Jogada10
·09 de setembro de 2025
Proposta para SAF aumenta temperatura no Fluminense perto da eleição

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·09 de setembro de 2025
A proposta divulgada pela diretoria do Fluminense, na noite desta segunda-feira (8), para transformar o clube em SAF aumentou a temperatura a pouco tempo da eleição de novembro. Ela virá de um fundo de investimentos administrado pela LZ Sports, liderado pelo empresário Carlos de Barros. Contudo, nas redes sociais, alguns pré-candidatos se manifestaram contra a condução do processo, que ainda passará por votações do Conselho e dos sócios.
Alguns questionam o valor de R$ 500 milhões e o aporte de R$ 6,4 bilhões ao longo de dez anos. Além disso, levantam dúvidas sobre a lisura do processo comandado pelo banco BTG, maior interessado na compra do futebol e da base de Xerém.
“Isso é um estelionato eleitoral a poucos meses da escolha do novo presidente. No fim das contas, o único dinheiro novo que a proposta apresenta são esses R$ 500 milhões, um valor irrisório perto do que realmente vale o clube. E os R$ 6,4 bilhões parcelados por tantos anos são, a rigor, dinheiro gerado pelo próprio Fluminense. Além do mais, incluir Xerém nesse pacote é revoltante diante das joias que saem de lá”, atacou Celso Barros, pré-candidato à presidência na eleição, que deve ocorrer na segunda quinzena de novembro.
“Onde estavam esses tais ‘tricolores milionários’ quando o clube estava na Série C? Eu estava lá, ajudando a reerguer o Fluminense, que logo depois ganhou diversos títulos. Eles parecem preocupados com tudo, menos com o clube…”, completou.
Celso Barros e Rafael Rolim pretende montar uma chapa de oposição nas eleições do Fluminense – Foto: Divulgação
O investimento de R$ 6,4 bilhões será dividido ao longo dos 10 anos da seguinte forma. R$ 4,7 bilhões para Folha salarial (elenco e comissão técnica), R$ 1,1 bilhão na aquisição de atletas, assim como R$ 359 milhões no Desenvolvimento e formação de jogadores. Além disso, R$ 84 milhões na Melhoria do CT e de Xerém e R$ 143 milhões em Royalties para a Associação.
Por outro lado, Rafael Rolim, pré-candidato a vice-presidente na chapa de Celso Barros, comparou os valores às realidades de Flamengo, Palmeiras e Botafogo. Ele também questionou a cláusula que impediria a divisão de dividendos entre os proprietários em caso de não haver lucro.
“O que me chamou a atenção foi o Fluminense já se colocar, na largada, em um papel secundário, com investimentos abaixo de alguns rivais. Vamos transformar o clube em SAF para sermos um Bayern de Munique ou um Borussia Dortmund?”, comparou
“É muito frágil, não protege o clube como deveria. Há uma série de maneiras de fazer isso de forma mais eficiente, mas a cláusula não foi bem negociada pelo presidente do Fluminense”, concluiu.