FNV Sports
·01 de agosto de 2020
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Na última quarta-feira (29), houve uma reviravolta em relação aos rebaixados na Liga NOS 2019/2020. Assim, dentro de campo, Portimonense e Aves foram rebaixados à Liga Pro. No entanto, após reavaliação da Liga Portugal, as SADs do Vitória de Setúbal e dos Avistas foram reprovadas e desclassificadas das competições profissionais portuguesas. Logo, levando as duas equipes a serem rebaixadas direto para o Campeonato de Portugal. Nesta quinta-feira (30), os Setubalenses esclareceram sua linha de defesa.
Assim, em nota, o Vitória de Setúbal reagiu as alegações de pendências em três critérios financeiros que inviabilizam sua inscrição na próxima Liga NOS. Dessa forma, o comunicado é assinado por Paulo Gomes, presidente dos Setubalenses. Logo, nele, o clube reafirma que irá recorrer da decisão que lhe rebaixou ao Campeonato de Portugal, a terceira divisão nacional:
“O Vitória Futebol Clube reitera uma vez mais que vai recorrer da decisão para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, estando a trabalhar no limite, e a recorrer a todas as possibilidades legais, para a nossa defesa.“
Logo, o Vitória de Setúbal foi reprovado em três requisitos financeiros. Assim, os Setubalenses não atenderam à inexistência de dívidas à SADs e a jogadores, treinadores e funcionários e a regularidade tributária. No entanto, na nota, o clube se defende das alegações:
“Não aceitamos esta decisão de forma alguma. O Vitória FC tem fundamento para os três critérios apresentados como insuficientes. O Vitória FC sempre cumpriu e liquidará todas as dívidas que sejam certas, líquidas e exequíveis, não deixando de refutar e contestar aquelas que carecem de sustentação legal ou contratual ou se revelem abusivas numa tentativa de enriquecimento sem causa, sustentada na “pressão” de um processo de licenciamento. Sabemos também que existem dívidas entre clubes, assumidas em conferências de imprensa, acrescentando-se a isso dívidas também para com o próprio Vitória FC por parte de outras sociedades desportivas. Nenhuma dessas tem, contudo, o tratamento e as consequências idênticas, deixando no ar um clima de impunidade, e, novamente, um tratamento diferenciado. O Vitória FC, numa conjuntura difícil e excecional, apresentou à Autoridade Tributária uma proposta de regularização da sua situação tributária, que, como consta da própria certidão, foi aceite com reserva que não existiria noutra zona do país.“
Além de sugerir um tratamento diferenciado na condução do processo, a direção do Vitória de Setúbal argumenta que a pandemia da Covid-19 provocou decisões prematuras e soluções convenientes. Assim, ela ainda acarretou dificuldades financeiras para o clube, que lutou até a última rodada para se manter na elite portuguesa.
“Esta pandemia, momento único da nossa história, provocou inéditos finais abruptos de competições. De forma excecional, foram tomadas decisões polémicas de homologação de resultados, acarretando promoções e despromoções que fazem correr muita tinta, com processos judiciais que até agora ameaçavam a impugnação dessas provas. A mão de ferro com o Vitória FC acaba também por ter o condão de resolver esses imbróglios. Não permitiremos que o nosso clube, uma instituição centenária, seja veículo de uma solução conveniente. Enquanto outros organismos, países e ligas europeias optaram, numa situação que é excecional, pela redução ou eliminação das exigências dos pressupostos, a nossa Liga adia, mantendo as condições, por 30 dias, quando o campeonato se prolongou por dois meses e meio, sobrepondo o final da época desportiva à entrega dos pressupostos financeiros. Assim, retirou da equação os encaixes financeiros gerados pela venda de jogadores e pelas parcelas das receitas televisivas, que estão previstas para o equilíbrio orçamental da temporada. Afinal, a Covid-19 na Liga “não é para curar, é para matar.“
Por fim, o Vitória de Setúbal reafirma sua posição de que vai lutar até as últimas instâncias pela permanência na Liga NOS: “Ganhamos no campo, foi dentro das quatro linhas que o nosso Vitória FC obteve a manutenção, não foi na pressão que prevalece à volta do futebol português.”
Foto Destaque: Reprodução / LUSA
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