
Gazeta Esportiva.com
·21 de agosto de 2025
Universidad de Chile se pronuncia após confusão na Sul-Americana: “Um dos capítulos mais violentos da história do futebol”

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·21 de agosto de 2025
A Universidad de Chile se manifestou oficialmente nesta quinta-feira após a noite de violência vivida no Estádio Libertadores de América, em Avellaneda, na Argentina, durante a partida da Copa Sul-Americana contra o Independiente. O clube chileno classificou o episódio como “um dos capítulos mais violentos da história do futebol” e cobrou punições severas aos responsáveis.
Os incidentes começaram ainda no primeiro tempo, quando parte da torcida visitante lançou cadeiras, pedras, pedaços de ferro e até explosivos contra os argentinos que estavam na parte inferior da arquibancada.
Em seguida, torcedores do Independiente invadiram o setor destinado aos chilenos, desencadeando cenas de pânico e agressões generalizadas. A confusão se espalhou pelos corredores e degraus do estádio. Um dos torcedores da Universidad, em desespero com a aproximação dos rivais, chegou a saltar da arquibancada e sofreu uma queda brusca.
Segundo a nota divulgada pelo clube, uma comitiva percorreu três hospitais de Avellaneda e Sarandí para acompanhar a situação dos torcedores feridos. “Graças a isso se pôde comprovar que, por um milagre, não houve vítimas fatais”, informou a Universidad. Dos 19 hospitalizados, 16 receberam alta, e o torcedor em estado mais grave apresentou melhora significativa após cirurgia por fratura de crânio.
Além do acompanhamento médico, o clube também destacou a situação dos chilenos detidos em delegacias locais e agradeceu o apoio da cônsul chilena em Buenos Aires. “Nossa preocupação em estes momentos segue focada em todas as pessoas que se viram afetadas, em ajudar para que haja justiça e para que a barbárie de Avellaneda não se repita nunca mais”, ressaltou a nota.
A Universidad de Chile ainda criticou a ausência de garantias por parte do clube mandante e da polícia, que não conseguiram evitar a invasão e os ataques dentro do estádio. “Chama-nos a atenção que, com as cruas imagens de violência que circularam em todos os meios, haja centenas de torcedores chilenos detidos e nenhum agressor da torcida local”, questionou a diretoria.
O clube reforçou que, neste momento, a prioridade não é o futebol. “O aspecto esportivo fica em segundo plano quando vidas humanas estão comprometidas. Quando se resolverem as situações que afetam nossa gente, se verá o que cabe no campo esportivo”, afirmou o comunicado.
A brutal e desumana agressão sofrida por nossos torcedores na noite de 20 de agosto, no estádio Libertadores de América, ficará marcada como um dos episódios mais violentos da história do futebol.
Após a CONMEBOL cancelar a partida pela falta de garantias do time mandante e das autoridades locais, nosso Clube concentrou esforços em acompanhar a situação de nossos torcedores afetados.
Em meio a rumores sobre mortes e sem informações oficiais por parte das autoridades, uma comitiva liderada pelo presidente Michael Clark e pelo gerente geral Ignacio Asenjo percorreu, durante a madrugada, os três hospitais da região de Avellaneda e Sarandí para onde foram levados nossos torcedores. Graças a isso, pôde-se confirmar que, por milagre, não houve vítimas fatais.
Na madrugada de quinta-feira, viajou de Santiago o diretor José Ramón Correa, com o objetivo de prestar apoio jurídico que estamos oferecendo neste momento às vítimas.
Quando nossa delegação esportiva retornava a Santiago, a equipe de dirigentes e executivos voltou a visitar os hospitais Fiorito, Presidente Perón e Wilde, onde receberam notícias animadoras. Dos 19 internados, 16 já haviam recebido alta, e o paciente em risco de vida foi transferido para cuidados intensivos após apresentar notável melhora depois de uma cirurgia por fratura craniana.
Também foi verificada a situação dos torcedores detidos na terceira e quarta delegacias de Avellaneda, onde agradecemos e valorizamos imensamente a ajuda prestada pela cônsul chilena em Buenos Aires, Andrea Concha.
O Clube transmitiu à imprensa todos os detalhes sobre a identidade dos torcedores detidos e feridos, para que seus familiares e pessoas próximas tenham certeza diante da escassa informação oficial.
Como reiterou nosso presidente em suas declarações de hoje, o aspecto esportivo fica em segundo plano quando vidas humanas estão em risco. Assim que forem resolvidas as situações que afetam nossa gente, serão tratados os temas esportivos, nos quais a U fará todo o possível para que prevaleça a justiça, que os violentos sejam punidos com todo o rigor da lei e que sejam sancionados aqueles que não cumpriram seu dever de organizar adequadamente uma partida.
Na quinta-feira ao meio-dia, houve uma reunião com o embaixador José Antonio Viera-Gallo, a quem agradecemos pelas gestões realizadas, transmitindo ainda o reconhecimento da U ao governo pelas ações tomadas, incluindo a viagem do ministro do Interior, Álvaro Elizalde, em apoio a nossos torcedores.
Por meio de registros amplamente divulgados pela imprensa e nas redes sociais, vê-se claramente a completa ausência de proteção por parte do clube organizador e da polícia, que em nenhum momento garantiram a segurança de nossos torcedores e de nossa delegação.
Torcedores do Independiente entraram sem obstáculos no setor destinado à torcida visitante, atacando os poucos seguidores azuis que permaneciam no local. Houve episódios de extrema violência e desumanidade, impossíveis de detalhar neste comunicado devido à sua brutalidade. Também quebraram os vidros do nosso ônibus e tentaram invadir o vestiário para agredir nossos jogadores. Chama-nos a atenção o fato de que, diante das imagens tão duras de violência que circularam em todos os meios, haja centenas de torcedores chilenos detidos e nenhum agressor da torcida local.
Como Clube, sempre condenamos a violência. Nossa preocupação neste momento segue centrada em todas as pessoas afetadas, em contribuir para que haja justiça e para que a barbárie de Avellaneda nunca mais se repita.