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·05 de setembro de 2025
Torcida de peso: mais de 20 campeões mundiais prestigiam Seleção no Maracanã

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·05 de setembro de 2025
Se torcida ganha jogo, era impossível a Seleção Brasileira sair do Maracanã com outro resultado que não a vitória sobre o Chile no último jogo das Eliminatórias disputado no país. A CBF convidou para ocupar dois camarotes do estádio 21 campeões mundiais, de todas as Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil, para prestigiar a Seleção, receber as devidas homenagens e lembrar o público que, quem tem mais, tem cinco.
Em um mundo de quase oito bilhões de pessoas, o grupo de pessoas que acordam todo dia com o status de "campeão do mundo" é dos mais seletos. Por isso não é exagero dizer que a concentração de campeões mundiais por metro quadrado no Maracanã na noite de quinta-feira (4) talvez tenha sido uma das maiores da história.
Entre os ocupantes dos camarotes 215 e 216 do estádio, estavam Pepe, vencedor em 1958 e 1962; Brito, Roberto Miranda, Jairzinho, Dadá Maravilha, Paulo César Caju e Marco Antônio, campeões em 1970; Bebeto, Branco, Jorginho, Márcio Santos, Mauro Silva, Mazinho, Ronaldão, Romário e Zinho, consagrados em 1994; Anderson Polga, Denilson, Edilson, Kleberson e Lúcio, ganhadores em 2002.
Da esquerda para a direita: Paulo Cesar Caju, Denilson (ao fundo), Brito (de cadeira de rodas), Branco, Marco Antonio (ao fundo), Jairzinho e EdilsonCréditos: Rafael Ribeiro / CBF
E não havia lugar melhor para reunir tantos especialistas em Seleção Brasileira quanto o Maracanã, palco máximo do futebol nacional. “Foi uma surpresa muito agradável, eu adorei, porque tem jogadores aí que eu não via há muito tempo”, disse Roberto Miranda, campeão em 1970, que esteve sempre ao lado de Brito, seu colega da Seleção.
A iniciativa do encontro partiu do presidente da CBF, Samir Xaud, em busca de um ambiente convidativo para o torcedor abraçar a Seleção Brasileira, promovendo a interação entre os campeões e os jogadores que vão em busca do sexto título. “O que nós queremos é criar um ambiente saudável e trazer novamente o orgulho de torcer para a Seleção. Esse momento aqui é histórico, único. Queremos fazer uma gestão próxima dos nossos campeões, que tem muito a contribuir com a CBF e o futebol brasileiro”, disse Xaud.
No intervalo do primeiro tempo, João Pedro puxava a fila dos jogadores rumo ao vestiário quando, ao levantar o rosto para subir as escadas, se deparou com mais de vinte campeões mundiais na saída do túnel. Ao se dar conta da cena, parou e cumprimentou um a um, gesto repetido por todos os jogadores, o técnico Carlo Ancelotti e toda comissão da Seleção.
Anderson Polga, Jorginho e Lúcio: papo de campeãoCréditos: Rafael Ribeiro / CBF
No gramado, Gerson (1970), Ricardinho (2002) e Taffarel (1994) e integrante da comissão técnica, se juntaram ao grupo. Os campeões receberam o reconhecimento que merecem e foram ovacionados pelo público. Com um sorriso capaz de dizer mais que mil palavras no rosto, Denilson, campeão em 2002, sabia que estava vivendo um momento único.
“É a história, né? Agradeço a CBF, ao presidente Samir Xaud pelo convite. Passamos uma tarde maravilhosa lá na CBF e agora estar pisando no Maracanã, com o estádio lotado, sendo reverenciado por tudo que a gente conquistou com a história. É muito gratificante. Feliz em fazer parte de tudo isso”, disse.
A energia de campeão pareceu transmissível e incendiou a Seleção, que voltou para a segunda etapa e acabou com o jogo, construindo o clássico placar de 3 a 0 e se despedindo em alto estilo da torcida brasileira nestas Eliminatórias. Para o volante Kleberson, a postura do time em campo foi uma demonstração de poder da Seleção nesta nova fase, sob o comando de Carlo Ancelotti.
“Muitas pessoas queriam que o Brasil terminasse essa apresentação aqui no Maracanã. Os torcedores vieram, os jogadores se prepararam. Foi legal de ver os jogadores correndo, competindo, o Paquetá voltando, o Kaio Jorge estreando, o Luiz Henrique, um grande jogador. Nós ficamos contentes com o caminho que a Seleção está. A expectativa é muito boa para o próximo ano”, disse.