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·1. Oktober 2025
Cruzeiro é letal, mas inconstante, alerta setorista

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Flamengo e Cruzeiro se enfrentam no Maracanã, e o MundoBola Flamengo foi atrás do lado do adversário. O jogo acontece na quinta-feira (2), às 20h30 (de Brasília), com cobertura in loco da reportagem.
Para trazer tudo sobre o adversário do Flamengo, procuramos o jornalista Guilherme Alves, que trabalha para CazéTV e CNN, além da Versus Esporte. Especializado na cobertura do Cruzeiro, o repórter avisa: é força total no Maracanã.
"Cruzeiro deve ir com o que tem de melhor, salvo algum problema de última hora. Não tem ninguém suspenso. Entrou contra o Vasco quase com o time todo pendurado. Mas tenho a leve impressão de que o Cruzeiro tirou o pé contra o Vasco para não perder ninguém contra o Flamengo. Todos disponíveis", inicia.
O jogo marca reencontro do Flamengo com Gabigol e Fabrício Bruno, mas o atacante deve ficar no banco. No entanto, o Cruzeiro tem retornos importantes para a rodada.
"Tem os retornos do Villalba, que cumpriu suspensão contra o Vasco e vai ser titular ao lado do Fabrício Bruno, e do Gabigol, que também estava suspenso. Possivelmente opção no banco, a menos que aconteça uma mudança drástica de última hora. Titular deve ser o de sempre: Kaio Jorge", avisa.
Fágner, porém, é a única baixa.
"Quem está fora é o Fágner há dois meses. Se recupera de fratura na fíbula da perna direita. Contra o CRB, na Copa do Brasil, o Pottker deu aquela entrada nele e acabou quebrando. Está em fase final de recuperação, mas impossível estar contra o Flamengo", diz.
Além dos citados, Sinisterra também é reforço para a partida. E é uma excelente opção para o técnico Léo Jardim. Isso porque o jogador foi um dos pilares que mudou a partida contra o Bahia. É um trunfo que, no primeiro turno, o Cruzeiro não possuía.
"A novidade para esse jogo é o Sinisterra. Estava lesionado, teve problema muscular e ficou um tempo fora. Desfalcou contra Bragantino e Vasco. Está treinando normalmente. Está confirmado para o jogo e também começa como reserva. É uma boa opção, porque contra o Bahia, foram as entradas dele, do Gabigol e do Arroyo que mudaram o jogo para o Cruzeiro", inicia.
Guilherme, então, explica a diferença que faz ter jogadores como Sinisterra e Arroyo para o Cruzeiro.
"Ele e Arroyo são jogadores de lado, de velocidade. O Cruzeiro não tinha esse jogador antes, chegaram mesmo para ser esse desafogo. Para quando o jogo estiver encardido, e o Cruzeiro não conseguir furar a defesa, esses caras têm o um para um, velocidade. Características que o Cruzeiro não tinha no seu elenco", analisa.
O setorista cruzeirense, finalmente, traz o panorama tático para a partida. Ele acredita no Cruzeiro deixando o Flamengo trocar passes para aproveitar os contra-ataques.
"O que o Cruzeiro deve propor contra o Flamengo: acredito que seja o que mais gosta e mais deu certo. Dar a bola para o time adversário e explorar os contra-ataques, espaços nas transições. É um time que confia muito no sistema defensivo, na dupla Fabrício Bruno e Villalba, no Cássio. A tendência é que o Cruzeiro consiga explorar os contra-ataques contra o Flamengo", diz, antes de continuar:
"Por exemplo, como foi com o Palmeiras no primeiro turno. Palmeiras teve mais a bola, o próprio Flamengo também teve, e o Cruzeiro é um time que é muito letal. Precisa de pouco para balançar as redes. É se postar, limitar as ações adversárias, preencher bem o setor de maio-campo, impedir que o adversário construa pelo meio e por fora, avance no campo", diz.
Enfrentar contra-ataques não é novidade para o Flamengo. O problema é que o time mineiro se mostra letal e costuma aproveitar suas chances.
"E quando tem a bola, o Cruzeiro consegue, muito facilmente, acelerar o jogo. Consegue, com a troca de três ou quatro passes, sair na cara do gol e levar perigo. Agora, tem possibilidades de fazer coisas diferentes, muito por conta de Arroyo e Sinisterra. Se for preciso que o Cruzeiro proponha o jogo, esteja perdendo, tem essa possibilidade agora. Antes, não tinha. Pode tentar coisas diferentes e tirar coelhos da cartola, que não conseguia antes. Mas num primeiro momento, acredito em um Flamengo com mais posse, tentando chegar ao campo do Cruzeiro, e o Cruzeiro sendo rápido e letal", detalha.
Guilherme Alves, portanto, faz o alerta: o Flamengo precisa tomar muito cuidado com os contra-ataques.
"Se der espaço para o Cruzeiro, se tiver transição lenta, Flamengo vai tomar. É um time que precisa de muito pouco para chegar ao gol adversário. Hoje é um time mais encorpado do que no primeiro turno, quando venceu o Flamengo no Mineirão. Acredito que o Flamengo também seja. Me parece um time que evoluiu tecnicamente", analisa.
Apesar da letalidade, o Flamengo pode aproveitar o momento. O Cruzeiro vem de três jogos aquém do esperado e atravessa momento de instabilidade na temporada, conforme explica Guilherme.
"Mas o Cruzeiro atravessa, nos últimos três jogos, uma fase um pouco instável. No quarto jogo passado, venceu o Atlético-MG. Um baile. Mas entrou numa série inconstante. Venceu Bragantino jogando mal, venceu Bahia jogando mal e perdeu para o Vasco jogando mal. Três jogos que o Cruzeiro não criou tanto, não conseguiu implementar seu estilo de jogo e foi mal", explica.
Por fim, ele aposta em um paradigma favorável ao Cruzeiro em tônica que tem se repetido ao longo de 2025.
" O Cruzeiro tem um tabu contra o Flamengo: não vence pelo Brasileirão, no Rio, desde 2010. O Léo Jardim, em 2025, já quebrou dez tabus do Cruzeiro", finaliza.
Com Gabigol no banco de reservas, o jornalista aponta ainda a provável escalação para o Cruzeiro enfrentar o Flamengo, no Maracanã.