Jogada10
·11 de novembro de 2025
Reforma do estatuto do Corinthians vira guerra e Tuma abandona reunião

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·11 de novembro de 2025

O Corinthians vive uma verdadeira guerra política em torno da reforma de seu estatuto. O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, está sob intensa pressão de seus pares. A crise, aliás, atingiu o auge no dia 29 de outubro, em uma reunião acalorada do Cori (Conselho de Orientação). Conforme a ata da reunião, após o conselheiro Felipe Ezabella classificar o projeto como “imprestável”, iniciou-se uma discussão generalizada. Tuma, então, bateu de frente com os presentes e “abandona a reunião”.
O centro da discórdia é tanto o conteúdo do texto quanto a forma da votação. Muitos conselheiros estão incomodados com o que consideram um processo “acelerado”, pedindo mais tempo para análise. No entanto, os pontos mais explosivos são outros. Primeiramente, Tuma insiste em uma votação aberta, não secreta, o que pode constranger membros na hora de votar em pautas sensíveis. Além disso, dois artigos causam revolta: a proposta que dá direito a voto aos sócios-torcedores e, principalmente, a que proíbe que parentes de conselheiros sejam empregados no Corinthians, algo comum atualmente no Parque São Jorge.
A pressão sobre Tuma é enorme. Desde que revelou o texto, em 27 de outubro, o presidente do Conselho recebe reclamações diárias. Por causa disso, ele já precisou ceder. A votação no Conselho, por exemplo, que estava marcada para 17 de novembro, foi adiada para o dia 24, para dar mais tempo de análise. Além disso, Tuma marcou uma reunião informal com todos os grupos políticos no próximo dia 13 de novembro, em uma tentativa de diminuir a tensão e explicar o projeto.
Apesar de ceder no prazo, Tuma não abre mão do conteúdo e tem uma estratégia para vencer a resistência interna. O presidente do Conselho já decidiu que os artigos mais polêmicos, como o veto ao nepotismo e o voto do sócio-torcedor, não morrerão no Conselho Deliberativo. Desse modo, eles também serão submetidos à votação na Assembleia Geral dos associados, marcada para 20 de dezembro. Com isso, na prática, Tuma joga a decisão final para o sócio do Corinthians, passando por cima da pressão dos conselheiros.









































