e um volante para recompor o setor e dar alternativas ao elenco na sequência do Brasileirão.
O principal entrave, conforme revelou Barcellos, foi orçamentário. O Conselho de Gestão liberou apenas € 5 milhões para investimentos na janela, um valor considerado insuficiente para reposições de impacto imediato no mercado brasileiro. Esse limite financeiro acabou restringindo as opções e forçando o clube a adotar uma postura mais conservadora.
O presidente reconheceu, de forma implícita, que a combinação entre orçamento reduzido, lesões e saídas acabou pesando no desempenho do time na reta decisiva da competição. Ainda assim, defendeu que as decisões foram tomadas dentro da realidade do clube naquele momento, priorizando a sustentabilidade financeira e a preservação do caixa.
As declarações reforçam o discurso já apresentado pela gestão: 2025 foi marcado por ajustes e contenções, enquanto 2026 será assumidamente um ano de transição, com menos promessas esportivas e mais foco em reorganização estrutural. Para o torcedor, fica o recado claro: o Inter reconhece que calculou mal o impacto das mudanças, mas entende que não havia margem financeira para escolhas mais ousadas.
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