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·22. Oktober 2025

Justiça absolve todos os réus por incêndio no Ninho do Urubu

Artikelbild:Justiça absolve todos os réus por incêndio no Ninho do Urubu

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu nesta terça-feira (21) todos os sete réus do processo sobre o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em 2019. A tragédia vitimou 10 jovens da base e deixou outros três feridos. A decisão é assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, e ainda cabe recurso.

O magistrado fundamentou a sentença na “ausência de demonstração de culpa penalmente relevante” e na “impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição”. Segundo o juiz, a perícia foi inconclusiva quanto à origem do fogo, e o Ministério Público não conseguiu individualizar as responsabilidades de cada acusado. O processo tramitava desde janeiro de 2021.


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Absolvidos e justificativas:

  • Márcio Garotti, diretor financeiro do Flamengo entre 2017 e 2020; absolvido por não ter atribuições diretas sobre segurança ou manutenção dos alojamentos.
  • Marcelo Maia de Sá, diretor adjunto de patrimônio; teve a denúncia rejeitada por exercer função administrativa sem envolvimento técnico.
  • Danilo Duarte, engenheiro da NHJ, empresa responsável pelos contêineres; sua atuação se limitava ao acompanhamento operacional, sem responsabilidade por projetos elétricos ou estruturais.
  • Fabio Hilário da Silva, engenheiro eletricista da NHJ; elaborou o sistema elétrico inicial dos módulos, mas não era responsável por manutenção ou prevenção de incêndio.
  • Weslley Gimenes, engenheiro civil da NHJ; cuidava apenas da parte estrutural dos contêineres, sem poder decisório sobre materiais ou sistemas de segurança.
  • Claudia Pereira Rodrigues, responsável pela assinatura dos contratos da NHJ; teve participação restrita à área administrativa e comercial.
  • Edson Colman, sócio da Colman Refrigeração, que prestava manutenção nos aparelhos de ar-condicionado; foi absolvido por falta de provas que ligassem seu serviço à origem do incêndio.

Outros quatro acusados já haviam sido retirados do processo em decisões anteriores, incluindo o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que teve o caso prescrito em fevereiro, por ter mais de 70 anos.

De acordo com as investigações, o incêndio começou em um dos alojamentos provisórios de contêineres onde dormiam 26 atletas do Flamengo. O fogo teria sido causado por um curto-circuito em um ar-condicionado. A perícia apontou que o material usado na estrutura favoreceu a propagação das chamas.

O episódio é considerado a maior tragédia da história do clube e provocou mudanças na estrutura dos alojamentos e nas normas de segurança do centro de treinamento rubro-negro.

  • Athila Paixão, de 14 anos
  • Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos
  • Bernardo Pisetta, 14 anos
  • Christian Esmério, 15 anos
  • Gedson Santos, 14 anos
  • Jorge Eduardo Santos, 15 anos
  • Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos
  • Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos
  • Samuel Thomas Rosa, 15 anos
  • Vitor Isaías, 15 anos

Flamengo firmou acordos com famílias das vítimas

Ao longo dos últimos anos, o Flamengo firmou 11 acordos de indenização com os familiares das 10 vítimas fatais do incêndio. O último foi celebrado em fevereiro de 2025, com os pais do goleiro Christian Esmério, a única família que ainda mantinha ação na Justiça. O clube informou à época que todas as pendências haviam sido resolvidas.

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