Luís Freire: «O grande talento individual não vai chegar para vencermos o Europeu» | OneFootball

Após revelar os 24 convocados da seleção portuguesa de sub-21 para o duelo com a Chéquia, Luís Freire procedeu à tradicional conferência de imprensa, tendo respondido a várias questões sobre a convocatória.

O técnico luso falou sobre a 'perda' de Carlos Forbs para seleção A e também sobre a estreia absoluta de João Rego pelo escalão em causa. Questionado sobre se esta é a melhor geração dos sub-21 e até onde pode chegar, Luís Freire respondeu com cautela.

Luís Freire em discurso direto:

'Perder' Carlos Forbs para a seleção A: «É um jogador que já vem sendo selecionado para os vários escalões, com um grande histórico a nível nacional. Tive a sorte de trabalhar com ele nestes dois estágios, tem um perfil extremamente interessante. Muito técnico, rápido e desequilibrador. Fez um grande segundo estágio, acima até do que fez no primeiro e está num grande momento.»

«Um dos nossos grandes objetivos, enquanto seleção sub-21, é permitir que os jogadores tenham estes momentos, que possam representar a seleção A. Portanto, para mim é um orgulho, ver um dos nossos meninos chegar lá.»

João Rego: «Temos um feedback muito positivo dos sub-20. É alguém que tem feito golos pelos sub-20, também fez golo ao Vitória SC. Acaba por ser um jogador que pode jogar em várias posições, tanto a '10' como nas alas. Temos acompanhado o seu trabalho, vimos a sua qualidade em contexto de II Liga quando aqui chegámos.»

«Faz sentido pelo trabalho que tem feito, dar este espaço e reconhecimento, criando também competição interna nos sub-21. Assim podemos ter mais jogadores para avaliar e, para nós, faz sentido a sua inclusão neste estágio.»

Tempo para conhecer os jogadores: «Nós normalmente dizemos que temos pouco tempo para treinar os jogadores. Sendo apenas o terceiro estágio com o grupo, precisamos de trabalhar algumas matérias que nos interessam melhorar.»

«O jogo com a Chéquia pode ser o de maior grau de exigência até agora. É uma equipa que esteve no último campeonato da Europa, está bem classificada no ranking, entre os 15 primeiros. Vai-nos exigir uma melhoria clara, principalmente no nosso jogo sob pressão, algo que ainda não trabalhámos com os jogadores.»

«Isto tudo fez com que sentimos necessidade de preparar bem o jogo, continuar a estabelecer relações fortes com os jogadores, desenvolver a equipa na capacidade de criar oportunidades, mas também dar outras armas.»

Onde vai colocar João Rego: «Temos uma ideia do jogador, mas trabalhar com ele é completamente diferente. O que sentimos é que vai aumentar a competitividade no último terço. É muito criativo, pode jogar como médio ofensivo, mas também pode descair para uma ala para aproveitar os espaços interiores.»

«Pode nos dar um novo perfil de extremo mais interior, em função do jogo, do adversário e daquilo que precisamos no momento. Podemos beneficiar com esse perfil.»

Pablo Felipe: «É um jogador que ainda não está disponível para jogar pelas seleções nacionais. Está a tratar de obter a documentação necessária. Não está disponível. No entanto, tem feito um grande trajeto e, se estiver disponível, vamos avaliar e tomar as decisões na altura.»

Salvador Blopa: «Está nos sub-19, tem tido espaço na equipa B do Sporting frequentemente. É um jogador interessante, faz várias posições. Estamos a observar, na perspetiva do seu desenvolvimento futuro. Neste momento, estes são, ao nosso entender, os melhores.»

Melhor geração dos sub-21 e pressão no Europeu: «O principal foco é o jogo frente à Chéquia, é um jogo importante para nós. Ganhando, acredito que vamos dar um passo importante. Se chegarmos ao Europeu, queremos ganhar com esta geração.»

«É uma geração com qualidade, talento. Os clubes têm formado grandes jogadores. Vários talentos marcaram presença nos sub-21 ao longo destes anos, mas só o talento individual não chega para chegarmos ao campeonato e, depois, vencê-lo.»

«Vamos ter de formar uma grande equipa, solidária, com grande energia. Queremos muita paixão, orgulho em representar Portugal. Antes de pensar em ganhar, temos de pensar em formar. Esse é o desafio. Os registos nos primeiros quatro jogos são muito bons, o grupo está alegre.»

«Queremos cimentar tudo isso e depois desfrutar dessa sensação, de sermos bons, de termos qualidade. É um desafio alto que temos de abraçar com muita energia. Com estes jogadores, podemos fazer coisas bonitas.»