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·6 Desember 2025

Ministério Público avalia intervenção judicial no Corinthians

Gambar artikel:Ministério Público avalia intervenção judicial no Corinthians

O Ministério Público de São Paulo (MP) abriu um inquérito civil para avaliar se a crise administrativa e financeira do Corinthians atingiu nível que permita intervenção judicial. A portaria assinada pelo promotor Luiz Ambra Neto descreve o cenário do clube como “gravíssimo”. O documento também menciona suspeitas de irregularidades cometidas por gestões recentes.

Segundo o órgão, a apuração pode resultar na nomeação de um administrador provisório para o time paulista. A medida foi motivada por uma representação enviada pelo promotor Cássio Roberto Conserino. No texto, ele relata quadro de “desordem administrativa” e “fragilidade econômica” capaz de afetar o funcionamento da instituição.


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O MP decidiu avançar após identificar risco de comprometimento das atividades básicas do clube. A análise considera tanto a situação financeira quanto a gestão dos últimos anos. O procedimento ainda está na fase inicial de coleta de informações.

Intervenção Judicial no Corinthians é legal?

De acordo com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, a legislação brasileira admite intervenção em associações privadas sem fins lucrativos. A medida vale quando há sinais de que a administração se tornou inviável ou contrária às finalidades institucionais. O Corinthians se enquadra nessa categoria jurídica.

A portaria menciona o artigo 49 do Código Civil, que prevê a nomeação de administrador provisório. Essa ação é autorizada quando a entidade deixa de cumprir suas funções mínimas ou passa a atuar em desacordo com a lei. O dispositivo serve como base para o andamento do inquérito.

O Ministério Público cita ainda indícios de ilícitos civis e criminais atribuídos a dirigentes do Corinthians. Esses elementos reforçam a hipótese de que a crise pode ter origem em práticas ilegais. A investigação agora buscará confirmar ou descartar essas suspeitas.

Impacto nos torcedores do Corinthians

Para embasar a possibilidade de intervenção, o MP paulista destaca que a atividade esportiva tem caráter social reconhecido pelo STF. O texto lembra que o Corinthians ultrapassa a esfera dos associados e impacta milhões de torcedores. Por isso, a crise interna passa a ser tratada como questão de interesse público.

A Promotoria argumenta que o clube possui importância cultural e simbólica para o país. Assim, garantir sua estabilidade administrativa também significa proteger um patrimônio coletivo. O documento afirma que o órgão deve resguardar o interesse de mais de 30 milhões de corintianos.

O inquérito também ressalta que a preservação da instituição Corinthians é fundamental para o ecossistema esportivo.

Prazo do Corinthians para se defender

O Corinthians será formalmente notificado sobre a abertura do inquérito civil. A partir disso, o time paulista terá 20 dias para enviar suas explicações ao Ministério Público. As informações prestadas serão avaliadas pelo promotor responsável.

Após o recebimento da resposta, o procedimento retorna ao gabinete para novas deliberações. O MP poderá solicitar documentos adicionais, abrir novas frentes de investigação ou arquivar o caso. A decisão dependerá da qualidade e consistência dos esclarecimentos enviados pelo clube.

A Promotoria decretou sigilo sobre as diligências e documentos produzidos, alegando risco de prejuízo às apurações. A portaria, porém, segue pública para permitir contribuições de interessados. O processo seguirá acompanhado de perto por integrantes do órgão.

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