A crítica feita pelo colorado Raphinha que repercutiu no mundo do futebol | OneFootball

O atacante Raphinha, do Barcelona e torcedor declarado do Internacional, não poupou críticas à organização da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que está sendo disputada nos Estados Unidos.

Em entrevista concedida enquanto curte férias, o brasileiro disparou contra o calendário apertado e o pouco tempo de descanso oferecido aos jogadores que atuam na Europa.

“Abrir mão das minhas férias para jogar algo que tu é obrigado. Em nenhum momento perguntaram aos jogadores sobre datas, se queriam jogar… Só falam: ‘vocês têm que ir e ponto’. A gente acata ordens”, criticou o jogador.

Raphinha reforçou que, no caso dos atletas europeus, o novo formato do Mundial se choca diretamente com o período de descanso após uma temporada exaustiva.

“Particularmente falando, como um jogador de um clube europeu, a gente estaria de férias, né? Eu estou de férias, eles estariam de férias. Por exemplo, Marquinhos e Beraldo foram campeões da Champions, nem comemoraram direito e já estavam viajando. Eles ainda não pararam”, desabafou.

O atacante ainda levantou uma discussão sobre os direitos dos atletas:

“A gente ter a obrigação de abrir mão das férias é muito complicado, porque é um direito nosso. Todo mundo merece pelo menos 3 semanas ou 1 mês de férias. E muitos que estão no Mundial não vão ter.”

A fala de Raphinha repercute fortemente no cenário internacional, justamente em um momento de debate sobre o calendário mundial do futebol. A FIFA pretende transformar o novo formato do Mundial de Clubes em uma vitrine global, com 32 clubes, mas os atletas e sindicatos demonstram insatisfação com a sobrecarga física e mental.

Raphinha, cria do Avaí, revelado para o mundo no futebol português e atualmente no gigante espanhol, mostra mais uma vez que não tem receio de se posicionar, mesmo quando o assunto envolve grandes entidades como a FIFA.

E como não poderia faltar, o jogador que nunca esconde seu carinho pelo Internacional, clube pelo qual torce desde a infância, volta a aparecer no radar dos colorados — ao menos fora de campo, com palavras que ecoam entre muitos profissionais da bola.