Central do Timão
·15 de dezembro de 2025
Técnico do Corinthians fala sobre Fiel torcida, analisa classificação para final da Copa do Brasil e elogia Fabinho Soldado

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·15 de dezembro de 2025

Na noite do último domingo (14), o Corinthians se classificou para a final da Copa do Brasil ao bater o Cruzeiro, nas penalidades máximas, por 5 x 4, na Neo Química Arena. Na soma dos dois jogos, o placar agregado foi de 2 x 2. O time mineiro abriu dois gols de vantagem e o lateral-esquerdo Matheus Bidu diminuiu para a equipe corinthiana. Com o resultado, o Alvinegro voltou a uma final do torneio após três anos.
Após a partida, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva à imprensa e foi questionado sobre o trabalho do executivo de futebol Fabinho Soldado no processo de blindagem do elenco em meio a uma crise institucional do clube. Em maio, um mês após a chegada do treinador, Augusto Melo foi destituído da presidência. Três meses depois, o Alvinegro sofreu um transferban na Fifa por uma dívida de R$ 40 milhões pela contratação do zagueiro Félix Torres, em janeiro de 2024, junto ao Santos Laguna, do México.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
“Eu vejo o Fabinho como um dos grandes profissionais da área, um cara que ainda é jovem, porém com uma experiência, uma visão, um preparo, que eu não tenho dúvidas, o levará muito longe, rapidamente. É um cara sério, um cara competente, que só pensa no clube, um cara que é muito determinado, fez um trabalho brilhante desde o momento que chegou no Corinthians.”
“E às vezes a gente fica sem entender tudo que acontece, toda essa pressão, porque em termos de trabalho, de dedicação, de entrega e de alcance de resultados, mesmo que com todos os problemas, não vou enumerar novamente aqui, mas que vocês conhecem muito bem, ele fez um trabalho exemplar até esse momento e eu eu não tenho dúvidas em afirmar que vai se afirmando entre os grandes nomes da área se já não o é. Porque é um cara muito preparado e eu só tenho agradecer estar com um profissional desses ao meu lado”, iniciou.
Posteriormente, falou sobre a festa da torcida corinthiana antes, durante e depois do confronto. Ao todo, mais de 46 mil corinthianos marcaram presença em Itaquera. Além disso, antes da bola rolar, a Fiel exibiu um mosaico 3D no setor Leste em alusão aos três títulos de Copa do Brasil que o clube possui: 1995 (Grêmio, Olímpico), 2002 (Brasiliense, Boca do Jacaré) e 2009 (Beira-Rio, Internacional).

Foto: Vinicius Lucio/Central do Timão
Campeões nacionais com a camisa corinthiana em 1998, justamente contra o Cruzeiro, os ex-atacantes Edilson e Dinei estiveram no gramado antes da partida ao lado de Fernando Wanner (historiador do clube).
“Eu tenho confiança grande por parte do grupo , inclusive, e principalmente do nosso torcedor, que volta a falar, deu um show no Mineirão no meio de semana e um outro show hoje aqui. Foi impressionante o que a torcida fez, nos levantou a todo momento, nos sacudiu a equipe, apoiou até o último instante e nos levou a essas cobranças que foram muito importantes.”
O comandante também fez elogios ao goleiro Hugo Souza, responsável por defender duas cobranças de pênaltis – do volante Wallace e do atacante Gabriel Barbosa – na disputa que decidiria o finalista da Copa do Brasil. O camisa 1, desde que chegou ao Corinthians, vem sendo um dos pilares da equipe, acumulando convocações para a Seleção Brasileira.
O arqueiro também foi decisivo na conquista do Campeonato Paulista de 2025, diante do Palmeiras, em Itaquera, onde defendeu uma penalidade do meia Raphael Veiga.
“O Hugo (Souza) é um cara diferenciado, um dos grandes goleiros do futebol brasileiro nesse momento, com certeza terá um futuro brilhante pela frente. Conheço o Hugo já há anos, sei da sua capacidade, das qualidades que possui e do momento que ele vive. É um jogador de seleção, todos aí têm acompanhado, não por um acaso. Teve uma lesão muito séria, fez um esforço muito grande para alcançar uma recuperação e eu acho que o próprio torcedor se sente muito bem representado. Em um momento como esse, tendo um goleiro desse nível”, continuou.
Posteriormente, Dorival Júnior comentou sobre o atacante Yuri Alberto, que recentemente se recuperou de um desgaste na perna esquerda, e vem oscilando em desempenho. O centroavante é o artilheiro do time na temporada com 18 gols e duas assistências em 56 partidas na temporada 2025. Apesar disso, o comandante demonstrou confiança no jogador.
“Yuri tem muita personalidade, eu não me preocupo com isso não. Se ele continuar com esse espírito de luta, nos entregando, com o comprometimento, o gol vai sair a qualquer momento e ele vai ser decisivo, se Deus quiser, nesse jogo seguinte. Nós teremos dois jogos aí que serão fundamentais para a nossa equipe. Eu espero um rendimento próximo daquilo que nós vimos aqui. Nós nos preparamos muito para esses dois jogos. Eu sinto uma confiança muito grande dos jogadores, evoluindo, crescendo, melhorando e o Yuri faz parte desse contexto.”
“Ele já foi importante em muitos momentos, ele resolveu muitos jogos, ele tem capacidade, ele tem qualidades, que ele volte a acreditar nele ainda mais do que já acontecia, porque ele tem potencial e ele pode desenvolver muito mais. Eu não tenho dúvidas, mas se ele continuar com esse espírito, com essa entrega, para mim é o suficiente para ele me mostrar que ele merece estar onde está.”
Por fim, Dorival Júnior explicou a mudança de estratégia da equipe para a etapa final da partida. O treinador detalhou a conversa com a equipe no intervalo, onde o time mineiro estava vencendo por 1 x 0 e tomou o gol logo no início do segundo. Ele entende que o Corinthians estava com uma marcação espaçada, o que estava gerando uma liberdade excessiva aos meio-campistas do Cruzeiro.
“Primeiro que não é só conversa, você tem que reorganizar algo que não esteja acontecendo. Eu acho que isso foi o principal ponto destacado. O nosso plano de jogo é readaptado para uma segunda etapa, mostrando as possibilidades que poderiam acontecer, tentando correções em cima daquilo que vinha sendo apresentado pela equipe adversária e principalmente que nós tivéssemos uma aproximação maior, já que o distanciamento do nosso compartimento ofensivo para o nosso meio estava provocando uma situação muito desconfortável e os dois volantes do Cruzeiro jogando com muita liberdade.”
“Eu acho que isso daí foi corrigido, foi melhorado, a equipe se aproximou mais, compactou. Nós tivemos uma compactação nos dois sentidos. Eu acho que a partir daí nós tivemos muito mais posse, e em cima da posse, a criação. Fomos mais objetivos, tivemos várias oportunidades. Na minha concepção não merecíamos finalizar a partida com a derrota, sou muito sincero em relação a isso, eu acho que as mudanças foram muito importantes, a entrada dos jogadores também nos proporcionando uma nova opção, não que (André) Carrillo e (José) Martínez não vinham executando, não, pelo contrário, mas um erro de posicionamento facilitava para que o Cruzeiro pudesse ter sempre um homem livre, fazendo pivô, rodando essas bolas e, naturalmente, criando um pouco mais do que a nossa equipe”, finalizou.
Na atual edição da Copa do Brasil, o Corinthians acumula mais de R$ 20 milhões em premiação e tem, no mínimo, R$ 33 milhões garantidos – dados ao vice campeão. O Alvinegro já despachou: Novorizontino (terceira fase), Palmeiras (oitavas de final), Athletico-PR (quartas de final) e Cruzeiro (semifinal) – 10 gols marcados e dois sofridos – sete vitórias e uma derrota.
Três vezes campeão do torneio (1995, 2002 e 2009), o Corinthians não conquista a Copa do Brasil há 16 anos e, desde então, foi duas vezes vice-campeão (2018 e 2022) e duas vezes semifinalista (2023 e 2024). Nesta quarta-feira (17), às 21h30 (de Brasília), o Alvinegro recebe o Vasco, na Neo Química Arena, pela partida de ida da final da competição.
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