Jogada10
·5 settembre 2025
Seleção comprova fragilidade do Chile e sobe El Alto em lua de mel com a torcida

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·5 settembre 2025
“Fácil, extremamente fácil”, já versava a canção. A Seleção Brasileira não se complicou diante do lanterna das Eliminatórias Sul-Americanas e tratou, então, com seriedade um encontro que se anunciava como amistoso de luxo, na última quinta-feira (4), no Maracanã, diante de 57 mil pessoas. Sem muito esforço, os pentacampeões mundiais aplicaram um categórico 3 a 0 sobre o frágil Chile, pela penúltima rodada. Estêvão, Paquetá e Guimarães marcaram os gols e dilataram um score que não permite especulações sobre o “assunto Neymar”. O elenco adora o camisa 10 do Santos e o tem em grande consideração. Mas o futebol também é feito de concorrência e meritocracia.
Com uma liderança serena e muito carisma nas entrevistas, o técnico Carlo Ancelotti cumpriu o primeiro objetivo como funcionário da CBF: classificação para a Copa do Mundo, com três jogos, duas vitórias, quatro gols marcados e nenhum sofrido, números que trazem, enfim, a paz que o time verde e amarelo tanto precisava e não gozava com os antecessores do italiano. É neste espírito que a Seleção sobe o morro e enfrenta os 4.070 metros acima do nível do mar de El Alto, contra a Bolívia, na próxima terça-feira (9): em lua de mel com a torcida e sem muita contestação da crônica esportiva. Um exemplo de reconexão.
Seleção Brasileira cumpre missão aos pés dos Alpes Tijucanos – Foto: Rafael Ribeiro/CBF
“O jogo contra a Bolívia interessa, porque a camisa do Brasil não pode permitir ao jogador que exista uma partida mais ou menos importante. O embate contra a Bolívia é importante para melhorarmos nosso jogo, atitude e intensidade. A equipe tem que se preparar bem para fazer o melhor possível na altitude. Temos um bom ambiente no nosso vestiário. Agora estou muito confortável. Confio que o time poderá fazer coisas muito boas”, pregou Carleto, sempre seguro nas palavras.
Ancelotti, em nenhum momento, perdeu o público do Estádio Mário Filho. Nem mesmo quando a partida ficou mais monótona diante da disparidade das duas seleções. Pelo contrário. O técnico ouviu o clamor da massa e lançou Luiz Henrique aos 19 minutos do segundo tempo. O Pantera Negra mudou completamente o enredo do jogo e desequilibrou as ações contra os andinos. O ídolo do Botafogo, antes de tudo, é um búfalo. Quando a bola cai em seus pés, o Rei da América destroça a defesa adversária, mesclando força física e habilidade. O atacante do Zenit (RUS) tornou-se, assim, o responsável por dois gols e a figura do prélio.
A propósito, poucos treinadores no mundo podem revezar entre Estêvão e Luiz Henrique na ponta direita. O craque da Academia de Futebol do Palmeiras ainda precisa ser um pouco mais lapidado, algo que parece uma questão de tempo por conta da desenvoltura com a qual o garoto se apresentou em suas primeiras partidas pelo Chelsea (ING). Já o camisa 19 está pronto para ajudar a Seleção Brasileira no Mundial dos Estados Unidos, México e Canadá. É uma força da natureza. E o técnico italiano ainda tem Rodrygo, Endrick, Vini Júnior e Militão para encaixar no grupo, nas próximas Datas Fifa.
Após os bons sinais no Rio de Janeiro, resta, agora, aguardar por desafios maiores para a Seleção Brasileira. Fica a curiosidade também para saber se Carlo Ancelotti vai bancar o esquema tático de quatro atacantes contra oponentes mais fortes do que o Chile. O primeiro passo da nova era da Canarinho, porém, foi logrado com sucesso. O time parece repousar em boas mãos.
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