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·5. Mai 2025

Conselheiro do Corinthians protocola terceiro pedido de impeachment contra Augusto Melo

Artikelbild:Conselheiro do Corinthians protocola terceiro pedido de impeachment contra Augusto Melo
  1. Por Vinícios Cotrim e Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

O presidente Augusto Melo sofreu o terceiro pedido de impeachment de sua gestão no Corinthians. A solicitação foi protocolada na secretaria do Conselho Deliberativo pelo conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro, que também integra o Conselho de Orientação (CORI) e a chapa 82, “Movimento Corinthians Grande”. A informação foi divulgada inicialmente pela Gazeta Esportiva e confirmada pela Central do Timão, que teve acesso ao requerimento.

A solicitação de destituição do atual mandatário tem como fundamento o artigo 106, incisos C, D e E do estatuto do Corinthians, que dispõe sobre as causas para requerer o afastamento do presidente da diretoria e/ou seus vice-presidentes. Como justificativa, Paulo Pedro apresentou os pareceres do Conselho de Orientação e do Conselho Fiscal sobre o balanço de 2024, recentemente reprovado pelos órgãos fiscalizadores do clube, além de seu próprio voto no CORI, um documento de 25 páginas que detalha, com fundamentação jurídica em cada tópico, diversos descumprimentos e infrações estatutárias.


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Foto: Rodrigo Corsi/Ag. Paulistão

Os incisos do artigo 106 citados no pedido são: c) não aprovação das contas da gestão; d) infração, por ação ou omissão, de norma expressa estatutária; e e) prática de ato de gestão irregular ou temerária. O conselheiro apresentou uma série de argumentos para embasar a solicitação, com foco principalmente em violações ao estatuto do clube e à Lei Geral do Esporte, em vigor desde 2023 e aplicável a qualquer entidade esportiva.

Além deste pedido de destituição, tramitam no clube um pedido de afastamento recomendado pelo CORI, em razão de irregularidades técnicas nas demonstrações financeiras apresentadas em junho de 2024, e um processo de impeachment mais avançado, já admitido pelo Conselho, relacionado ao caso VaideBet. O inquérito policial que investiga o contrato de patrocínio com a casa de apostas deve ser concluído neste mês de maio, e a votação do impeachment pode ser retomada a qualquer momento.

Confira os principais argumentos utilizados pelo conselheiro para embasar o novo pedido de destituição de Augusto Melo:

– Ausência de documentos que a diretoria deveria apresentar, como balancetes mensais e o envio das demonstrações financeiras ao Cori;

– Aumento de 85% nos serviços contratados e em outras despesas do departamento de futebol;

– Crescimento de 23% na folha salarial do clube social, com a contratação de mais de 100 funcionários;

– Ausência de revisão orçamentária durante o ano de 2024, além da falta de relatórios das auditorias e consultorias contratadas;

– Acréscimo de R$ 200 milhões em despesas financeiras;

– Déficit equivalente a 19,45% da receita bruta de 2023, apenas 0,55% abaixo do limite legal estabelecido pelo Profut para que a gestão seja considerada temerária (essa margem tende a ser superada com a execução de juros e correções referentes à dívida de R$ 44,1 milhões com a PixBet, decorrente da rescisão unilateral do contrato por parte do Corinthians);

– Apresentação, de forma indevida, da receita obtida com as doações de torcedores, por meio da campanha de arrecadação para o pagamento da Neo Química Arena, como parte das receitas do clube, quando, segundo o conselheiro, não deveriam ser contabilizadas dessa forma, o que inevitavelmente ampliará o déficit operacional;

– Queda de receita (R$ 106,5 milhões, em 2023, para R$ 70,6 milhões, em 2024) e problemas no Fiel Torcedor;

– Contratação de duas empresas de segurança (Workserv Segurança Privada LTDA e Kiara Segurança Privada LTDA) sem cotação de orçamento prévio, sem autorização da Polícia Federal para atuar e sem registro legal;

– Ausência de medidas, inclusive por parte da Comissão de Ética, diante da despesa provável de R$ 40 milhões já imposta pela Fifa em primeira audiência no caso Matías Rojas, decorrente do descumprimento de uma cláusula aceita pela atual gestão;

– Gestão em desacordo com o Profut, com a apresentação de um déficit de R$ 181,8 milhões, apesar do resultado positivo em 2023 e de um orçamento aprovado em abril de 2024 que projetava um superávit de R$ 17,6 milhões.

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