MundoBola Flamengo
·16 de dezembro de 2024
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O atacante Vágner Love, que marcou época no Flamengo ao editar o "Império do Amor" ao lado do atacante Adriano, voltou a comentar a saída da equipe após a temporada de 2012 — último ano antes da gestão Eduardo Bandeira de Mello. Entre alguns bastidores da situação, o jogador admitiu que saiu bastante chateado com a condução da situação por parte da diretoria.
Segundo Vágner, o principal problema foi a mudança de postura. No primeiro contato com a direção, o jogador entendeu que seria aproveitado; após se apresentar, porém, o discurso mudou, e Love culpou a interferência de empresários pelo problema. De acordo com ele, outros jogadores chegaram ganhando o mesmo salário, o que inviabiliza o discurso de austeridade financeira.
"Eu fiquei muito chateado porque a primeira ligação não foi essa. Eu estava na Disney, com a minha família, quando assumiu a diretoria nova. E o primeiro contato, que se não me engano foi do Paulo Pelaipe foi: 'Assumimos aqui, mas contamos com o Vágner. Queremos que ele nos ajude, pela experiência dele'. E eu era capitão naquela época. Vamos embora, vamos tocar o projeto", relembrou.
"Quando eu volto de férias dos EUA, o discurso já era outro. 'Vágner, a gente não vai ter como te pagar, não vai ter como pagar o restante do combinado com o CSKA'. Aquela história toda. Mas eu sei como o futebol funciona. Todo mundo conhece um ali, outro aqui. Entrou um empresário para ajudar os caras na época, e ele queria botar os jogadores dele. Para isso, tinha que me tirar", revelou.
Na opinião do atacante, a principal motivação para a saída antes do início da temporada 2013 foi política — ainda mais pela proximidade com a ex-presidente Patrícia Amorim e outras figuras do ambiente do Flamengo. Por outro lado, o último dono da 99 antes de Gabigol admitiu que não gostou de como Wallim Vasconcelos lidou com a saída.
"O Flamengo sempre foi vitrine para qualquer jogador. E um cara, na época, veio ganhando o mesmo salário que eu ganhava. Então, a questão não foi essa. Acredito que tenha sido mais político, porque eu tinha uma relação boa com a Patrícia [Amorim], com o Michel Levy", afirmou.
"Aí, o Wallim inventou uma história lá, de que o Vágner não queria renovar, e eu fiquei bolado de verdade. O Bandeira de Mello me chamou, disse que teríamos que rescindir, só que eu fiz a pré-temporada. Aí, os caras de repente disseram que não contavam comigo. O Flamengo me devia, o Bandeira falou que ia parcelar, mas nunca criei problema com ninguém", contou.
Vágner, então, explicou que seus empresários contaram a história para o CSKA, da Rússia, que queria mais um atacante para o elenco — e onde Love é ídolo. Assim, o jogador viajou para o país europeu sem contrato, mas se acertou com o clube por lá. Em relação ao Flamengo, ficou a mágoa com a direção pela condução de toda a novela.
"Fiquei muito triste pela forma como as coisas foram conduzidas. Por dizerem que contavam comigo, mas depois dizerem que não contavam mais. E inventarem esse negócio de que foi o custo. Não foi", ressaltou Love.
No total, Love disputou 80 jogos pelo Flamengo em duas passagens diferentes, com 47 gols marcados. Ainda defendeu as camisas de Palmeiras, CSKA, Shandong Luneng (CHI), Corinthians, Alanyaspor (TUR), Besiktas (TUR), Kairat (CAZ), Midtjylland (DIN), Sport, Atlético-GO e Avaí.