Escândalo com ex-diretor da base pode melar mudanças previstas: executivo deve continuar em Cotia | OneFootball

O escândalo sobre venda irregular de camarotes para um show no Morumbi, que culminou nesta segunda-feira (15) na queda de Douglas Schwartzmann, então responsável pelas categorias de base do clube, pode melar algumas mudanças internas planejadas pela gestão Julio Casares.

A principal delas é a ida de Marcos Biasotto, executivo de Cotia, para trabalhar na Barra Funda com os profissionais ao lado de Rui Costa e Muricy Ramalho.

A informação foi revelada por pelo menos três fontes consultadas pelo AVANTE MEU TRICOLOR no decorrer desta tarde.

Segundo informações do portal ‘Globo Esporte‘ no último sábado (13), por decisão de Schwartzmann, Biasotto deixaria suas atribuições com as categorias de base do Tricolor para ajudar no futebol profissional.

Não se trata meramente de uma promoção por bom desempenho, mas sim também uma forma de Schwartzmann aumentar o seu poder sobre Barra Funda, agora que Carlos Belmonte não é mais diretor de futebol.

Conforme a reportagem apurou, Schwartzmann e seu grupo político vinham reclamando desde o início do ano da pouca influência que tinham no carro-chefe do clube.

Biasotto, que chegou em 2021 ao Tricolor, contratado após passagens por Flamengo e Internacional, tinha plenos poderes em Cotia até a chegada de Schwartzmann no início do ano passado. A desculpa dada foi a de arrumar a casa por conta de uma crise interna aberta com a saída do ex-meia Alex como técnico do sub-20 e escolha infelizes de nomes para substituí-lo, como Menta e Belletti.

Essa ingerência, digamos assim, causou ruídos na relação inicial de Biasotto com Schwartzmann, Mas a volta das conquistas da principal categoria de base e o grande número de jogadores promovidos ao profissional (e vendido) acabou apaziguando os ânimos.

Biasotto acabou criando uma relação de cumplicidade com o novo chefe. E sua chegada à Barra Funda, prevista para janeiro, atenderia uma indicação do próprio Schwartzmann ao presidente Julio Casares e ao CEO Márcio Carlomagno.

Schwartzmann já vinha buscando um novo nome para ocupar a função de executivo da base. Marcelo Lima, gerente geral do Desportivo Brasil, é o nome cotado. Ele já trabalhou no São Paulo entre 2009 e 2015 e agrada Casares.

Conforme o AMT apurou, com a saída de Schwartzmann após o escândalo, a decisão inicial é de congelar as mudanças. Até pelo fato de Biasotto conhecer bem a base, será ele que assumirá as funções do afastado diretor, pensando na disputa da Copa São Paulo de juniores em janeiro.

Não que a mudança esteja totalmente cancelada. Mas os planos da gestão Casares, conforme a reportagem apurou, é esperar a poeira abaixar um pouco, pelo menos no que diz respeito ao futebol profissional. Na base, a chegada de Lima é vista com bons olhos e as negociações, agora conduzidas com Biasotto, deverão continuar.