Portal dos Dragões
·23 September 2025
António Tavares: “Isto é uma verdadeira política pública feita pela sociedade civil”

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Um acordo entre o FC Porto, a Santa Casa da Misericórdia do Porto e o Centro de Reabilitação do Norte foi formalizado com o propósito de “trazer aqueles que muitas vezes são esquecidos no dia a dia, na prática desportiva, para o centro das preocupações” e, nas palavras de António Tavares, irá “permitir que os mais jovens e até os mais idosos possam participar em atividades de desporto adaptado”.
“Este é o único momento em que não me importo de ter um conflito de interesses, porque é a favor da sociedade, daqueles que nem todos os dias são lembrados. Isto é uma verdadeira política pública que está a ser feita pela sociedade civil”, afirmou o presidente da Assembleia Geral do FC Porto e Provedor da Misericórdia do Porto à margem do evento em que a parceria foi formalizada.
Desporto acessível a todos“Acima de tudo, este protocolo procura trazer aqueles que muitas vezes são esquecidos no dia a dia, na prática desportiva, para o centro das preocupações. A Santa Casa da Misericórdia do Porto tem uma tradição muito grande a tratar da inclusão, de preparar a inclusão. E, por isso, foi aqui o piloto que fez a ponte entre o FC Porto e a Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho, juntando equipamentos que estavam neste momento por utilizar e, acima de tudo, as vontades que foram agregadas para permitir que os mais jovens e até os mais idosos possam participar em atividades de desporto adaptado.”
Equipamentos entregues ao FC Porto“Estamos a falar de cadeiras de rodas adaptadas para a prática desportiva, para modalidades como o basquetebol ou o andebol, mas também outras, desde o ciclismo adaptado até ao tiro com arco. Há aqui uma grande multidisciplinaridade neste domínio que vai permitir ajudar quem está no Centro de Reabilitação do Norte e no Hospital da Prelada, dois locais onde todos os dias nos encontramos com pessoas que, na véspera, estavam perfeitamente bem nas suas capacidades físicas e, no dia seguinte, por causa de um acidente ou de outro tipo de problemas, estão mais diminuídos. São essas pessoas que nós queremos trazer de novo e dizer-lhes que a vida continua.”
Colaboração entre instituições“Tem o significado de juntarmos sinergias. Nós nunca conseguiríamos ter uma participação ativa no desporto adaptado, por força das circunstâncias, não é essa a nossa obrigação. Por outro lado, o FC Porto também não tinha capacidade, porque a sua preocupação não é a parte da reabilitação física das pessoas, e o próprio Hospital de Gaia, que também traz o seu contributo com imensos especialistas, médicos, enfermeiros de reabilitação, pessoas preparadas para isto que vão poder dar uma ajuda. Ao mesmo tempo, o FC Porto traz a capacidade de as pessoas poderem fazer uma competição saudável, o que, nos tempos que vivemos, é muito importante.”
Sociedade civil a promover políticas públicas“Nós temos algumas pessoas que trabalham connosco que são invisuais e que fazem parte das equipas de desporto adaptado do FC Porto. Compreendemos esta situação e consideramos esta a melhor ponte que poderia ser feita entre instituições que já são seculares e que têm um peso muito grande na cidade. Compreenderão que este é o único momento em que não me importo de ter um conflito de interesses, como Provedor da Santa Casa e Presidente da Mesa Assembleia do FC Porto, porque é a favor da sociedade, daqueles que nem todos os dias são lembrados. Isto é uma verdadeira política pública que está a ser feita pela sociedade civil.”