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·8. September 2025
Filipe Luís, Kompany e Zidane: comentarista compara trajetórias a aponta quem teve o maior desafio

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Filipe Luís é avaliado como um dos grandes prospectos de técnico no futebol mundial. Seu início muitas vezes é comparado com nomes como Xabi Alonso, Zidane, Kompany e até Simeone. André Rocha fez essa comparação, e analisou quem de alguns desses nomes teve o maior desafio.
Como principal ponto, André Rocha lembra que técnicos como Kompany e Zidane tiveram um começo mais tranquilo. O belga iniciou no Anderlecht, clube relevante no país, mas sem tanta cobrança em cenário internacional competitivo. Já o francês viveu trajetória semelhante à de Filipe Luís, mas ganhou mais tempo e experiência antes do profissional.
"Vincent Kompany teve o Anderlecht como primeira experiência. O Zidane teve o Real Castilha. O Filipe não, o Filipe saiu da base e foi direto para o profissional do Flamengo. Então é um desafio muito grande. Dentro desse desafio, eu acho que ele está saindo de maneira excelente. Com acertos, com erros, mas o saldo final pela pouca experiência é muito bom", dispara André Rocha.
Kompany ainda passou pelo Burnley, na Inglaterra, ganhando a 2ª divisão, mas sendo rebaixado na temporada seguinte e demitido. No Bayern, ganhou uma oportunidade e com um elenco que sobra na Bundesliga, conquistou a liga. Num time top de linha na Europa e com recursos quase infinitos, tem feito um bom trabalho.
Zidano ficou três anos no Real Madrid Castilha, antes de assumir a equipe principal. Assim, que assumiu, o sucesso foi histórico e inegável. Conquistou três Champions League consecutivas, além de dois Mundiais e duas La Liga. Depois de cinco temporadas, deixou o clube e desde então largou a carreira de treinador.
Uma das maiores marcas de Filipe Luís como técnico é seu estilo de jogo característico. Pressionante e intenso os 90 minutos, o time sufoca o adversário e não para enquanto não balançar as redes. Tudo isso junto de uma defesa sólida e compacta.
André Rocha chama atenção para esse fator. Segundo ele, esse é um movimento que Filipe Luís procura para consolidar sua marca. Dentro disso, cria variações do que já tem definido e seus jogadores assimilados.
"A impressão que me passa às vezes é que ele quer ter, como ele está começando, ele quer ter referências seguras. Então é um modelo de jogo bem definido, bem assimilado pelos jogadores e ali ele faz variações", avaliou.
Porém, André critica, pois enxerga que essa imposição de jogo, tenha se transformado num dogma. O jornalista afirma que existem prós e contras nesse formato de Filipe Luís. O pró estaria na naturalidade em que os atletas executam o plano de jogo; enquanto o contra, numa eventual variação, justamente a falta de costume.
"Mas ainda tem algumas coisas meio que dogmáticas. É aquilo que eu falo, tudo tem prós e contras. Você vai fazer a variação, você tem a chance de surpreender o adversário, mas você também tem a possibilidade do jogador não executar aquilo tão bem pela falta de hábito, de jogar daquela forma. Então é uma surpresa para todo mundo. E do jeito que ele faz, o time dele não surpreende o adversário, mas executa bem aquele modelo de jogo pela repetição, pelo costume, pela ideia já bem trabalhada", diz André Rocha.
Filipe sempre deixa claro que vai continuar seguindo seu modelo, independente do que pensam. O técnico evolui cada vez mais, enquanto também recebe peças que ajudam no processo. O time vive seu auge, líder do Brasileirão e vivo na Libertadores, sonhando com os dois títulos.