AVANTE MEU TRICOLOR
·19 de diciembre de 2024
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Treinador argentino já é conhecido por seu estilo energético em campo (Foto: Divulgação/SPFC)
MARCIO MONTEIRO
Foram 19 cartões amarelos e dois vermelhos no ainda curto período de 45 jogos de Luis Zubeldía à frente do São Paulo. Os motivos foram os mais variados possíveis.
A maioria das advertências foi por invasão de campo (por vezes em mais de metro) ou reclamações exageradas contra a equipe de arbitragem. Mas teve também chute em garrada de água, tapa em banner, comemorações no gramado durante o jogo com atletas e até alguns gritos em entrevista coletiva.
O pacote Luis Zubeldía já era sabido que era esse, desde os tempos da LDU, em que o treinador também era frequentemente punido com cartões. A intensidade a cada minuto acompanha o argentino.
Quem desaprova e se sente até envergonhada pelas atitudes de Zubeldía é sua mãe, segundo revelou o treinador do Tricolor.
“Gosto de viver como vive qualquer torcedor. Um bom ponto de partida para ser treinador é ser autêntico. As pessoas se surpreenderam pelos cartões. Mesmo minha esposa... Minha mãe é contundente (risos): ‘Outra vez cartão amarelo? Que vergonha, o que vão pensar?’”.
“Ela não vê os jogos, só acompanha por aplicativos, mas meus irmãos falam. Eles me chamam de Lucho. ‘Viu o que Lucho fez? Chutou uma garrafa’ (risos). E minha mãe manda: ‘Outra vez? O que vão pensar da sua mãe?’”, falou Luis Zubeldía em entrevista ao portalGlobo Esporte.
O técnico, no entanto, disse não ligar muito para as preocupações de sua mãe e explica.
“Eu digo a ela: "Tranquilo, é parte do trabalho". Eu sou comprometido pela causa. Se vier o presidente, um jogador ou até um torcedor: ‘Escuta. O rival vem com a bola, se você salvar esse gol, sairemos campeões, então se atira ali de cabeça para salvar o gol’. Entro e faço. Eu me movo pela causa, me comprometo. Posso pegar uns 15 jogos (de suspensão), não me importo”, declarou o gringo.
“Tenho 16 anos como treinador, mais de 600 jogos. Ao ganhar experiência, você vai se soltando mais. Quando começa na carreira, você vai olhando algumas condutas e ainda não tem uma personalidade consolidada. Hoje, trato de viver”, complementou o treinador são-paulino.