Zerozero
·10 October 2025
«Num estágio da seleção, eu e o Cristiano Ronaldo pegámos num carrinho de golfe e batemos contra uma árvore»

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·10 October 2025
O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos ao qual o zerozero se uniu. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer também a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.
Já afastado dos relvados, isto depois de ter terminado a carreira com apenas 27 anos, Diogo Andrade conta no seu currículo com alguns feitos de relevo. Internacional jovem por Portugal dos sub-15 aos sub-19, o ex-extremo partilhou balneário com Cristiano Ronaldo (entre outros) no conjunto das Quinas- a dupla estreou-se com a camisola portuguesa no mesmo dia, no caso 24 de fevereiro de 2001.
Do agora jogador do Al-Nassr, Diogo Andrade guarda as melhores memórias.
«Na altura, ele era um fora de série do ponto de vista técnico. Não havia ninguém parecido com ele tecnicamente, mas, fisicamente, ainda não fazia a diferença- e nas camadas jovens, o físico faz muita diferença. Para além disso, já apresentava uma competitividade acima da média: abria a porta do ginásio para ir treinar sozinho, acabava o treino e queria continuar a treinar... É fruto de um trabalho inacreditável, por algum motivo chegou a melhor do mundo», começou por referir.
Perante o facto de Diogo e Cristiano se terem cruzado numa altura em que ambos eram apenas adolescentes, as histórias das 'diabruras' feitas multiplicam-se. Dessas, o agora agente imobiliário destacou uma.
«Isto aconteceu na seleção sub-15, estávamos em estágio na zona de Oeiras. O hotel em que estávamos tinha uns carrinhos de golfe que estavam ali muito bem estacionados... Ele pegou naquilo, eu ia ao lado e ainda estavam mais três ou quatro. Começámos a guiar aquilo, batemos contra uma árvore e o carrinho ficou todo 'marado'», recordou, indo mais longe:
«Tivemos uma reunião duas horas depois, aquilo era um respeito enorme porque era a primeira seleção a que íamos. Estávamos todos cheios de medo, penso que os selecionadores eram o Edgar Borges e o António Violante. Eles reuniram toda a gente e perguntaram quem é que tinha feito aquilo. Entretanto o Cristiano Ronaldo levantou a mão e eu acabei por fazer o mesmo. Lá nos disseram que não havia qualquer tipo de problema, mas acredito que, se fossem outros quaisquer, nunca mais iam à seleção. Eu e ele tínhamos muito moral naquela altura.»
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