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·8. September 2025

Noronha fala em transparência mas foge a perguntas incómodas

Artikelbild:Noronha fala em transparência mas foge a perguntas incómodas

“Eu sei que a minha candidatura incomoda muita gente. Mas vão ter de levar comigo, meus amigos.” – foi assim que João Noronha Lopes se apresentou nos últimos dias. Mais uma vez, a vitimização como bandeira. Agora em versão oficial.

E é precisamente por “incomodar” que esperávamos mais. Mais do que um discurso repetitivo, mais do que trazer para a sua lista pessoas que já estiveram ligadas ao passado do clube.


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Primeiro ponto: Pedro Proença. Noronha critica-o em praça pública, mas tem na sua lista um vice-presidente que há pouco tempo escreveu num jornal a elogiar Proença como “o homem certo para a Federação”. Contradição? No mínimo. E, curiosamente, ninguém lhe pergunta porquê. Tanto criticaram entrevistas “controladas” aos presidentes do Benfica e agora o candidato faz exatamente o mesmo. O único espaço onde foi apertado com perguntas sérias — nomeadamente sobre quem financia a sua campanha — transformou-se em acusações de “agressividade”. Transparência? Só no slogan.

Segundo ponto: ideias. Depois de copiar medidas que já existiam no clube, agora apresenta como novidade… o regresso do Comboio Benfica. O candidato parece ignorar que essa iniciativa terminou porque a CP deixou de garantir os comboios necessários. Hoje, a situação mantém-se. Ou seja, promete algo que não depende dele e que não vai acontecer.

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Terceiro ponto: debates. Noronha Lopes garantia estar disponível para todos os debates, chegando a desafiar: ‘quem não quiser comparecer, então que essa cadeira fique vazia’. Mas quando foi chamado ao debate dos Sócios do Visão Vermelha, já preferiu recuar e remeter a decisão para depois da constituição das listas.

É por isto — e não por vitimização — que a candidatura incomoda. Porque as pessoas já perceberam que os vícios estão lá todos. Porque a propaganda dos voluntários promove apenas desunião. E porque, no fim, não há ideias estruturadas, apenas um guião gasto, rostos reciclados e propostas que não chegam sequer ao PowerPoint.

Que continue neste registo. A cadeira vazia, afinal, pode ser mesmo a dele.

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