O bicho extra no Inter, a promessa feita pelos jogadores e um grande problema descoberto! | OneFootball

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JB Filho Repórter

·3. Dezember 2025

O bicho extra no Inter, a promessa feita pelos jogadores e um grande problema descoberto!

Artikelbild:O bicho extra no Inter, a promessa feita pelos jogadores e um grande problema descoberto!
  • O Internacional já está completamente focado na decisão contra o São Paulo, em Santos, e várias informações importantes começaram a circular direto da concentração colorada. O clube antecipou a viagem, levou todo mundo para São Paulo e depois desceu para o litoral, já pensando em tirar os jogadores do ambiente de pressão em Porto Alegre. A avaliação interna é clara: afastar o grupo de família, torcida e cobranças constantes era a melhor maneira de preparar a equipe para um jogo que, para muita gente no clube, é a verdadeira “decisão do Inter”. Se vencer, a confiança é de que o time deslancha e resolva contra o Bragantino no Beira-Rio. Mas se perder… aí o cenário preocupa bastante.
  • Nos bastidores, uma informação vem se repetindo: existe, sim, um bicho extra para não cair. Ninguém fala isso abertamente, mas dirigentes com quem repórteres conversaram deixam claro que há um acerto prévio com os jogadores caso o time consiga evitar o rebaixamento. É algo natural no futebol brasileiro, mesmo que parte da torcida ache absurdo pagar premiação para atletas que já recebem salários milionários. A lógica é simples: sem esse empurrão, o risco de queda aumenta. E isso não é novidade — em 2016, por exemplo, embora não tenha dado certo, houve até promessa de R$ 10 milhões para o elenco se o time escapasse.
  • O clima desses bastidores lembra situações antigas. Já teve dirigente do Inter entrando no vestiário com cheques de premiação antes de uma partida no Beira-Rio, pagando como se fosse vitória fora de casa para motivar o elenco. E funcionava. Por isso, internamente, ninguém estranha que exista um acordo financeiro agora.
  • Outro ponto importante é o diagnóstico inicial de Abel Braga após seus primeiros dias no clube. Mesmo com poucos treinos, o técnico chegou a duas conclusões: o grupo tem qualidade e a maioria dos jogadores é comprometida. O problema é psicológico. O ambiente estava no chão. Por isso, Abel procurou dar moral imediatamente para atletas como Aguirre, Borré e Alan Patrick — mesmo que ele tenha dito que o camisa 10 está jogando abaixo do esperado.
  • Uma frase que circulou na concentração chamou atenção: “Com a chegada do Abel, aumentou o número de jogadores querendo”. Ou seja, antes dele, havia um grupo maior de atletas pouco engajados, algo que a direção evita admitir abertamente, mas que internamente é reconhecido. Hoje, segundo gente de dentro, 99% do elenco está “querendo”, ligado e comprometido em tirar o Inter da situação.
  • Houve até uma espécie de mea-culpa do elenco na primeira conversa com Abel, quando vazou a foto do encontro com o professor Caravetta. Os jogadores assumiram responsabilidade, disseram que sabem que não estão jogando bem e reconheceram que foram eles que colocaram o clube nessa posição. Prometeram ao treinador que vão trabalhar para reverter o cenário e entregaram a ele a missão de liderar essa retomada.
  • Sobre os problemas de vestiário dos últimos meses, o Inter tenta minimizar. A direção não acredita que episódios como o vazamento da história da Maroc tenham sido determinantes. Para eles, o grande ponto de virada negativa da temporada foi a eliminação nas Copas. O clube entende que a queda na Copa do Brasil e na Libertadores derrubou o psicológico do elenco, e que a equipe nunca conseguiu se levantar depois disso. A partir dali, o desempenho despencou até chegar à luta contra o rebaixamento.
  • Essa leitura, inclusive, é parecida com o que Paixão disse há algum tempo: o grupo é bom, mas perdeu força emocional e Roger Machado não conseguiu recuperar o anímico dos jogadores. O Inter segue acreditando nessa linha.
  • O cenário, portanto, mistura motivação, pressão, tentativa de reconstrução e bastidores intensos antes da partida contra o São Paulo. Dentro do clube, existe o entendimento de que esse pode ser o jogo mais importante do ano — talvez até dos últimos anos. E tudo o que chega da concentração mostra que a diretoria, o novo comando e o elenco sabem disso e estão tratando a partida como uma decisão real.
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