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·10. Oktober 2025

Villas-Boas: «O primeiro ano de mandato foi violento e o FC Porto ficou aquém dos objetivos»

Artikelbild:Villas-Boas: «O primeiro ano de mandato foi violento e o FC Porto ficou aquém dos objetivos»

Convidado para o painel do Portugal Football Summit, André Villas Boas deixou a perspetiva sobre várias temáticas em torno do FC Porto e do futebol português. Nos primeiros minutos de conversa, o presidente dos azuis e brancos focou a atenção no trabalho realizado à frente dos dragões nos últimos 16 meses, tendo considerado o primeiro ano de mandato como «violento».

Diferenças entre a vida de treinador e presidente: «Feita de grandes mudanças e aventuras, evidentemente. O que se mantem é o amor único pelo FC Porto, o que representa, valores e princípios, destino de vida, obrigação, sentido de chegar a presidente. Agora sentido de missão, melhor servir a instituição e entregá-la melhor, o que será difícil tendo em conta o passado histórico e glorioso. Entregar com títulos, bem estruturada, com crescimento associativo.


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Uma transformação enorme pessoal. De treinador a presidente muitas diferenças, o meu dia a dia é liderar equipas, posso orgulhar-me que terei das melhores equipas de gestão do país e por isso temos tido estes resultados em 16 meses.»

Avaliação do mandato à frente do FC Porto: «Do plano desportivo ambicionamos títulos e o primeiro ano de mandato foi violento. O FC Porto ficou aquém dos objetivos; algumas mudanças pelo meio, uma reestruturação financeira gigante. O FC Porto movimentou cerca de 450 milhões de euros em mercado e operações financeiras. Foi o que o salvou. Situação foi perigosa. Fomos ajudados por sócios com papel comercial, depois numa das operações financeiras, que vira replicada nos outros grandes, levantámos 115 milhões de euros com dívida americana.

É o caminho de reestruturação, vendemos 30%. A injeção serviu para salvar o FC Porto e mantê-lo enquanto clube de associados. É o nosso maior propósito e assim o queremos deixar.

Felizmente encontrei pessoas muito metódicas, muito profissionais, que se entregaram de alma e coração aos destinos do FC Porto. Pessoas que me ajudaram a chegar e executar um plano. Onde não havia capital, tivemos de nos suportar nos sócios, aqueles que amam o FC Porto, que nos permitiram levantar 15 milhões de euros dos funcionários. Estava numa situação limite.

Trabalho de background em campanha foi fundamental. Abrindo mercados, reunimos com JP Morgan, vimos como as pessoas respondiam à marca FC Porto, a credibilidade na banca estava de rastos. Não queríamos que fosse com a violência de acabar em terceiro. Ganhámos a Supertaça e podemos orgulharmo-nos dela, mas foi curto.»

Escolha de Farioli e a disputa com Sporting e Benfica: «Uma esperança enorme. Felizmente contratámos um grande treinador, de grande qualidade, que motivou não só plantéis, mas estruturas. Tem estratégia, visão, processo e ideias. Comunica bem, sabe estar e sabe como são os valores do FC Porto. A equipa comporta-se como os associados querem, como uma grande equipa e dar tudo em campo. Arrancou bem, mas o campeonato é muito longo e está em aberto.

O Sporting sólido, bem construído e treinado, que teve a capacidade e reter a maior parte do talento. O Benfica investimento muito forte, ao nosso nível. Nós por necessidade, o Benfica para acrescentar qualidade. É uma grande batalha pela frente que será difícil. Temos margem pontual à 8.ª jornada, é muito prematuro mas queremos manter. Mas há uma relação umbilical entre treinador e equipa, a determinação única na luta pelo título. É preciso evitar lesões e temos tido algumas, o que pode ou não obrigar a irmos ao mercado em janeiro em função disso.»

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