“Era inviável”: João Koehler admite que Pinto da Costa sabia que ia perder | OneFootball

Um dos episódios mais surpreendentes relatados em Capitão de Abril – André Villas-Boas e a Revolução Inacabada está aqui presente. O livro reúne também outros episódios significativos, que percorrem os derradeiros anos da presidência de Pinto da Costa, uma Assembleia Geral de má memória com agressões a adeptos portistas (novembro de 2023), a campanha e as eleições de abril de 2024 – em que Villas-Boas pôs termo, de forma clara, aos 40 anos de mandato de Pinto da Costa – e o primeiro ano da presidência de Villas-Boas.

Relativamente às eleições, há um pormenor curioso: Pinto da Costa terá percebido, em determinado momento da campanha, que seria derrotado pelo antigo treinador apelidado de “cadeira de sonho” – o mesmo que, em 2010/11, ao leme do FC Porto, conduziu o clube à conquista do campeonato, da Supertaça, da Taça de Portugal e da Liga Europa. Esta versão foi transmitida por João Rafael Koehler, número dois da candidatura do “presidente dos presidentes”, especialmente porque sondagens por eles encomendadas indicavam intenções de voto de cerca de 70% para André Villas-Boas.

“O presidente sabia perfeitamente que a eleição estava perdida e quis fazer a campanha”, garantiu Koehler. “Era absolutamente inviável. E tivemos muitas conversas sobre isso, mas o presidente queria muito ir até ao fim”, continua, adiantando que “a 15 dias ou três semanas das eleições via-se que o presidente já estava abaixo de 28%” nas sondagens.