
Central do Timão
·01 de setembro de 2025
Técnico do Corinthians Feminino projeta final do Brasileiro, pondera sobre favoritismo e valoriza apoio da torcida

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·01 de setembro de 2025
Diante de quase oito mil torcedores no Canindé, o Corinthians empatou com o São Paulo em 2 x 2 na manhã deste domingo, 31, no jogo de volta do Campeonato Brasileiro Feminino. Com o resultado, as Brabas se classificaram para a decisão do torneio, onde enfrentarão o Cruzeiro, além de garantirem vaga na próxima Copa Libertadores em 2026.
Após a partida, o técnico Lucas Piccinato atendeu a imprensa em entrevista coletiva, onde analisou o adversário da grande decisão. “O Cruzeiro é um time que, inclusive, desde a temporada passada, já vem nos dando bastante trabalho. Acho que o projeto do Cruzeiro se solidificou dentro do cenário. Vão ser dois jogos muito grandes. A gente vai se preparar bem pra entender o jogo. Ainda nem esfriou o morto ainda do jogo contra o São Paulo, não pensei tanto no que a gente vai planejar. A partir de amanhã, foco 100%”, disse.
Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag. Corinthians
Ele prosseguiu, falando da importância de um clube de outro estado chegar à final do Brasileirão: “A gente fica muito contente de ter um clube fora do eixo investindo e montando uma equipe competitiva. Acho que não é algo inédito. Em 2022, o Internacional já chegou a uma final de Brasileiro, competindo em alto nível, colocando um público gigantesco no Beira-Rio. Fico muito contente que os outros estados estejam começando a mudar um pouco a cabeça em relação a isso.”
Piccinato relembrou seu trabalho no próprio Internacional, onde chegou a disputar uma semifinal de Copa Libertadores. “Sei o quanto fazer futebol feminino fora de São Paulo é complexo, é complicado, porque você não tem competitividade de jogos fortes durante toda a temporada. Isso vem mudando. Calendário trazendo competições mais nacionais. Mas fico contente. Contente pelo trabalho do Jonas, que é um grande treinador, mas espero que ele faça uma péssima final”, completou, em tom de brincadeira.
Para o treinador, qualquer favoritismo do Corinthians na decisão precisa ficar no papel, a fim de evitar surpresas contra o Cruzeiro: “Se a gente não entrar no jogo bem, o Cruzeiro pode facilmente vencer a gente, como já venceu em outros momentos. (O grupo) Tá pouco se importando se é favorito ou não, ele vai lá pra dentro e quer resolver o problema e ganhar. Então, pra gente, indifere um pouco.”
Ele ressaltou a importância das lideranças do elenco na crescente da equipe no segundo semestre, ressaltando a série invicta de oito jogos. “Tem muito a ver com as lideranças, entendendo o momento e puxando o carro pra frente pra buscar vitórias importantes. A gente tá numa sequência aí muito boa, né? São oito jogos sem perder, três classificações em mata-mata. E a gente espera fazer duas boas finais e sair com o título”, declarou.
Por fim, Piccinato falou sobre a pressão que ainda sofre no cargo, vinda da torcida, sobretudo nas redes sociais. “(É) Por conta de eu estar numa cadeira que antes estava ocupada por alguém que venceu absolutamente tudo, e a gente já falou bastante sobre isso. É muito tranquilo porque eu sei qual é a responsabilidade, e eu sei que posso fazer uma sequência que for, (talvez) não vá atingir esse teto que foi deixado. Trabalho anterior e até mágico, uma parada que transcende a mim”, ponderou.
Ele completou a resposta reafirmando a confiança no próprio trabalho e valorizando o papel da torcida ao apoiar as Brabas em todo momento: “A gente sempre enaltece porque o torcedor corinthiano faz muita diferença, e ficar chateado comigo ou com quem está no comando é uma coisa natural. O torcedor nunca deixou de apoiar, nunca deixou de vir aqui e fazer o seu melhor. Sigo trabalhando com uma cabeça muito boa, de que eu sei onde a equipe pode chegar. Espero que a gente finalize bem esse brasileiro com o título.”
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