Central do Timão
·17 de dezembro de 2025
Técnico do Corinthians Feminino avalia temporada e projeta disputa do Mundial de Clubes

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Na manhã do último domingo (14), o Corinthians ficou com o vice-campeonato Paulista Feminino ao vencer o Palmeiras por 1 x 0, com gol da meia Gabi Zanotti, no Estádio do Canindé. As Brabas ficaram com a segunda colocação uma vez que foram superadas pelo placar de 5 x 1 na ida, em Barueri.
Instantes após o apito final, o técnico Lucas Piccinato concedeu entrevista coletiva e projetou a disputa do Mundial de Clubes Feminino – Copa das Campeãs – que acontecerá entre 28 de janeiro e 1 de fevereiro em Londres, na Inglaterra. As Brabas enfrentarão o Gotham FC, dos Estados Unidos, nas semifinais. A partida acontecerá no estádio do Brentford.

Foto: Rebeca Reis/Agência Paulistão
“É difícil mensurar competições tão distintas. No meio do ano, enfrentamos equipes americanas e fizemos jogos competitivos. O Gotham, por exemplo, não teve uma boa fase de grupos no campeonato dos Estados Unidos, mas cresceu no mata-mata e acabou campeão. Há muitos fatores envolvidos até lá: pré-temporada das duas equipes, período de férias e, claro, a janela de transferências. Ainda há bastante tempo pela frente.”
“Se eu estiver no clube na próxima temporada e a diretoria entender que sou o treinador para comandar a equipe no Mundial, darei o meu melhor para elaborar um bom plano de jogo e buscar uma grande estreia. Esse é um sonho nosso. Com certeza, vamos usar esse vice-campeonato como impulso para fazer um Mundial diferente do que foi este Campeonato Paulista”, iniciou.
Caso avance para a decisão da Copa das Campeãs, as Brabas enfrentarão Arsenal ou AS FAR, do Marrocos, no Emirates Stadium. O estádio também será palco da decisão do terceiro e quarto lugar.
Posteriormente, fez uma avaliação da temporada das Brabas. Foram 72 jogos e cinco competições disputadas. O Alvinegro conquistou a Conmebol Libertadores (vs Deportivo Cali-COL) e Campeonato Brasileiro (vs Cruzeiro) e, por outro lado, ficou com o vice do Paulistão (vs Palmeiras) e da Supercopa (vs São Paulo). Além disso, caiu nas quartas de final da Copa do Brasil, diante do São Paulo.
“A avaliação do ano, com os recortes de um vice-campeonato, vai sempre ser jogada para baixo, naturalmente, pelo contexto do que foi a final, principalmente pelo primeiro tempo que a gente fez na Arena Barueri, que foi algo que condicionou toda a série da final. E aí, a gente sempre vai olhar como um recorte geral. Não tem como você não olhar para essa última fotografia. Mas eu acho que o nosso ano não foi o que representa essa fotografia dessa final. A gente fez um Paulista em que liderou do começo ao fim, fez uma grande semifinal e, infelizmente, fez um primeiro tempo em Barueri que nos condicionou a estar num resultado muito adverso.”
“Acho que o campeonato do ano passado talvez até tivesse esse contexto de cansaço mental. A gente tinha um número muito grande de atletas que estavam saindo. Todo mundo é ser humano, né? Você não consegue, às vezes, desfocar de uma coisa e outra. A gente fez um Campeonato Paulista no ano passado aos trancos e barrancos. Ficamos atrás do Palmeiras na fase classificatória e fizemos uma semifinal abaixo da média, na minha visão. E, sinceramente, este ano eu não senti isso”, continuou.
Piccinato ainda ressaltou que o cansaço mental do elenco acabou influenciando no vice-campeonato da equipe, além da definição da saída de algumas atletas. Ele também fez um balanço do desempenho do time no Paulistão Feminino. Na primeira fase, as Brabas lideraram o torneio com 35 pontos em 14 jogos e despachou o São Paulo nas semifinais, vencendo os dois jogos.
“Acho que o campeonato do ano passado talvez até tivesse esse contexto de cansaço mental. A gente tinha um número muito grande de atletas que estavam saindo. Todo mundo é ser humano, né? Você não consegue, às vezes, desfocar de uma coisa e outra. A gente fez um Campeonato Paulista no ano passado aos trancos e barrancos. Ficamos atrás do Palmeiras na fase classificatória e fizemos uma semifinal abaixo da média, na minha visão. E, sinceramente, este ano eu não senti isso.”
“Senti que, mesmo a gente rodando muito o time no Paulista, fizemos uma campanha na primeira fase muito consistente: uma derrota em 14 jogos, jogando muitos clássicos, porque o Paulista nos trouxe essa perspectiva nesta temporada. A gente fez duas semifinais contra o São Paulo, um grande adversário do outro lado, mas com um nível de concentração muito bom e tempos muito fortes contra o São Paulo, dois segundos tempos muito bons. E, mesmo quando a gente não estava bem no jogo, conseguiu controlar a partida”, afirmou.
Ele complementa: “Eu não sinto que seja uma largada de jogadoras ou de comissão, porque a gente conversou no começo do ano o quanto queria esse Paulista, o quanto machucou a gente não ter ganhado no passado. Eu não sinto que foi esquisito. Tem, óbvio, um grande mérito do outro lado. Um grande campeonato também. Desde a chegada da Rosana, e até antes, com a Camila, são 15 jogos de invencibilidade até o jogo de hoje. É um time que se fortificou, se qualificou, fez uma grande final e merece muito o título.”
O comandante das Brabas também respondeu sobre o clima de despedida de algumas atletas. A goleira Kemelli e a zagueira Mariza são baixas garantidas para a próxima temporada. Além delas, a lateral-direita Letícia Santos e a atacante Eudimilla devem deixar o clube, já que também possuem vínculo até o final deste ano.
“É arrasador você perder uma competição, né? Todo mundo está… a gente trabalha pra caramba, se dedica pra caramba, são 52 jogos no ano, cada jogo importa, e perder uma final vai te trazer um sentimento ruim, um sentimento de tristeza. Fim do ciclo da Mariza aqui, que está indo para um outro momento, então acho que se juntam as duas coisas. Uma tristeza normal de quem perdeu um título que queria ganhar muito.”
“Acho que um pouco disso é a demonstração que eu falo desse ano, de eu não ter sentido que, em nenhum momento, o grupo soltou a mão do Paulista e falou “não, não queremos o Paulista”. Pelo contrário. Agora, a gente não pode jogar um jogo, um primeiro tempo, tão terrível como a gente jogou na Arena Barueri, porque isso vai causar um preço, principalmente contra uma equipe tão qualificada quanto o Palmeiras”, destaca.
Apesar de dois vice-campeonatos e dois títulos, o treinador do Corinthians Feminino acredita que a equipe fez uma temporada consistente e, em seguida, criticou o calendário do futebol feminino. Neste ano, a CBF demorou para divulgar o calendário, que só se iniciou em março, o que acabou resultando em uma grande concentração de partidas, principalmente no segundo semestre.
“Pesar só na parte física eu acho que é cruel com a parte física, sendo que a gente teve um ano muito consistente. O calendário é pesado já há bastante tempo, são muitos jogos. O problema nem são os jogos, é a concentração deles durante um período muito grande, que é esse segundo semestre. Mas é o nosso calendário, que a gente já discutiu muitas vezes, já falou o quanto ele tem que melhorar, e acho que são outras pessoas que têm que cuidar disso.”
“O que a gente tenta fazer muito é rodar a equipe, dar uma minutagem alta para todo mundo. Tem jogadora nossa aqui que estava em outra equipe no ano passado, titular de outra equipe, veio para cá com minutagem, entre aspas, de uma jogadora de banco de reservas, e hoje tem mais minutos do que teve no passado, pelo tamanho e pela quantidade de jogos que a gente tem. E a gente, óbvio, quer ter um elenco forte para poder disputar todas as competições com quem estiver inteiro, com quem estiver bem para jogar, para que a gente possa brigar por todas as competições, assim como foi neste ano, em que a gente brigou por todas”, finalizou.
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