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·9 ottobre 2025

Presidente do Flamengo compara Libra ao Clube dos 13 e explica por que liga não avança

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Durante o III Fórum Empreendedor do Rio, promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, fez críticas fortes sobre não existir debate entre os clubes para melhorar o futebol nacional. Para ele, as conversas seguem rasas e limitadas à divisão de receitas, sem avanços estruturais.

“Tem muita coisa para desenvolver no futebol além da parte comercial. Quando se fala de liga, as pessoas acham que precisa haver alinhamento em tudo. Não é necessariamente verdade. Pode haver alinhamento de fair play econômico, financeiro, regulatório do campeonato. Mas como vamos organizar o Brasileirão se não temos um diretor de competições?”, questionou.


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O dirigente usou exemplos para mostrar a dificuldade dos clubes em lidar até com temas básicos. Sem uma comissão de arbitragem, por exemplo, o mandatário rubro-negro acredita que não seria possível sequer definir os árbitros das partidas. Afinal, o debate seria tomado por clubismo.

“Acham que clubes, que não conseguem dividir 70 ou 80 milhões por ano, estão preparados emocionalmente para discutir quem vai ser o árbitro daqui a três dias? Um não quer o João, outro não quer a Maria, outro detesta o Pedro. Quem vai decidir isso? Não podemos ser nós, dirigentes. Precisa ter um grupo de profissionais cuidando disso.”

Criada justamente como passo inicial de uma liga para administrar o Brasileirão, a Libra se resume a discussões comerciais sobre divisão de dinheiro. Bap entende que as finanças sempre serão ponto de discordância, mas o desenvolvimento do futebol tem que caminhar junto. Contudo, qualquer outro debate sequer foi iniciado.

“Não há, no Brasil recente, cinco minutos de discussão sobre isso. Tem muito mais coisa para ser feita pelo futebol brasileiro do que um debate de dinheiro para lá ou para cá. Isso é uma discussão comercial que vai sempre acontecer, mas existem discussões maiores. Temos que ter uma posição institucional pró-futebol. Isso não tem nada a ver com a posição na Libra.”

“A liga só pode acontecer no Brasil quando os clubes decidirem que querem se engajar com isso. Se não, fica parecendo um discurso sobre a cor da camisa que eu escolho usar de manhã. Entre o discurso e a prática tem que ter muito trabalho, muita união e muito profissionalismo. E hoje não tem tanto trabalho, não tem quase nenhuma união e não tem gente profissional cuidando disso.”

Bap critica falta de debate e cita o Clube dos 13

Bap também criticou o baixo nível de discussão entre os clubes que integram o movimento pela liga, afirmando que o debate tem se resumido à divisão de receitas.

“Não houve essa parte da proposta das mudanças, o assunto não entra em pauta. Estamos há nove meses discutindo o dinheiro que o Flamengo cede aos outros. Não é assim. ‘O que quer de sobremesa? Eu quero um filé com fritas. O que quer beber? Um filé com fritas. Vai ficar até tarde? Quero um filé com fritas’. O resto não é discutido”, disse o presidente do Flamengo.

Cenário que o faz recordar do Clube dos 13 de 87, quando o movimento por uma liga do futebol brasileiro foi traído por clubismo. Atualmente, o Flamengo ainda briga na Justiça por um título que conquistou no campo.

"Para os torcedores e imprensa em geral, a conversa sobre a liga tem um palmo de profundidade. Isso é uma autocrítica, e eu me incluo nisso. Os clubes reclamam da CBF e tudo mais, mas o que fazemos de proposta concreta? Nada. Dentro da Libra, não há nenhuma discussão que não seja divisão de dinheiro", disse, antes de completar:

"Qual a diferença disso para os Clubes dos 13 de 87? Nenhuma. A diferença é que estamos todos mais velhos, com menos cabelo, mais gordos e discutindo os mesmos problemas", finalizou Bap.

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