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·18 de novembro de 2025

‘Super empresário’ de futebol é investigado por suposto estupro

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O agente esportivo Jonathan Barnett, figura central no mercado do futebol internacional e responsável por algumas das transferências mais caras da história, está no centro de uma investigação criminal no Reino Unido por suspeita de estupro e agressão grave.

A apuração, conduzida pela Polícia Metropolitana de Londres, ocorre paralelamente a um processo civil aberto na Califórnia, nos Estados Unidos, no qual Barnett é acusado de abusar sexualmente e torturar uma mulher durante anos.


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A confirmação da investigação britânica consta em documentos apresentados pelo próprio time jurídico do empresário ao Tribunal Distrital Central da Califórnia, onde Barnett busca encerrar o processo sob o argumento de que o caso não tem relação com a jurisdição americana.

De acordo com esses registros, ele foi preso no último dia 29 de março, no Aeroporto de Heathrow, após o pouso de um voo, sob suspeita de estupro e lesão corporal grave. O agente foi liberado sob fiança enquanto as apurações continuam.

Nos autos do processo civil movido nos EUA por uma mulher identificada como Jane Doe, Barnett é acusado de tê-la estuprado “mais de 39 vezes” e de submetê-la a uma campanha de abuso e tortura entre 2017 e 2023.

A denúncia ainda afirma que o agente teria exercido pressão financeira sobre ela e seus dois filhos adolescentes, mantendo-os sob ameaça enquanto a mantinha em suposto cativeiro, inclusive em locais nos Estados Unidos.

Barnett nega todas as acusações e afirma que manteve um “relacionamento pessoal consensual” com a denunciante entre 2017 e 2021. Nos documentos, porém, ele admite ter pagado “bem mais de £1 milhão” à mulher após o término do relacionamento, alegando ter sido alvo de chantagem.

Ela ameaçou divulgar publicamente o relacionamento caso eu não pagasse quantias significativas de dinheiro”, disse o empresário em declaração entregue ao tribunal.

O agente, de 75 anos, também declara que todo o relacionamento, incluindo encontros e pagamentos, ocorreu exclusivamente em Londres, e que tanto ele quanto a denunciante residiam na cidade durante o período citado.

A defesa de Barnett argumenta que o processo movido nos Estados Unidos é fruto de uma “escolha de foro descarada” e que os tribunais britânicos são os mais adequados para julgar o caso, especialmente porque já existe uma investigação criminal em andamento baseada nos mesmos fatos.

Os advogados alegam que não há conexão relevante entre Barnett e a Califórnia e que manter o caso em território americano seria “oneroso, ineficiente e conflitante” com as leis e procedimentos do Reino Unido.

Já a equipe jurídica de Jane Doe sustenta que o processo foi aberto nos EUA porque, segundo a denúncia, Barnett teria traficado, ameaçado e mantido a mulher em cativeiro em diferentes países, incluindo locais em Los Angeles.

Há também a acusação de que ele teria instruído a denunciante a recrutar outras mulheres para servirem como “escravas sexuais”, alegação negada categoricamente por Barnett.

A ação também cita outros réus, como a Creative Artists Agency (CAA), que é acusada de ter vínculos comerciais com a denunciante, algo que a empresa rejeita. Tanto a CAA quanto Barnett recorreram para que o processo seja arquivado.

Barnett é uma das figuras mais poderosas do futebol mundial. Em 2019, foi apontado pela revista Forbes como o maior agente do planeta após negociar mais de £1,04 bilhão em contratos e transferências. Ele é especialmente conhecido por representar Gareth Bale, tendo sido o responsável pela operação que levou o galês do Tottenham ao Real Madrid, em 2013.

O empresário afirma estar “ansioso para ser totalmente inocentado e exonerado”.

A investigação oficial segue em curso no Reino Unido enquanto a Justiça americana analisa os pedidos de arquivamento apresentados pela defesa.

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